O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou novos dados do estudo “Nomes no Brasil”, atualizados a partir do Censo Demográfico 2022. O levantamento confirma uma tradição que atravessa gerações: o país continua sendo majoritariamente formado por Marias, Josés, Silvas e Santos.
Os nomes femininos e masculinos mais comuns seguem sendo Maria e José, liderança já observada no último levantamento, em 2010. Entre os sobrenomes, Silva permanece como o mais frequente, presente em aproximadamente 16,7% da população brasileira. Na sequência aparecem sobrenomes igualmente tradicionais, como Santos, Oliveira, Souza e Pereira.
A nova edição do estudo traz ainda dados regionais que chamam atenção. Em algumas cidades do Nordeste, por exemplo, a presença do nome Maria ultrapassa 20% da população feminina, enquanto em municípios do Piauí, o nome Antônio aparece com forte concentração. Já entre os sobrenomes, o estudo identificou que em estados como Sergipe, o sobrenome Santos é encontrado em mais de 40% dos habitantes.
Além de registrar a predominância de nomes clássicos, o levantamento também aponta tendências das últimas décadas. Nomes que tiveram grande destaque no passado perderam espaço para escolhas mais recentes. Enquanto nomes como Terezinha, Benedito, Osvaldo e Lourdes recuaram, nomes como Helena, Alice, Miguel e Gael ganharam força entre as gerações mais novas, refletindo mudanças culturais e influências midiáticas.
Identidade, cultura e história
Mais do que uma simples lista, os dados revelam aspectos importantes da formação social e cultural do país. Nomes e sobrenomes ajudam a contar histórias de migrações, tradições familiares, religiosidade, costumes regionais e até momentos históricos que moldaram a identidade nacional.
Contexto regional
Na região de Santa Bárbara d’Oeste e da Região Metropolitana de Campinas, a tendência acompanha o cenário nacional, com forte incidência de sobrenomes tradicionais portugueses e religiosos. A popularidade crescente de nomes modernos também é percebida entre os registros das novas gerações locais.
Ferramenta interativa
O IBGE disponibiliza uma plataforma digital onde o público pode consultar a frequência de nomes e sobrenomes por município, estado e década de nascimento, além de comparar tendências nacionais e internacionais.
Retrato de um país plural
O estudo reforça que, mesmo com as mudanças nos padrões de escolha ao longo do tempo, o Brasil mantém raízes históricas profundas em sua formação nominal. Entre tradições familiares e novas influências, o país continua celebrando sua diversidade — e, ao mesmo tempo, preservando a identidade de um povo onde Marias, Josés, Silvas e Santos seguem sendo protagonistas.
| NOME | PERCENTUAL | FREQUÊNCIA | |
| 1º | Maria | 6,05% | 12.284.478 |
| 2º | Jose | 2,54% | 5.164.752 |
| 3º | Ana | 1,94% | 3.948.650 |
| 4º | Joao | 1,69% | 3.430.608 |
| 5º | Antonio | 1,10% | 2.241.094 |
| 6º | Francisco | 0,82% | 1.665.494 |
| 7º | Pedro | 0,80% | 1.624.478 |
| 8º | Carlos | 0,73% | 1.474.492 |
| 9º | Lucas | 0,66% | 1.341.525 |
| 10º | Luiz | 0,66% | 1.335.098 |
| 11º | Paulo | 0,66% | 1.331.639 |
| 12º | Gabriel | 0,60% | 1.211.227 |
| 13º | Marcos | 0,53% | 1.082.739 |
| 14º | Davi | 0,43% | 876.593 |
| 15º | Rafael | 0,43% | 873.321 |
| 16º | Luis | 0,41% | 838.237 |
| 17º | Daniel | 0,38% | 770.743 |
| 18º | Miguel | 0,35% | 715.241 |
| 19º | Gustavo | 0,34% | 680.738 |
| 20º | Felipe | 0,33% | 676.680 |
| 21º | Guilherme | 0,33% | 676.181 |
| 22º | Francisca | 0,33% | 665.602 |
| 23º | Eduardo | 0,32% | 658.697 |
| 24º | Matheus | 0,32% | 652.373 |
| 25º | Julia | 0,32% | 650.271 |
| 26º | Bruno | 0,32% | 645.929 |
| 27º | Marcelo | 0,32% | 644.503 |
| 28º | Arthur | 0,30% | 617.823 |
| 29º | Leonardo | 0,28% | 566.973 |
| 30º | Rodrigo | 0,28% | 561.663 |




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