Poucas cidades possuem infraestrutura acessível para pessoas com mobilidade reduzida e que dependem de cadeiras de rodas
Segundo o relatório oficial da OMS (Organização Mundial da Saúde, e do UNICEF, lançado em 2022, mais de 2,5 bilhões de pessoas necessitam de um ou mais produtos assistivos para o dia a dia. Entre eles, a cadeira de rodas. No total, existem 1 bilhão de habitantes pelo mundo com algum tipo de deficiência e 80% delas vivem em países em desenvolvimento, como o Brasil.
Segundo o Guia de Rodas, site que aborda acessibilidade nas principais capitais do País, São Paulo é a cidade brasileira com o maior índice de acessibilidade para pessoas com deficiência física de maneira geral. No ranking, Curitiba e Porto Alegre completam o top 3.
Em termos de infraestrutura, transporte público e outros fatores, há diversas maneiras de uma prefeitura investir para tornar a cidade mais confortável para quem usa cadeiras de rodas. Tanto os modelos clássicos quanto as cadeiras de rodas motorizadas, que se tornaram mais comuns com os avanços tecnológicos.
Prover uma acessibilidade digna à população brasileira que precisa de produtos assistivos para locomoção é dever de uma política pública pautada na melhoria da qualidade de vida destes indivíduos. Não apenas infraestrutura, transporte público, como programas educacionais que eliminam o preconceito e ajudam estes indivíduos a se recolocarem em sociedade de maneira respeitosa.
Existe, realmente, acessibilidade no Brasil?
O cenário da acessibilidade no Brasil ainda precisa de avanços. Mesmo nas cidades com mais recursos, ainda existem reclamações .
No Brasil há a Lei 13.146 instaurada em 6 de julho de 2015. Uma de suas exigências é garantir acessibilidade para pessoas com deficiência em todos os estabelecimentos, sejam espaços públicos ou empresas privadas, ambientes físicos ou digitais.
Nos últimos anos, o país teve diversas novidades para tornar as cidades mais acessíveis. No entanto, o cenário atual revela que ainda há um longo caminho a ser percorrido para alcançar o ideal.
Cidades e Bairros Projetados para Cadeirantes
Entre as capitais brasileiras, São Paulo aparece como a mais acessível, com um índice de 62% de acessibilidade em seu território. Outras grandes cidades que se destacam nesse quesito são Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Em outras regiões, um exemplo prático de política pública bem-sucedida é Uberlândia, em Minas Gerais. Com 100% da frota de ônibus adaptada para pessoas com deficiência, a cidade só aprova projetos que incluem um plano de acessibilidade.
No Paraná, Foz do Iguaçu também é elogiada por sua acessibilidade, principalmente em seus pontos turísticos. Brasília, Salvador e Fortaleza são outras cidades com planos conhecidos nesse contexto.
Além disso, pessoas em cadeira de rodas que buscam adrenalina podem aproveitar Bonito, no Mato Grosso do Sul, que oferece atividades adaptadas ao ar livre.
Em Niterói, o bairro de Icaraí se destacou por um projeto que leva pessoas com deficiência ao mar. Praias como Copacabana, no Rio de Janeiro, e Itanhaém, em São Paulo, também são referências e oferecem atividades específicas para esse público.
Outro conceito que vem ganhando espaço na arquitetura é o de cidade inteligente, com sistemas automatizados e mobilidade acessível para toda a população. Um exemplo é Chapecó, em Santa Catarina, que recentemente conquistou essa classificação.
A inclusão de indivíduos que necessitam de produtos assistidos na sociedade é dever do Estado, mas também da sociedade. Aceitar, respeitar e entender faz parte de um processo de evolução social na qual a cultura da região tende apenas a ganhar.
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