Economia é de R$ 150 mil em seis meses; redução é fruto do corte de gratificações
A Prefeitura terminou o ano de 2016 gastando, em média, R$ 124 mil por mês com o salário de cargos de confiança. No primeiro semestre de 2017, Fábio Zuza reduziu a folha para R$ 99 mil mensais, economia de R$ 25 mil por mês — ou seja, R$ 150 mil no semestre.
A redução é fruto do corte de “gratificações”. O ex-prefeito Valmir Almeida costumava pagar 30% a mais no salário para a maioria dos comissionados. Já Fábio Zuza paga apenas o que está registrado em carteira.
Além disso, boa parte da equipe de Fábio Zuza é composta por funcionários que passaram em concurso público (15 de 34 cargos), o que também ajuda a economizar. Dos 32 cargos de Almeida, apenas seis tinham concurso no período comparado.
Balanço
Em 10 tópicos, o desempenho financeiro de Fábio Zuza no primeiro semestre.
- Dívida com credores e fornecedores
Como pegou a gestão: dívida de R$ 8,9 milhões
Pagou até agora: R$ 3,5 milhões
- Dívida parcelada com INSS, Elektro e outros
Como pegou a gestão: dívida de R$ 15,7 milhões
Pagou até agora: R$ 1,9 milhão
- Dívida trabalhista
Como pegou a gestão: dívida de R$ 4,4 milhões
Pagou até agora: R$ 152 mil
- Dívida de R$ 3,1 milhões contraída com a Elektro (em 2016)
Pagou até agora: R$ 1,1 milhão
- Cargos em comissão
Economia de R$ 25 mil por mês (R$150 mil no semestre)
- Troca da empresa da leitura de água
Novo contrato economiza R$ 120 mil por ano
- Troca da empresa que fornece cartão-alimentação aos servidores públicos
Novo contrato economiza R$ 180 mil por ano
- Cobrança de contribuintes que devem água, ISS, IPTU etc.
Ação faz município arrecadar R$ 389 mil no semestre
- Reorganização da ABBC
A Prefeitura adaptou o contrato com a ABBC, organização social que presta serviços para o setor de saúde: economia de R$ 150 mil no semestre
- Comparativo de gastos públicos
1º semestre de 2016: Prefeitura gastou R$ 56,6 milhões
1º semestre de 2017: Prefeitura gastou R$ 54 milhões *
* Economia de R$ 2,6 milhões do dinheiro público (redução de 4,7%)
Município busca ampliar receitas
Trabalho visa regularizar dívida de contribuintes
Em crise financeira, além de cortar gastos, a Prefeitura tem trabalhado para aumentar o que arrecada. O planejamento inclui a cobrança da chamada “dívida ativa”, que são aquelas geradas por contribuintes que deixam de pagar impostos (ISS, IPTU) e tarifa de água e esgoto.
Foi iniciada a cobrança amigável dos débitos. De janeiro a junho, foram notificados 4.134 contribuintes. E ainda restam 1.100 notificações para serem feitas.
Entre os notificados, 25% compareceram para regularizar. Quem não compareceu está sendo cobrado extrajudicialmente (são 737 protestos até agora).
A medida é importante para reestruturar as contas públicas e gerar receita. O ganho financeiro no período foi de quase R$ 390 mil.
Prefeitura reduz despesa com alugueis
As ações para reorganizar as finanças da Prefeitura incluem a redução de gastos com o pagamento de alugueis.
O prefeito Fábio Zuza está mudando vários setores de endereço, que antes estavam em prédios alugados e foram para prédios municipais. No primeiro semestre, já mudaram a Promoção Social, o CREAS, o Fundo Social e o Procon.
Pelos contratos em vigência, a Prefeitura gastava R$ 221 mil por ano de alugueis. A gestão Zuza anunciou que vai reduzir o valor ao máximo. Nos primeiros meses, R$ 36 mil já foram economizados.
A coordenadora da Promoção Social, Márcia Baldini, informou que o prefeito está tomando o cuidado em dar qualidade e conforto no atendimento, tanto para os profissionais quanto para a população.
MAIS ECONOMIA
A Prefeitura também trocou a empresa que faz a leitura de água nas casas. Com a empresa atual, são gastos R$ 8 mil mensais, enquanto que com os Correios eram R$ 18 mil. A economia é de R$ 120 mil por ano com o novo contrato.
Também houve troca da empresa que fornece o cartão-alimentação dos funcionários públicos. O prefeito conseguiu desconto de 5% no contrato — economia de R$ 180 mil no ano.
Foto: Márcia, da Promoção Social: “Antes de efetuar a mudança, verificamos todas as adaptações necessárias para o equipamento público”