Essa é uma questão antiga e muito indefinida. Homem e mulher, sexos opostos, conseguem manter uma relação afetiva de amizade, sem sequer sentirem um pouco de atração mais profunda um pelo outro? Algo muito questionado.
Existem pessoas que acreditam profundamente nisso, para elas é possível existir até mais amizade entre os sexos opostos, do que em relação ao mesmo sexo. Por outro lado há aquelas que, não colocam um por cento (1%) de fé nesse tipo de afetividade, acreditando essas na “fraqueza da carne”, onde tudo poderá acontecer numa relação mais próxima entre um homem e uma mulher. E agora, quais grupos de pessoas possuem a razão? Vamos dizer que ambos estão certos, pois quem nunca se interessou por um amigo (a), amando-o (a) profundamente e em segredo ou até mesmo sem medir as conseqüências, revelando esse amor? E quem nunca abandonou uma amizade de anos e anos, pelo motivo da confusão dos sentimentos? Porque você queria firmemente ser um (a) fiel amigo (a), já o sexo oposto… Gostaria de algo a mais. É realmente essa questão tem muitos pontos contraditórios, porém verdadeiros e reais.
Como sabemos o homem e a mulher nasceram para amarem-se, com o propósito de coabitarem (produzirem filhos), formando famílias e novas gerações. Esse fato consumado traz para ambos, a atração inevitável pelo sexo oposto, sendo o provável causador diversas vezes da não existência de amizade entre os mesmos, pois acabam por descontrolarem os sentimentos, confundindo as coisas.
Geralmente o homem é o mais “mal intencionado”, procura aproximar-se de uma bela mulher, já visando o futuro, uma provável relação sentimental, se a mesma não for a princesa dos seus sonhos, a pretensão com essa falsa amizade, passa a ser então focada apenas na conquista do sexo e nada mais. Entretanto raro, mas verdadeiramente, existem mulheres com os mesmos planos, serem “amiguinhas” de homens muitas das vezes casados carregando em suas mentes, segundas intenções. Isso tudo faz nos acreditar, que amizade entre homem e mulher é algo digno de pessoas as quais possuem, corações firmes e mentes maduras, evitando assim confundirem as afetividades.
Muitas pessoas como já descrito, acabam se apaixonando por seus amigos (as). E dessa maneira mergulham num sofrimento sem fim, em um amor totalmente não correspondido, pois o outro deseja apenas continuar a amizade que foi criada, no entanto as apaixonadas se perdem no caminho dos sentimentos, desejando desesperadamente, o (a) antigo (a) amigo (a). O provável resultado é o seguinte; não conquistando o amor desejado as desprezadas, acabam por aceitando a permanência na posição de amigo (a), nessa altura logicamente com uma relação totalmente estremecida e bagunçada. Amigos verdadeiros, nunca mais!
Existe ainda, outra questão nesse ponto. Ex-namorados, esposos ou cônjuges em geral, podem após essas relações terminadas possuírem afetividades como apenas amigos? Sim em certos casos e não em outros. Relacionamentos desfeitos de forma tranqüila dão aos envolvidos no mesmo esse consolo, chamado amizade, que poderá até ocasionar com o passar do tempo um retorno, mas quando tudo termina em guerra, a melhor coisa é afastarem-se definitivamente um do outro, sem o mínimo contato sequer.
Certamente a amizade e o amor são algo muito próximos e podem sim ser confundidos, pois no meio termo existe o responsável por todo afeto que envolve os corações, denominado carinho. Mas é lindo, muito lindo mesmo ver o envolvimento fiel, a amizade sincera sem malícias e segundas intenções entre um homem e uma mulher, quando os sentimentos nos proporcionam esse espetáculo.
Autor: Douglas S. Nogueira
Técnico de Manutenção na Arcelor Mittal e integrante de associações literárias de Santa Bárbara e Piracicaba – ACIBEL e CLIP
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