5 de dezembro de 2024

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Alimentação Escolar: 8,6 milhões de refeições são servidas em 2015

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Cardápios contam com produtos orgânicos, sem a adição de agrotóxicos ou fertilizantes, com baixo teor de sódio e nutritivos feitos por nutricionistas capacitadas

A Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste ofereceu em 2015 aproximadamente 8,6 milhões de refeições nas unidades municipais, estaduais e no Ensino de Jovens e Adultos (EJA). O investimento em Alimentação Escolar no Município no ano passado foi de cerca de R$ 9 milhões, entre recursos próprios e dos Governos Federal e Estadual. Atualmente o Município atende 33 mil alunos em 82 unidades escolares, sendo 45 unidades municipais, 33 estaduais e quatro filantrópicas. A alimentação é servida durante os 200 dias letivos.

O prefeito de Santa Bárbara d’Oeste, Denis Andia, enfatizou a importância da alimentação escolar no desenvolvimento dos alunos de todas as idades. “Hoje o que se oferece é um cardápio balanceado e nutritivo feito com muito carinho pelas mãos das cozinheiras. Faço sempre questão de provar. Elas têm sempre um pouco menos de sal, bom para a criançada e para os estudantes de todas as idades. Lembro com carinho das merendeiras da Escola Estadual Ulisses de Oliveira Valente, onde estudei”, falou Denis Andia. “Todos os envolvidos realizam seus serviços com amor e vocação em meio à alimentação das nossas crianças, adolescentes e adultos”, complementou o Chefe do Executivo.

As crianças passam um período significativo na unidade escolar, por isso cuidar da alimentação delas é primordial, segundo a secretária de Educação, Tânia Mara da Silva. “Nós deixamos de usar a nomenclatura Merenda Escolar para hoje utilizar Alimentação Escolar – pela importância e complexidade do assunto. O prefeito Denis Andia sempre orienta que as determinações do Ministério da Educação sejam devidamente cumpridas nas unidades escolares. A alimentação das nossas crianças passa por um processo de estudo com zelo em relação à manipulação deste alimento, higiene, trabalho preventivo com a saúde dos alunos e substituição dos alimentos, além do valor nutricional de cada alimento servido às crianças. É um trabalho feito por muitas mãos, zelo e cuidado, que vai além do investimento de milhões”, ressaltou Tânia.

A Secretaria de Educação mantém 230 cozinheiras e 30 agentes de serviços escolares para atender a demanda do número de refeições servidas. A Administração Municipal contratou mais duas novas nutricionistas para suprir a demanda das escolas de período integral, segundo a secretária. “Além do valor investido na alimentação escolar, temos a preocupação com o recurso humano e nos cuidados que essas profissionais possuem com a alimentação das nossas crianças, inclusive contratamos mais nutricionistas para o atendimento das unidades em período integral”, comentou. “Outro aspecto com a vinda delas é a importância do diálogo com as cozinheiras e auxiliares, tendo um trabalho de corpo a corpo, para orientar e cuidar desses alimentos, não só da rede municipal, mas também dos estudantes das Escolas Estaduais”, completou a secretária.

As creches, que atendem crianças de 0 a 3 anos, servem cinco refeições diárias, sendo café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar, respeitando a faixa etária de cada criança. Essas refeições são divididas em cinco tipos de cardápios diferentes com produtos de ótima qualidade e nutritivos feitos por equipe capacitada do Setor de Alimentação Escolar. Nas escolas de período integral são três refeições diárias. Já nas unidades de período regular, os alunos possuem uma refeição diária, exceto as escolas do período vespertino que também servem um café da manhã.

Além da responsabilidade da compra e distribuição dos gêneros alimentícios a todas as escolas, a Prefeitura elabora os diferentes cardápios para todos os tipos de atendimento. Para a elaboração do cardápio, o setor conta com quatro nutricionistas capacitadas, pensando sempre nas crianças. Um exemplo disso é o teste de aceitabilidade para a introdução de um novo alimento na dieta das crianças. “Primeiramente recebemos uma amostra do produto do fornecedor para teste em nossa equipe. Após discutir a viabilidade do produto, selecionamos uma escola e distribuímos esse alimento. Temos uma escala Hedônica (método de graduação ou preferência por meio de avaliação subjetiva) para teste com as crianças, onde elas pintam carinhas de emotions, iguais das redes sociais e, a partir disso, fazemos um levantamento. Já para alunos maiores aplica-se um relatório baseado na quantidade consumida e sobra desse alimento”, explicou a nutricionista do Setor, Fabiana Maria Guerra Giusti.

Além disso, o Município oferece três porções de frutas e legumes obrigatórios do cardápio – atendendo a legislação do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). Há a entrega de laranja, banana, mamão, maçã, além de iogurte, cereais, biscoitos integrais, entre outros. Pensando na saúde das crianças, os produtos contêm baixo teor de sódio e o mínimo de açúcar. “Se for um produto processado, escolhemos com baixo teor de sal. Já com açúcar é muito difícil utilizarmos, eventualmente oferecemos em datas comemorativas, como Dia das Crianças”, falou a nutricionista.

Com relação às carnes oferecidas é procurado o que existe de melhor qualidade no mercado institucional, utilizando técnicas e tecnologias existentes na área da alimentação. “Utilizamos os conceitos da tecnologia do IQF (Índice de Qualidade de Fornecimento), no qual os cubos de carnes são congelados individualmente tornando dessa maneira o produto melhor aproveitado e com melhor qualidade”, explicou a chefe do Setor de Alimentação Escolar, Rosemary Mondoni.

As crianças se alimentam no dia a dia com produtos orgânicos, hortifrutigranjeiros sem a adição de agrotóxicos ou fertilizantes, o que significa uma alimentação livre de substâncias nocivas à saúde. “Para uma alimentação mais rica e saudável, compramos diversos produtos em hortifrutis orgânicos. De acordo com a Lei Federal 1.197 de 16 de junho de 2009, os municípios devem investir 30% dos recursos recebidos na agricultura familiar. Nossa cidade tem sido um das poucas a cumprir integralmente essa legislação”, disse Rosemary.

Conselho de Alimentação Escolar

O Setor de Alimentação Escolar está em constante contato com o Conselho de Alimentação Escolar em reuniões mensais, esclarecendo dúvidas e acompanhando os relatórios feitos após as visitas dos conselheiros às escolas com objetivo de sanar problemas e fiscalizar o preparo e distribuição dos alimentos. “Nossa tarefa é fiscalizar de forma independente a respeito do Programa Nacional de Alimentação Escolar no Município, tanto nas escolas municipais, estaduais e instituições. Estamos sempre junto da comunidade, vendo de perto os pedidos dos alunos. As nutricionistas estão sempre em prontidão nos auxiliando. A parceria com a Prefeitura vem dando certo”, frisou o presidente do Conselho de Alimentação Escolar, Carlos Leonilde Negro.

Os recursos para a manutenção do Programa Nacional de Alimentação Escolar são recebidos parceladamente dos Governos Federal e Estadual. Os dois recursos necessitam da prestação de contas anual. O recurso recebido do Governo Federal tem seu acompanhamento feito pelo Conselho de Alimentação Escolar, por meio de notas fiscais. O gestor, ao final do exercício, deverá prestar contas eletronicamente por meio do SIGPC (Sistema Integrado de Prestação de Contas).

Fotos: Marcel Carloni

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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