Um manifesto que começou pacífico terminou com bombas e confronto entre policiais e protestantes a cerca de 2 quilômetros da Arena Castelão, em Fortaleza, onde a partir das 16h o Brasil enfrenta o México pela Copa das Confederações . Cerca de cinco mil pessoas se uniram próximo ao viaduto que une a Avenida Alberto Craveiro, que dá acesso ao estádio, e Av. Senador Carlos Jereissati.
O comandante que organizava a operação, Capitão Cláudio Mendonça, do Batalhão de Policiamento Turístico do Ceará, disse que estava ali para garantir a paz. “Apoiamos a manifestação e vamos fazer de tudo para que e esses garotos cheguem em em suas casas e durmam à noite”, disse. Pouco depois, à medida que o grupo se aproximava do bloqueio do Batalhão de Choque, a paz começou a ser ameaçada.
Djalma Vassão/Gazeta Press
Com a ordem de evitar qualquer aproximação do grupo ao estádio, o bloqueio soltou bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes. Enquanto isso, os manifestantes criavam “sem violência”, “vandalismo, não”.
Vários grupos se uniram na manifestação. Membros do PSOL organizaram o início da passeata. Havia também punks mascarados, grupos GLBT (Gays, lésbicas, bissexuais e transexuais), jovens com faixas contra a corrupção e contra os gastos com a Copa. O pedido dos organizadores da passeata era para que não houvesse confronto, mas a aproximação com o Choque não poderia resultar em outra situação senão essa.
Houve muita correria. Pessoas de cadeiras de rodas se esconderam em algumas lojas próximas. A Fifa, um dos alvos do protesto, exige o fechamento das vias a menos de 2 quilômetros do estádio. E a intenção dos manifestantes era estar mais próxima ao estádio que custou cerca de R$ 625 milhões.
Fonte: IG