7 de outubro de 2024

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5 Tendências de 2023 para o mercado de vinhos

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Vinho é, genericamente, uma bebida alcoólica produzida por fermentação do sumo de uva. Inicialmente, o vinho era considerado uma bebida sagrada e oferecida aos deuses e reis como oferenda. Mas, com a ascensão do Império Romano, tal bebida passou a ser considerada uma necessidade diária e que deveria ser acessível a todos os cidadãos. 

De acordo com dados da Associação Brasileira de Enologia (ABE), o consumo de vinhos no Brasil tem crescido bastante nos últimos anos. Em 2020, o consumo de vinhos no país aumentou em média 7,3% em relação ao ano anterior, atingindo uma média de 4,5 litros por habitante. 

No artigo de hoje, vamos falar um pouco sobre o cenário do mercado de vinhos no Brasil e as tendências de 2023 nesse setor. 

E então, se interessou pelo conteúdo? Continue lendo nosso artigo e fique por dentro das tendências de 2023 para o mercado de vinhos! 

Cenário do mercado de vinhos no Brasil 

Atualmente, o vinho é um dos produtos agrícolas mais importantes do mundo. Além de ser um produto de alta importância econômica, o vinho também é um elemento fundamental na gastronomia. A harmonização do vinho com pratos culinários é uma arte inexplicável. 

Segundo dados divulgados pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), em 2018 contabilizou 282 milhões de hectolitros – 1 hectolitro equivale a 100 litros.  

Como mencionado no início do artigo, o consumo de vinhos no Brasil vem crescendo cada vez mais, atingindo uma média de 4,5 litros por habitante. Além disso, o mercado de vinhos premium no Brasil cresceu aproximadamente 10% em 2020, mostrando a tendência de aumento da procura por vinhos de alta qualidade no país. 

A região sudeste é responsável por grande parte do consumo total – cerca de 60% – de vinho no país, seguida pelas regiões sul e nordeste. Entretanto, a maior parte dos vinhos consumidos no Brasil são importados, representando cerca de 70% do total consumido. Entre as principais regiões produtoras de vinhos importados estão a França, Espanha, Chile e Itália. 

A guerra entre Rússia e Ucrânia contribuiu para o aumento do custo de insumos secos, escassez de containers e da energia das vinícolas europeias. Tais fatores, junto com a alta da inflação na economia interna do país, causaram um aumento dos preços dos vinhos no Brasil. 

A pandemia do Corona Vírus também foi um grande influenciador nesse setor, visto que, o mundo inteiro passou por um período que mudou suas vidas de alguma forma. Atualmente, mesmo com a pandemia controlada, muitos hábitos adquiridos na quarentena continuam se mantendo, como comprar vinhos através da internet, seja através de um e-commerce, WhatsApp, aplicativos ou similares. 

Com o controle da pandemia, as pessoas voltaram a se encontrar pessoalmente, participar de festas em família e entre amigos. Sendo assim, podemos esperar que o tipo de vinho adquirido para esses momentos esteja mais presente. 

O mercado de espumantes continua bem forte. Junto com a volta das grandes festas, em 2022, os produtores brasileiros fecharam o ano com um crescimento de 14% e os importados com 20%

Os dados mencionados acima mostram como o mercado de vinhos no Brasil tem potencial para crescimento e evolução, oferecendo várias opções para os consumidores e uma excelente oportunidade para produtores e empreendedores, desde vinhos nacionais até importados de alta qualidade.

Tendências para 2023

Em 2023, algumas tendências devem se destacar e influenciar ainda mais o mercado de vinho. Confira agora algumas delas: 

1. E-commerce 

A expansão no consumo tem relação direta com a maior oferta dos produtos em plataformas de e-commerce como a Sonoma, via lojas, clube de assinantes e também das próprias vinícolas. Com a pandemia do Covid-19, esse setor, assim como todos os outros, teve que se reinventar para continuar gerando lucros. Sendo assim, o mercado de vinho adotou a estratégia do e-commerce e mesmo com o controle da pandemia, tal hábito continuou sendo utilizado pelos comerciantes. 

Segundo a Wine Intelligence, o Brasil possui mais de 8 milhões de consumidores online de vinhos. Desse total, 1,7 milhões fazem compras regulares pela internet. De acordo com dados divulgados pelo site, o setor registrou um aumento de 40% nas vendas online no último ano. 

O e-commerce além de oferecer tudo o que uma loja virtual precisa para ser eficiente e converter visitas em vendas, também permite que a empresa crie uma experiência personalizada no seu site, contribuindo assim, para facilitar a conquista e fidelização de um cliente. 

Para isso, é essencial identificar o estágio de personalização da loja e buscar aprender mais sobre os seus visitantes. Assim, vai ficar mais fácil de trocar uma estratégia melhor para impactar o consumidor de vinho e impulsionar as vendas com ações como vitrines e banners customizados.

2. Sustentabilidade no vinho 

A sustentabilidade no vinho não se trata apenas em relação ao aspecto ambiental, mas também ao econômico e social, atuando em todas as fases do processo – desde a produção até seu engarrafamento, comercialização, marketing e toda a relação da empresa com a economia e a sociedade. 

Tal estratégia é a mais economicamente viável e tem trazido um ótimo impacto positivo no mundo, visto que, é possível de ser adotada em massa, por empresas pequenas e grandes. 

A sustentabilidade nos vinhedos consiste em manter a qualidade do solo e um controle de pragas amigável ao meio ambiente. Além disso, engloba o uso eficiente de energia, redução da emissão de gases e do uso de água. 

As vinícolas consomem muita água e energia elétrica, além de insumos usados diretamente nos vinhos. Sendo assim, a utilização de energias renováveis, redução, reciclagem e reutilização dos resíduos são práticas fundamentais para a sustentabilidade e para o planeta terra.

3. Vinho em lata 

O vinho ganhou muitos consumidores jovens nos últimos anos e este é o público que os produtores buscam agradar bastante. Devido ao fato da maioria dos jovens preferirem praticidade, os vinhos em lata vêm crescendo constantemente. Ele tem se tornado popular pela sua facilidade de consumo em qualquer lugar, com facilidade de transporte, na abertura e para consumo de forma individual. 

Desde janeiro de 2019, mais de meio milhão de latas foram vendidas, o que corresponde a aproximadamente 150 mil litros de bebida. O CEO da Vivant, Alex Homburguer afirma que “A grande maioria das pessoas que prova gosta e se surpreende. Além disso, o vinho em lata é a cara do Brasil, das nossas praias e festividades. Então, acho que, nesse cenário, o produto se encaixa muito bem”.

4. Vinhos para coquetéis 

O coquetel pronto para beber é a mais nova aposta das vinícolas. Como mencionado anteriormente, o consumidor jovem prefere bebidas mais fáceis de beber e nesse caso, o coquetel já vem pronto. Coquetéis à base de vinho, como o Portonic da Taylor’s, tem como objetivo ao chegar no Brasil expandir o consumo da bebida para mais ocasiões. As bebidas prontas para o consumo devem representar 8% do mercado de bebidas alcoólicas até 2025.

5. NFTs 

Os NFTs, sigla em inglês para “non-fungible tokens”, que se traduz para o português como “tokens não fungíveis”, são um tipo de investimento digital. Trata-se de uma tecnologia de certificação similar à utilizada por criptomoedas como Bitcoin e Ethereum. 

No caso de obras de arte digitais, o NGT serve para dizer qual é verdadeira. Afinal, qualquer uma pode ser contemplada na internet e até impressa com uma resolução mínima. Por outro lado, só quem detém o NFT de uma obra do tipo pode revendê-la e o mesmo acontece com os vinhos.

A vinícola californiana Robert Mondavi, por exemplo, lançou seus primeiros rótulos de vinho vendidos por NFT no mundo todo, com exatas 1966 garrafas colecionáveis e rastreáveis por blockchain. Sendo assim, essa edição limitada possui vasilhames customizados pelo artista norte-americano Clay Heaton. 

Tais desenhos foram originados através de algoritmos personalizados que foram desenvolvidos para os compradores desse rótulo. Por isso, cada NFT do vinho será vendida por 16 mil reais ou 3,5 mil dólares, contendo uma chave para desbloquear o resgate de uma garrafa de verdade do tipo Magnum de 1,5 litros.

Conclusão

As tendências do mercado de vinhos em 2023 indicam uma preocupação crescente com a saúde, a sustentabilidade e a procura por novidades. 

Mesmo 2020 sendo um ano bastante atípico, o consumo de vinhos no Brasil registrou um aumento significativo. Além disso, hábitos criados por consequência da pandemia foram essencial para o crescimento desse setor e permanecem até hoje, fazendo com que o mercado de vinhos cresça cada vez mais!

Segundo a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), tal período trouxe muitos aprendizados para o mercado de vinho, tais como: a resiliência, adaptabilidade e a diversificação de mercados e canais de distribuição

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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