18 de maio de 2024

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Artrose no quadril: procedimento cirúrgico é solução cada vez mais acessível para pacientes com a doença crônica

Close up of scan with image of pelvis and hip bone in doctors hands after ultrasound diagnostic . Radiologist learning image after procedure of ultra sonography in cabinet of modern clinic.

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Considerada um dos problemas de saúde mais comuns do mundo, artroses severas afetam mais de 30 milhões de brasileiros. Tecnologias médicas têm facilitado tratamento

Um problema articular muito comum que tem atrapalhado a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo, principalmente idosos, tem sido combatido de formas cada vez mais eficientes graças a avanços tecnológicos recentes. A artrose de quadril, também conhecida como osteoartrose, é o desgaste da articulação que conecta o fêmur (osso da coxa) com o acetábulo (parte da bacia), um problema de saúde crônico que tem ganhado noticiários País afora por estar afetando a rotina do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Estas lesões geralmente condenavam seus pacientes a sofrerem por anos com procedimentos que nem sempre conseguiam atenuar a dor constante ocasionada pela artrose. Felizmente, com o tratamento certo, este é um cenário que tem ficado para trás.

O Ortopedista credenciado da Paraná Clínicas, Dr. Marcio Pozzi (CRM 18.670, RQE 13.771), explica o quão grave pode se tornar a lesão: “A artrose do quadril é uma doença degenerativa que, com o passar do tempo, torna-se incapacitante. O paciente começa a sentir os efeitos gradativamente e passa a ter queixas para caminhar, movimentar a perna, calçar os sapatos e pode até mesmo começar a mancar”, conta o médico. A dor é o principal sintoma deste tipo de artrose, ocorrendo geralmente na região da virilha e na área frontal do quadril, com agravamento de intensidade durante o caminhar, quando o paciente senta por longos períodos, ou mesmo quando ele se deita sobre o lado do corpo que está comprometido. As dores também podem se manifestar na coxa, nas nádegas, na lateral da bacia e coluna lombar. À medida em que o problema se agrava, os movimentos ficam cada vez mais limitados a ponto de atrapalhar de forma significativa a rotina dos pacientes.

Apesar de afetar principalmente pessoas com mais de 45 anos, a artrose do quadril também está associada a quadros de obesidade, prática intensa e/ou má executada de exercícios e alguns esportes, doenças reumatológicas, histórico familiar, entre outros fatores. O diagnóstico é simples, e feito a partir de raio X ou ressonância magnética.

Artroses, no geral, são as doenças mais predominantes no mundo. Segundo pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), 60% dos indivíduos acima dos 50 anos de idade, apresentam algum grau de degeneração em alguma das articulações. Entre os 70 e 75 anos, o índice sobe para 80%. No Brasil, as artroses severas afetam mais de 30 milhões de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde. Apesar de comum, os tratamentos tradicionais e menos invasivos para o problema nem sempre conseguem devolver a qualidade de vida aos pacientes. No caso da artrose no quadril, as ações iniciais são paliativas, de forma a atenuar as dores e diminuir os desgastes das articulações. Elas são realizadas a partir de sessões de fisioterapia que fortalecem a musculatura e melhoram a execução dos movimentos articulares, além da administração de anti-inflamatórios e analgésicos durante crises.

Ao longo das últimas décadas, no entanto, a intervenção cirúrgica tem sido uma alternativa cada vez mais viável, muito em função dos avanços tecnológicos tornaram as próteses mais seguras e resistentes.

Dr. Pozzi explica que, em casos graves, a cirurgia para a colocação de uma prótese total do quadril geralmente é o caminho mais indicado: “Este é um procedimento que vem se tornando cada vez mais viável, mas que já é executado há muitos anos, com resultados satisfatórios e evolução excelente por parte dos pacientes, com um tempo de recuperação cada vez menor. O indivíduo volta a caminhar e a realizar suas atividades precocemente: em um período de quatro a seis semanas é possível voltar às suas atividades diárias, com algumas limitações”, afirma o ortopedista.

Na cirurgia é feita a retirada da cartilagem e ossos lesionados para substituí-los por uma articulação artificial, a prótese total do quadril, que é composta de quatro itens: o componente femoral, que fica inserido no canal intramedular do fêmur e que é conectado a uma cabeça femoral protética que pode ser em material metálico ou cerâmico. Na parte pélvica é instalada uma cúpula acetabular – Em formato de meia laranja. Dentro dela é inserido um componente cirúrgico especialmente criado para diminuir o atrito entre as superfícies, que pode ser produzido em cerâmicas ou ligas de polietileno, para assegurar uma movimentação articular confortável e sem dores.

Tal evolução nos tratamentos faz com que muitos pacientes que estavam condenados a ter que lidar com dores intensas até a velhice possam passar por uma intervenção cirúrgica que lhes devolva a mobilidade e a qualidade de vida a partir de um curto período de recuperação. Este é o caso do presidente Lula, que fará a operação para a colocação da prótese no próximo mês de outubro.

Segundo especialistas, nos dias seguintes após a cirurgia o paciente já pode se locomover com o uso de muletas ou andadores, e deverá fazer fisioterapia por um período de 1 a 3 meses. Se todo o processo de recuperação sair como o planejado, após esse tempo o indivíduo pode voltar a ter uma rotina normal, sem dores ou grandes limitações de movimento.

 

Sobre a Paraná Clínicas

Fundada em 1970, a Paraná Clínicas é referência em planos de saúde empresariais e também atua na modalidade coletivo por adesão. Carrega a missão de cuidar com excelência de empresas e pessoas, oferecendo como diferencial os programas de saúde preventiva e promoção de qualidade de vida. Com uma infraestrutura moderna e planejada em uma rede interligada, a Paraná Clínicas conta com sete unidades próprias em Curitiba e Região Metropolitana, chamadas de Centros Integrados de Medicina: CIM Araucária; CIM CIC – 24h; CIM Fazenda Rio Grande; CIM Rio Branco do Sul; CIM São José dos Pinhais; CIM Unidade Infantil – 24h (ao lado do Hospital Santa Cruz) e CIM Água Verde. Mais informações em panaclinicas.com.br

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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