Nesta quinta-feira (17), a Câmara Municipal de Santa Bárbara d’Oeste sediou uma audiência pública decisiva, organizada pela Frente Parlamentar Contra a Instalação de Pedágio na Rodovia SP-304. Presidida pelo vereador barbarense Felipe Corá, a audiência contou com a participação de lideranças políticas regionais e estaduais, todas unidas em oposição à proposta de concessão que inclui pedágios na rodovia.
A SP-304, vital para a mobilidade entre Santa Bárbara d’Oeste, Americana, Nova Odessa e outras cidades da microrregião, foi amplamente discutida como um eixo estratégico para mais de 600 mil habitantes. A proposta de cobrança de pedágio foi criticada por impactar diretamente a economia local, aumentar o custo de transporte e onerar a população.
Além de Felipe Corá, o evento reuniu o presidente da Câmara de Santa Bárbara, Júlio César Kifú, e vereadores locais como Arnando Alves, Carlos Fontes, Celso Ávila, Gustavo Bagnoli, Esther Moraes, Tikinho Tk e Isac Sorrillo. Também participaram vereadores de cidades vizinhas e deputados estaduais como Vitão do Cachorrão e Reis, ampliando a força do movimento contrário à concessão.
Os discursos convergiram para um ponto comum: o impacto social e econômico negativo da proposta de pedágio em uma área com tráfego predominantemente urbano. O ex-prefeito Luís Vanderlei Larguesa destacou a importância de investimentos em melhorias estruturais sem onerar a população.
O deputado Reis reforçou que o modelo de cobrança “free-flow” previsto no projeto de concessão, embora moderno, cria barreiras financeiras para a locomoção básica dos moradores, infringindo o direito constitucional de ir e vir.
Apesar da declaração do governador Tarcísio de Freitas de que não haverá pedágio na SP-304, os participantes da audiência destacaram que a exclusão da rodovia do edital de concessão ainda não está garantida. A Frente Parlamentar exige que essa decisão seja oficializada, protegendo permanentemente a população contra custos adicionais.
O vereador Felipe Corá afirmou: “Não aceitaremos que a SP-304 seja transformada em um instrumento de arrecadação que penaliza nossos cidadãos. Precisamos de soluções que promovam o desenvolvimento regional, e não o contrário.”
A audiência pública evidencia um problema recorrente na gestão das rodovias estaduais: a falta de diálogo com as comunidades diretamente impactadas. A proposta de concessão da SP-304, que inclui a instalação de pedágios, reflete uma visão que prioriza arrecadação em detrimento do bem-estar social e econômico.
Embora o modelo “free-flow” seja tecnicamente avançado, ele não considera as realidades de uma população que enfrenta dificuldades financeiras e limitações tecnológicas. Adicionalmente, a inclusão de pedágios em áreas urbanas é uma medida que agrava a já alta carga tributária.
O movimento político e social contra os pedágios na SP-304 reforça a importância de decisões participativas, que considerem o impacto regional e coloquem a qualidade de vida da população como prioridade. A exclusão definitiva da rodovia do edital de concessão é o único caminho aceitável para atender aos anseios da comunidade.





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