Para a segunda presidenta da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de Ensino no Estado de São Paulo), a deputada estadual Professora Bebel (PT) “é inaceitável a decisão da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo de abrir mão do material didático do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e também a decisão de utilizar a partir de 2024 apenas material didático digital produzido pela própria Secretaria Estadual da Educação. Conforme o divulgado, para os anos iniciais, haverá material digital próprio com suporte físico, enquanto que para os anos finais, entre o 6º e 9º ano do ensino fundamental e ensino médio, será material 100% digital.
A segunda presidenta da Apeoesp diz que a alegação da Secretaria Estadual da Educação de “coerência pedagógica” “é a imposição do pensamento único a professores e estudantes da rede estadual de ensino, contrariando, mais uma vez, a liberdade de cátedra e o princípio da liberdade de ensinar e aprender garantido pela Constituição Federal. Como falar em regime da colaboração entre União, estados e municípios se o governo bolsonarista de São Paulo coloca razões ideológicas acima do interesse público e dos direitos educacionais de crianças e jovens. Este governo mostra-se impregnado da mesma aversão pelos livros do governo bolsonarista derrotado nas eleições de 2022 e abre mão de uma verba federal de cerca de R$ 120 milhões, prejudicando 1,4 milhão de estudantes que não poderão mais manusear livros com diversidade pedagógica, ficando limitados ao meio digital (ao qual nem todos têm fácil acesso) e uma única linha pedagógica”, critica.
A deputada Professora Bebel destaca que o mesmo tempo em recusa verbas federais, o governo de Tarcísio de Freitas quer cortar R$ 9 bilhões da Educação pública estadual, reduzindo de 30% para 25% as verbas orçamentárias para o setor, a pretexto de transferir esse montante para a área da Saúde. “Isso para não falarmos no fato de que o atual secretário estadual da Educação, Renato Feder, é ligado a empresa de tecnologia digital e, desta forma, se dá o direito de impor a milhões de estudantes e professores sua visão de mundo no que se refere ao acesso ao conhecimento. “Obviamente, como parlamentar e também segunda presidenta da Apeoesp, não ficarei inerte diante desse absurdo e farei os devidos questionamentos, por todas as vias possíveis, pois a educação pública no estado de São Paulo não pode ser prejudicada por uma decisão irresponsável”, escreveu a deputada Professora Bebel em suas redes sociais.
Por Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124





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