A deputada Professora Bebel diz que a pressão valeu à pena e que a não utilização dos livros seria um retrocesso para a educação pública estadual
Após a manifestação promovida pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) na tarde desta última quarta-feira, 16 de agosto, na Praça da República, em frente à Secretaria Estadual da Educação, o governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, voltou atrás e anunciou que o Estado utilizará os livros didáticos do MEC, do Programa Nacional do Livro e Material Didático. A segunda presidenta da Apeoesp, a deputada estadual Professora Bebel (PT), que participou ativamente do ato e vinha pressionando o governador na Assembleia Legislativa, tanto da tribuna como na Comissão de Educação e Cultura da Casa, com o anúncio do governador disse: “Lutar vale à pena!”.
A manifestação em frente à Secretaria Estadual da Educação reuniu professores, entidades, lideranças e alunos, que, com livros nas mãos, repudiaram por mais de duas horas o anúncio, até então, do secretário estadual da Educação, Renato Feder, de que o Estado de São Paulo ficasse fora do PNDL, assim como deram um abraço simbólico no entorno do prédio da Secretaria. “Em plena tarde de uma quarta-feira, reunimos um grande número de pessoas que compareceram ao ato para protestarem contra a decisão do secretário Renato Feder de rejeitar os livros didáticos do Plano Nacional do Livro Didático. Sem dúvida, valeram à pena as nossas ações, porque a não utilização dos livros didáticos do Programa Nacional do Livro do governo federal seria um grande retrocesso para o ensino público no Estado”, destaca Bebel.
Em audiência pública que a deputada estadual Professora Bebel promoveu na última segunda-feira, 14 de agosto, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, especialistas em educação também consideraram desastrosa a decisão do secretário da Educação, Renato Feder, de retirar a rede estadual de ensino do Plano Nacional do Livro Didático. Para os especialistas, a medida do secretário negaria aos estudantes o acesso ao conhecimento e a obras criteriosamente selecionadas por especialistas, sendo um ataque à educação pública no Estado de São Paulo. “Agradeço a cada um que participou desta importante luta em que o grande vencedor é a educação pública de São Paulo e os nossos estudantes”, disse Bebel.
Ainda na manifestação em frente à Secretaria Estadual de Educação, também houve protesto em função de decisões do secretário Renato Feder de determinar que diretores e coordenadores vigiem professores em salas de aula, assim como foi feito protesto contra o assédio moral que ocorre nas escolas. “Ao mesmo tempo, cobrei do secretário que envie à ALESP projetos para que as Atividades Pedagógicas Diversificadas (APD) sejam feitas em local de livre escolha, para que a jornada de trabalho não seja critério para a classificação na atribuição de aulas, para que retorne a falta-aula, para que seja instituída a mesa de negociação permanente”, conta a deputada e segunda presidenta da Apeoesp.
Bebel lembrou que o secretário da Educação firmou esses compromissos em resposta a seus questionamentos na audiência da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa, que presidiu em 20 de junho e precisa cumpri-los. “Continuaremos na luta e queremos valorização salarial e profissional”, destacou.
Por Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124





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