1 de julho de 2024

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5 precauções para o autocultivo da cannabis medicinal

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Terapêutica importante para pacientes com epilepsia, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e depressão teve plantio liberado pelo STF, mas autocultivo requer cuidados

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) aprovou, no dia 13 de setembro, o cultivo da cannabis medicinal. Apesar de a medida ter como objetivo fazer com que os pacientes não sejam penalizados judicialmente, é preciso estar atento à forma com que o autocultivo é feito, pois, sem os cuidados necessários, pode oferecer riscos à saúde como contaminação pelo uso incorreto de fertilizantes, proliferação de fungos, bactérias, mofo e, até mesmo, tornar o ambiente propício a incêndios.  

Rafael Pessoa, diretor médico da Cannect, maior ecossistema de cannabis medicinal da América Latina, reforça sua preocupação com o plantio residencial por ser inviável economicamente, em nível individual, a realização da cromatografia líquida de alta potência (HPLC, na sigla em inglês). Trata-se de um método que avalia e certifica a relação de canabinoides e seus compostos terapêuticos, além de indicar se naquela amostra há contaminantes e substâncias indesejadas, como solventes, metais pesados e até mesmo bactérias e outros microrganismos. Entre as precauções a serem tomadas pelos pacientes, o especialista destaca a importância de avaliar a qualidade da medicação, considerando contaminação por solvente residual ou algum metal pesado. 

“A Cannect, por exemplo, exige que todas as marcas parceiras apresentem o CoA (da sigla em inglês Certificate of Analysis), que garante que a quantidade de canabinoides especificada no rótulo compõe realmente o medicamento e atende a prescrição feita pelo profissional da saúde, além de informar se aquela amostra está livre de solventes, metais pesados e microrganismos indesejados. Sem esse certificado, é preciso ter cuidado redobrado com elementos essenciais de segurança e dosagem, especialmente para aqueles pacientes com estado de saúde debilitado, como os pacientes em tratamentos oncológicos”, explica Pessoa. 

Veja as 5 precauções para o autocultivo da cannabis medicinal: 

1 – Avaliar possibilidade de contaminação química pelo uso excessivo de fertilizantes e pesticidas: pode resultar em um produto final contaminado. Quando a pessoa ingere ou inala essas substâncias pode ter problemas respiratórios e irritação na pele. 

2 – Observar crescimento de fungos e bactérias: se o ambiente de cultivo não for bem controlado e monitorado pode favorecer o crescimento de colônias de fungos e bactérias, o que contamina a planta e pode gerar problemas respiratórios e infecções intestinais.  

3 – Se atentar à formação de mofo: a umidade e baixa ventilação do ambiente em que cannabis é cultivada pode levar à criação de mofo e esporos, com riscos à saúde se forem inalados. Não necessariamente apenas no produto final, mas no próprio ambiente do cultivo, já que as partículas nocivas ficam no ar, podendo causar alergia, irritação das vias aéreas, e doenças respiratórias mais graves. 

4 – Todo o cuidado é pouco com a intoxicação acidental: o uso inadequado de produtos químicos pode causar acidentes irreversíveis, que, em casos graves, podem levar à morte. É preciso seguir todas as instruções do fabricante, tanto de uso, quanto de armazenamento, além da necessidade do uso de EPIs (equipamentos de proteção individual). 

5 – Segurança em relação ao risco de incêndio: iluminação inadequada de alta potência, fiação instalada incorretamente, armazenamento de produtos inflamáveis (solventes e óleos) e falta de ventilação podem expor o ambiente a uma maior probabilidade de incêndio.  

Sobre a cannabis medicinal  

A cannabis medicinal é uma potente opção de tratamento usada para 190 mil pessoas em tratamento com o princípio ativo, mas estima-se que 130 milhões de pessoas no país com patologias e sintomas potencialmente tratáveis com cannabis medicinal. Já aderiram ao tratamento pacientes como, crianças com graus diferentes de autismo e pacientes em geral com epilepsia refratária, distonia, dor crônica, fibromialgia, encefalopatia, esclerose múltipla, esquizofrenia, paralisia cerebral, Parkinson, Alzheimer, ansiedade e depressão, entre outras doenças.  

Sobre a Cannect     

Fundada em julho de 2021 por Allan Paiotti e Fernando Domingues, a Cannect é o maior ecossistema de cannabis medicinal da América Latina que tem como objetivo democratizar o acesso ao tratamento com cannabis medicinal, conectando pacientes, médicos, instituições de saúde, pesquisadores e fornecedores. Com a proposta de valor focada no cuidado integrado e personalizado, conta com equipes médicas e assistenciais dedicadas aos ajustes necessários para o sucesso do tratamento de cada paciente. A empresa já atendeu mais 10.000 pacientes e possui cerca de 800 produtos em seu marketplace (www.cannect.life), sendo o maior portfólio de produtos à base de cannabis medicinal da América Latina.   

A empresa já investiu cerca de R$15 milhões desde o seu nascimento, e vem intensificando suas iniciativas para acelerar o processo de crescimento orgânico e expansão. Em janeiro do ano passado, incorporou o site da Cannalize, portal líder no Brasil na produção de conteúdo sobre o tema, e, em maio, a empresa anunciou a aquisição da pioneira Dr. Cannabis, criando a vertical de educação e eventos, reforçando o compromisso da Cannect de levar para profissionais da saúde, empreendedores e interessados em geral informação qualificada sobre a cannabis medicinal. 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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