28 de setembro de 2024

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Apeoesp inicia coleta de 300 mil assinaturas para barrar corte de recursos na educação

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Em Piracicaba, a coleta será realizada nos diversos bairros da cidade

 

A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de Ensino no Estado de São Paulo) inicia nesta próxima segunda-feira, 06 de novembro, uma campanha estadual pela coleta de 300 mil assinaturas para apresentação de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição Estadual), de iniciativa popular, para barrar a redução dos recursos na educação estadual. De acordo com a segunda presidenta da Apeoesp, a deputada estadual Professora Bebel (PT), esta PEC, que será da sociedade paulista, visa assegurar a dotação orçamentária de 30% para a educação, impedindo o corte de verbas previsto na PEC 9/2023 de autoria do Governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que quer reduzir para apenas 25%.

Em Piracicaba, a meta da campanha é de realizar a coleta de assinaturas nas mais diversas regiões da cidade. “Vamos estar nos mais diversos bairros dialogando e coletando assinaturas. Por se tratar de uma PEC de iniciativa popular, e não de um abaixo- -assinado comum, é necessário que cada pessoa informe o número de seu título de eleitor, sem o que a assinatura não terá validade”, explica Bebel.

De acordo com a deputada Professora Bebel, é necessário que toda sociedade paulista se envolva nesta campanha, uma vez que caso esse corte se concretize, todos perdem. “Perdem os estudantes da educação básica e do ensino superior, os professores e os demais profissionais da educação. Perdem as famílias, perde o Brasil. Menos investimento em educação significa menos desenvolvimento econômico, cultural, menos pesquisa, menor produção científica e tecnológica e, no limite, o comprometimento da soberania nacional no cenário mundial. Esta campanha é contra tudo isso”, destaca a parlamentar.

Enquanto o governador do Estado quer cortar verbas, Bebel diz que a população paulista e brasileira ainda padece de gravíssimos déficits educacionais, agravados pela forma desastrosa como o Governo do Estado enfrentou os desafios da rede estadual de ensino durante a pandemia.  “Sob o comando do então Secretário Rossieli Soares, a Secretaria da Educação não viabilizou os meios para garantir o acesso de grande número de estudantes e até mesmo de professores aos mecanismos digitais de ensino-aprendizagem, sendo o próprio sistema pedagógico então adotado repleto de falhas que geraram defasagens de aprendizagem não sanadas até o momento. Além dos problemas decorrentes da pandemia, o fato é que as escolas estaduais estão abandonadas e deterioradas. As classes estão superlotadas, os salários estão aviltados, as carreiras dos profissionais da educação extremamente desvalorizadas, quando não desmontadas”, diz.

Apesar deste quadro de sucateamento da educação, Bebel diz que o governador tem o desplante de dizer que sobra dinheiro na educação. “Se fosse verdade, por que ainda temos escolas de lata na rede estadual de ensino? Por que faltam bibliotecas, laboratórios, espaços culturais e até mesmo quadras de esportes nas escolas? Por que, em plena mudança climática, falta arejamento, ventiladores, climatização nas unidades escolares? Por que os quadros de funcionários estão defasados, facilitando a ocorrência de situações de violência dentro das escolas? Pelo contrário, falta investimento, faltam políticas educacionais, faltam cuidados e comprometimento das autoridades com a Educação pública, gratuita, laica, inclusiva, de qualidade, para os filhos e filhas da classe trabalhadora”, completa.

 

Por Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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