O Diagnóstico de um câncer muitas vezes é visto como o fim do mundo. Por mais que a medicina tenha avançado, o medo da doença e da morte ainda é algo real. Ao receber o diagnóstico em 2016, com a contabilista Jaqueline Chagas não foi diferente. Na época com 35 anos ela recebeu um diagnóstico devastador: câncer de mama em estágio avançado.
O nódulo, descoberto pelo marido de Jaqueline, levou a uma corrida contra o tempo. “O meu tratamento durou por volta de um ano e três meses, e, além do cabelo, perdi sete dentes. Fiquei emocionalmente abalada nesse período”, diz Jaqueline.
Na quinta sessão de quimioterapia, seu organismo não resistiu e ela precisou ser internada com infecção generalizada e neutropenia gravíssima. Naquele momento, os médicos deram apenas alguns dias de vida à paciente. “Aquele prognóstico não se confirmou. Em dezembro de 2016 fiz a última quimioterapia e depois de três meses realizei a cirurgia para a retirada da mama. Foi muito difícil”, relata.
– Porém em 2017, enquanto realizava o tratamento da hemoterapia, infelizmente tive complicações no útero e no ovário que levantaram a suspeita de um novo câncer. Como prevenção optamos por uma histerectomia radical laparoscópica. Essa cirurgia me tirou a possibilidade de realizar meu sonho de ser mãe – revela Jaqueline.
Mas a vitória sobre a doença não encerrou sua história: foi justamente dela que nasceu o Instituto Unidas para Sempre, que se tornou um porto seguro para pacientes oncológicos no Rio de Janeiro.
Do grupo no Facebook a um Instituto referência
O projeto começou de forma simples e despretensiosa, uma página de apoio mútuo no Facebook no qual mulheres com câncer compartilhavam experiências, dores, dificuldades e sonhos.
Atualmente, são atendidos 497 pacientes, como mulheres, crianças e homens. Hoje, o Instituto oferece atendimento multidisciplinar gratuito com psicólogos, nutricionistas, oncologistas, dentistas, terapeutas sexuais, podólogos, dermatologistas e até oficinas de automaquiagem e micropigmentação, voltadas à autoestima dos pacientes. “Também temos oferecido consultoria jurídica com escritórios parceiros”.
Além dos cuidados com a saúde, o Instituto também distribui cestas básicas e doações de roupas. Somente em 2025, foram 8 toneladas de alimentos entregues a famílias cadastradas, sem apoio governamental, tudo com apoio de parceiros e voluntários.
Jaqueline diz também que conseguiram doar perucas para pacientes, cadeiras de roda e higiênica, além de próteses mamárias. A instituição ainda tem uma parceria com a universidade Unicesumar, que tem concedido 62% de desconto nos cursos para pacientes e suas famílias. “Já temos uma paciente formada através dessa bolsa. Além de ajudar na autoestima, mostra que a doença não é o fim”.
As doações do Instituto Unidas Para Sempre são viabilizadas por doações de parceiros e voluntários, sem qualquer repasse governamental. “Nosso desejo é ampliar ainda mais a rede de ajuda, porque sabemos que cada cesta, cada consulta, faz diferença na vida de quem luta contra o câncer”, explica Jaqueline.
– O câncer acabou com meu desejo de ser mãe, mas o Instituto se tornou o filho que gerei e é o meu projeto de vida. É a forma que encontrei de transformar minha dor em cuidado e esperança para outras pessoas – finaliza.
Como ajudar
O Instituto segue atuando e precisa de apoio para ampliar seu alcance. Hoje, além do Rio de Janeiro, o sonho de Jaqueline é expandir o projeto para outras regiões do país.
Para colaborar com o Instituto Unidas para Sempre:
- Site: www.unidasparasempre.com.br
- PIX: CNPJ 40.647.852/0001-90 – Associação Unidas para Sempre
- Telefones: (21) 99160-6851 e (21) 97671-8109
- Instagram: @unidasparasempreRJ
O Instituto Unidas para Sempre tem mais de 575 participantes, contando com o apoio de profissionais, como: psicólogas, nutricionistas, advogadas, oncologistas, clínicos geral, assistentes sociais, enfermeiras, dentistas, terapeuta sexual, nutricionistas ortomoleculares, neuropsicólogo, micropigmentação e fisioterapeutas. Cada um exercendo uma função essencial e doando um serviço sem custo.





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