O país destaca-se entre os principais mercados de apostas da América Latina, com crescimento e potencial significativos
O Brasil está entre os maiores mercados de apostas e cassinos da América Latina, conforme artigo da ENV Media, baseados em fontes secundárias, relatórios financeiros públicos e estimativas da indústria.
A análise, que inclui seis dos principais mercados da região, destaca a relevância crescente do Brasil no cenário de jogos de azar e as tendências futuras para o setor.
Os seis principais mercados de apostas da América Latina são Brasil, México, Colômbia, Argentina, Peru e Chile. Esses mercados são caracterizados por um nível avançado de regulamentação, com contínuas mudanças fiscais, regulatórias e de licenciamento esperadas.
Para a indústria de jogos de dinheiro real, é crucial existir formas legítimas de operar nesses mercados, contribuindo para a transparência, sustentabilidade e amadurecimento do setor, segundo a ENV Media.
Fonte: ENV Media
O México lidera com um mercado estimado em 10,500 milhões de dólares e 80 milhões de jogadores de dinheiro real. O Brasil segue de perto, com um mercado de 10.000 milhões de dólares e 100 milhões de jogadores.
A Colômbia ocupa a terceira posição, com um mercado de 5,570 milhões de dólares e 20 milhões de jogadores. A Argentina e o Peru têm mercados menores, ambos estimados em 2,500 milhões de dólares, mas com diferentes perfis de jogadores – 8 milhões na Argentina e 5 milhões no Peru.
Por fim, o Chile, com um mercado de 840 milhões de dólares e 7 milhões de jogadores, está em posição de potencial crescimento, uma vez que a regulamentação completa ainda está pendente de aprovação.
Os dados também revelam a Receita Média por Usuário anual estimada e o PIB per capita, que ajudam a visualizar a correlação entre poder de compra, cultura de jogos e hábitos de consumo. No Brasil, a receita média por usuário é de 100 dólares, enquanto no México é de 130 dólares.
A Colômbia se destaca com 280 dólares, e a Argentina, apesar do menor número de jogadores, apresenta uma receita média por usuário de 332 dólares. O Peru lidera com 502 dólares, e o Chile, com 120 dólares, ainda tem espaço para crescimento conforme avança a regulamentação.
A análise sublinha que a combinação de grandes grupos de jogadores, elevado poder de compra e uma cultura de jogos bem enraizada faz com que esses seis mercados se tornem focos de atenção crescente das maiores empresas de iGaming, setor que inclui apostas esportivas e jogos de cassino online, globais.
A sustentabilidade e o amadurecimento desses mercados são chave para o futuro desse setor na América Latina, segundo o artigo.
O estudo da ENV Media também destaca que países como Brasil e Colômbia estão liderando com legislação proativa.
A adoção generalizada de plataformas móveis e a integração de tecnologias avançadas, como Inteligência Artificial e blockchain, estão melhorando a experiência do usuário, proporcionando mais transparência operacional e promovendo um engajamento mais amplo no mercado.
O aumento do investimento internacional está fomentando a competição e a expansão do mercado. Fusões e aquisições são estratégias comuns para consolidar a presença no mercado e aprimorar as capacidades tecnológicas.
A agência espera que mais países formalizem suas regulamentações de iGaming, levando a maior confiança dos investidores e proteção aos jogadores.
O mercado de apostas no Peru, por exemplo, está avaliado em aproximadamente 2,5 bilhões de dólares anuais, com regulamentação abrangente envolvendo todos os verticais de jogos desde 2022.
A primeira fase de licenciamento no Peru registrou 145 submissões de operadores nacionais e estrangeiros, sublinhando um envolvimento ativo com os novos requisitos regulatórios.
Na Argentina, a regulamentação descentralizada permite que as províncias gerenciem suas próprias regulamentações de jogos de azar. Buenos Aires foi uma das primeiras a regular o jogo online em março de 2019, levando outras províncias a seguirem rapidamente.
Atualmente, 17 das 23 províncias, junto com a Cidade de Buenos Aires, introduziram alguma forma de regulamentação de jogos de azar.
O Brasil não só está entre os maiores mercados de apostas e cassinos da região, mas também apresenta um cenário promissor para o desenvolvimento contínuo e atração de investimentos internacionais, solidificando sua posição como um dos líderes no setor de jogos de apostas na América Latina.
Em dezembro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei com vetos que regulamenta as apostas esportivas e autoriza cassinos online.
No entanto, o Congresso Nacional posteriormente derrubou alguns desses vetos, restaurando a isenção do Imposto de Renda (IR) para prêmios de até R$ 2.259. Esta legislação visa não apenas regulamentar, mas também tributar o setor, com uma alíquota de 12% sobre a arrecadação das casas de apostas e 15% sobre os prêmios dos apostadores.
A legalização das apostas esportivas no Brasil em 2018 parece ter dado popularidade também a jogos de cassino, incluindo slots online como o Sweet Bonanza. Este jogo da Pragmatic Play ganhou destaque em 2023, entrando no Top 10 dos slots mais jogados pelos brasileiros em um site.
A promoção nas redes sociais e incentivos promovidos, como a oferta de sites de cassino pagando no cadastro, também podem ter contribuído para atrair apostadores no Brasil em busca não apenas de diversão, mas também de prêmios, apesar do risco de perdas financeiras.
A busca por lucros impulsiona indivíduos a se tornarem traders esportivos, investindo em probabilidades esportivas com estratégias analíticas para maximizar os ganhos, apesar da incerteza e volatilidade inerentes aos mercados.
Nesse contexto, a regulamentação e os incentivos oferecidos criam um ambiente mais seguro e transparente para os jogadores, estabelecendo padrões de segurança e transparência e promovendo práticas responsáveis de jogo, segundo a indústria.
A lei não inclui cassinos em resorts e outros jogos de aposta, mas essa legalização está de volta à pauta do Senado brasileiro, com boas chances de aprovação. Esta legislação permitiria a criação de grandes complexos de entretenimento, integrando cassinos a resorts, hotéis e outras instalações turísticas.
A proposta é vista como uma maneira de estimular o turismo e a economia, gerando empregos e arrecadação tributária significativa.
A legalização dos cassinos em resorts no Brasil pode impulsionar a economia do país, atraindo investimentos internacionais e competindo com mercados estabelecidos na América Latina, como Argentina e Uruguai, refletindo uma tendência crescente na região de formalizar e regulamentar o setor de jogos de azar para promover o desenvolvimento econômico sustentável.
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