21 de maio de 2024

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58% dos brasileiros não se dedicam às suas finanças: como começar?

Foto: Drazen Zigic/Freepik.

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Dado indica que os brasileiros podem ter sérios problemas financeiros a curto, médio e longo prazo, inclusive dificultando a realização de seus sonhos. Aprenda por onde começar

 

Finanças é um assunto com o qual todas as pessoas terão que lidar em algum momento de suas vidas. Algumas o farão mais cedo que as outras, enquanto há aquelas que lidarão com um maior volume financeiro que as outras, mas fato é que em alguma ocasião, esta será uma pauta necessária. Porém, por mais contraintuitivo que possa parecer, geralmente este tema não é ensinado nas escolas.

 

A consequência natural é ter pessoas que não sabem como cuidar de seu dinheiro, e é justamente isso que foi refletido por uma pesquisa feita em parceria entre o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL): 58% dos brasileiros admitem que nunca ou somente às vezes dedicam tempo ao controle de sua vida financeira.

 

Os problemas vão além: 17% dos consumidores afirmam que sempre ou frequentemente precisam usar cartão de crédito, cheque especial ou mesmo pegar dinheiro emprestado para pagar as contas do mês — entre os mais jovens, o percentual é ainda maior, de 24%.

 

Inclusive, outro dado deixa claro como o problema, muitas vezes, está na falta de prática: 56% afirmaram que se sentem melhor quando planejam as despesas para os próximos meses. Porém, 48% deles nunca ou apenas às vezes fazem um planejamento para ficar dentro do orçamento nos meses seguintes.

 

Tudo isso se resume a uma pergunta: por onde começar? É sobre isso que falaremos neste conteúdo. Continue a leitura!

Como começar a cuidar das minhas finanças?

É claro que não existe uma fórmula mágica que, assim que aplicada, resolva todos os problemas de uma única vez, mas alguns passos servem como um ponto de partida para te ajudar a assumir ou retomar o controle sobre sua vida financeira. Veja só:

#01 – Entenda a importância de dominar e controlar suas finanças

O primeiro passo é reconhecer que você deve controlar o seu dinheiro, não o contrário. Afinal, ele está aí para atender suas necessidades e interesses, não para atrapalhar a sua vida.

 

Depois de entender isso, você deve compreender, também, que é fundamental controlar as finanças. Não saber o que está acontecendo em sua vida financeira é colocar na prática o “deixa a vida me levar”, que não é nada bom quando falamos sobre este assunto.

 

#02 – Levante 4 informações básicas

Acredite: a resposta a apenas 4 perguntinhas podem te colocar em uma posição muito mais favorável no que tange ao seu controle financeiro. São elas:

 

  1. Quanto eu ganho? Aqui, você deve levantar todo o dinheiro que entra no seu orçamento mensal, como o salário de seu emprego fixo, o dinheiro que vem de serviços eventuais (os famosos “bicos” ou “freelas”) e outras fontes de renda, como aluguel (se você é o locador, ou seja, o dono de um imóvel que o aluga a terceiros) ou o recebimento de parcelas de algum empréstimo que você fez no passado a alguém, por exemplo.
  2. Quanto eu gasto? O próximo passo é entender quanto dinheiro você gasta mensalmente. Aqui, entram todas as despesas, como aluguel ou financiamento, contas (água, luz, gás), faturas de cartões, parcelas de carnês e por aí vai.
  3. Quanto sobra? Em seguida, subtraia o dinheiro que você gasta daquele que ganha. Pode ser que seja mais do que entra, o que não é tão atípico, como vimos nas estatísticas acima, e é por isso que muitos precisam recorrer a cartões de crédito, cheque especial ou empréstimos.
  4. Quanto eu invisto? Por fim, anote quanto dinheiro você investe mensalmente, o que pode acontecer em investimentos de renda fixa ou variável. Isso influenciará diretamente em seu futuro.

 

Este não costuma ser um trabalho que se faz apenas uma vez e nunca mais depois, já que os valores mudam. É importante que essa prática seja realizada todos os meses, mas ao colocar em prática pela primeira vez, você já entenderá melhor sua situação atual.

#03 – Entenda quais são seus custos

Saber quanto você gasta é importante, mas com o que você gasta é ainda mais. Nesta etapa, você deve categorizar os seus gastos para compreender para onde, de fato, vai o seu dinheiro.

 

Aqui, inclusive, temos uma dica importante: você não deve pegar o valor total do seu cartão e lançar a despesa como “cartão de crédito”, mas sim verificar na fatura qual foi a categoria daquela despesa. Afinal, o cartão é um meio de pagamento, não uma categoria.

 

É verdade que isso dá bastante trabalho, especialmente da primeira vez, mas essas informações serão importantíssimas para te fazer entender o destino do seu suado dinheirinho.

#04 – Busque reduzir seus custos

Ciente de quanto ganha, quanto gasta e com o que gasta, o próximo passo é tentar enxugar as despesas. Isso pode acontecer em situações mais óbvias, como deixar de almoçar no restaurante todos os dias e levar sua comida de casa, a outras que às vezes passam despercebidas, como assinaturas de streaming que você nem usa mais.

 

#05 – Pense em alternativas para aumentar sua receita

Por último, mas não menos importante, vale pensar em oportunidades de aumentar o dinheiro que entra no seu orçamento, como freelas, trabalhos pontuais ou se inscrever em um programa de afiliados, por exemplo. Use suas habilidades a seu favor!

Controle suas finanças e tenha uma vida mais tranquila!

Sabe o processo de começar a ir à academia? O mais difícil é o começo, mas depois que você se acostuma e começa a perceber os benefícios que isso traz ao seu corpo e à sua mente, fica difícil abandonar o hábito.

 

O mesmo acontece com a organização financeira. Já que é algo que nem sempre aprendemos quando somos jovens, cabe a nós nos esforçarmos para colocar isso em prática na vida adulta, o que pagará um bom preço – literalmente.

 

Por isso, deixamos aqui dois conselhos finais: comece e, depois, continue firme nesse objetivo. Pode ter certeza que suas finanças e sua vida, como um todo, agradecerão muito!

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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