O médico Paulo Mendes Junior, do Hospital IPO, maior referência do segmento na América Latina, detalha o que desencadeia o mau cheiro e as possíveis soluções
De acordo com a Associação Brasileira de Halitose (ABHA), cerca de 30% da população brasileira sofre com mau hálito, o que corresponde a aproximadamente 50 milhões de pessoas. As principais causas do mau hálito são problemas na boca, nas amígdalas ou decorrentes de rinite ou sinusite.
Na área bucal, a ausência de uma escovação correta, principalmente da língua, é o principal fator. Na área da otorrinolaringologia, algumas situações são as causadoras do mau hálito, como as massinhas brancas com mau cheiro que se formam na garganta, chamadas de “caseos amigdalianos” ou “caseum”.
“Dependendo de quantos casos de amigdalite a pessoa tiver, aparecem os caseos amigdalianos, que acumulam comida, ou restos de descamação da boca, e geram mau cheiro”, explica o médico Paulo Mendes Junior, do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), maior referência do segmento na América Latina.
Para isso, são duas as opções de tratamento. A primeira, fazer gargarejo com enxaguante bucal, evitando aqueles com álcool em sua composição. A segunda, tratamento cirúrgico. “O médico otorrino pode avaliar o caso e fazer a recomendação da cirurgia. Ou seja, retirar as amígdalas”, conta o especialista.
Outra situação que pode desencadear o mau hálito é a má respiração pelo nariz. Rinite, desvio de septo, fazem o indivíduo respirar mais pela boca, tornando a descamação da região mais intensa, e também causam ressecamento, gerando o mau cheiro. “A secreção da sinusite é outro fator. Além do mau hálito, pode causar muita tosse, principalmente ao deitar”, diz.
Como dica geral, a recomendação é tomar bastante água e deixar a boca lubrificada, não ficar muito tempo com o estômago vazio, evitar alguns alimentos com cafeína e condimentos. “Segundo essas regras básicas é possível evitar o mau hálito e ter uma boa saúde bucal”, completa o médico.
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