14 de maio de 2024

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Ana Perugini denuncia misoginia e violência política contra vereadoras em SP

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Deputada usou a tribuna da Assembleia Legislativa para relatar casos registrados nos municípios de Santa Bárbara d’Oeste e Ribeirão Preto

 

A deputada estadual Ana Perugini (PT), vice-presidenta da Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres da Assembleia Legislativa de São Paulo, denunciou crimes de misoginia, violência política e institucional que têm sido cometidos contra vereadoras em municípios do interior do estado. A declaração foi feita na tarde de quarta-feira (10), durante pronunciamento na tribuna do parlamento paulista.

Ana Perugini iniciou sua fala no plenário relatando a ameaça de morte feita, no início da semana, contra a legisladora Duda Hidalgo (PT), de Ribeirão Preto. Vereadora mais jovem e primeira da comunidade LGBTQIA+ eleita no município, Duda recebeu mensagens em seu e-mail institucional com ameaças à sua vida e à de seus pais.

Não foi a primeira vez que a vereadora de 23 anos foi alvo de ameaças, desde que se candidatou a uma das 22 cadeiras na Câmara de Ribeirão Preto

Outro ato de violência citado pela parlamentar teve como alvo a vereadora Esther Moraes (PL), de Santa Bárbara d’Oeste. Quando se manifestava sobre um projeto, a parlamentar de 24 anos teve o microfone cortado pelo presidente da Câmara Municipal, Paulo Monaro (MDB), durante a sessão extraordinária do último dia 3 de maio.

A parlamentar só conseguiu concluir sua fala após intervenção do líder do seu partido, que “pediu por favor” ao presidente da Casa para que reabrisse seu microfone.

“Além dessa violência, nós estamos enfrentando também a violência institucional, já que há registro de arquivamento da representação pelo Ministério Público, sem que a vereadora fosse ouvida. Nós vamos levar para a Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres, para a Procuradoria da Mulher, vamos recorrer novamente ao Ministério Público”, disse Ana.

Para a vice-presidenta da Comissão da Mulher, ambos os casos caracterizam misoginia e violência política de gênero e precisam ser combatidos. “Nós temos que, terminantemente, acabar com essa violência que quer calar as mulheres e reduzir nosso papel na sociedade, o que não vamos aceitar, já que não se trata de uma violência contra a mulher ou contra as mulheres, mas contra a democracia e a emancipação do nosso país”, concluiu a deputada.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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