Sem provas, só promessas: as estratégias eleitorais que enganam o povo
Por Dennis Moraes
Em tempos de crise, sejam elas políticas, sociais ou econômicas, é comum surgir uma figura que se auto-intitula o “salvador da pátria”. Eles aparecem como heróis, prontos para solucionar todos os problemas do mundo com promessas vazias e discursos inflamados. Porém, basta um olhar mais atento para perceber que muitos desses “heróis” não conseguem sequer resolver os problemas básicos do seu próprio quintal.
É fácil prometer mundos e fundos quando o terreno da promessa é distante e desconectado da realidade. Mais difícil é encarar os desafios cotidianos, assumir responsabilidades e fazer acontecer no microcosmo que controlam. Esses autoproclamados líderes muitas vezes são aqueles que não limpam o próprio chão – metaforicamente e, às vezes, literalmente.
Recentemente, surgiram vários desses “heróis” proclamando vitória sobre a instalação de praças de pedágio free flow na SP-304. Segundo eles, uma conversa com o governador Tarcísio teria sido suficiente para barrar o projeto. Pura utopia eleitoreira! O próprio governador declarou que não teremos pedágios, mas até agora nada foi documentado, provando oficialmente que o projeto foi arquivado definitivamente. Isso só reforça a suspeita de que tudo não passa de uma manobra eleitoreira, estrategicamente planejada para enganar o público e ganhar fôlego nas próximas eleições.

E como se não bastassem os “salvadores”, surgem também os falsos profetas, que se intitulam “ressignificadores” e prometem trazer uma nova era de transformação. Na prática, no entanto, essas figuras estão mais preocupadas em ressignificar suas próprias carreiras políticas do que em promover mudanças reais para a sociedade.
Essas figuras vivem de aparências. Gastam tempo construindo uma imagem imaculada, mas ignoram que a credibilidade começa em casa. Como confiar em alguém que promete mudar uma cidade, um estado ou um país, mas não cuida de suas próprias obrigações básicas?
Ser líder exige mais do que discursos eloquentes; exige exemplo, coerência e trabalho árduo. Não há glória em apontar os erros dos outros quando os próprios erros estão à vista de todos. É hora de a sociedade ser mais criteriosa. Antes de aplaudir os “salvadores da pátria”, vamos observar se eles realmente praticam o que pregam – começando pelo próprio chão.
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