29 de março de 2024

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Unilever desenvolve tecnologia que viabiliza reciclagem de sachês

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Plástico proveniente do processo será devolvido à cadeia de suprimentos da companhia, seguindo o conceito de economia circular. Unilever disponibilizará o CreaSolv® Process para outras indústrias com o objetivo de impulsionar o impacto no cenário de reciclagem

Um dos principais desafios da Unilever para concretizar o compromisso de ter 100% de suas embalagens recicláveis, reutilizáveis ou compostáveis até 2025 era encontrar uma solução técnica para a reciclagem de sachês, que correspondem à maior proporção de embalagens plásticas não recicláveis devido ao pouco valor do produto no mercado de reciclagem e das dificuldades em reciclar o material.

Para solucionar a questão, a Unilever apresenta o CreaSolv® Process, tecnologia desenvolvida em parceria com o Fraunhofer Institute for Process Engineering and Packaging IVV, da Alemanha, que possibilita a reciclagem de resíduos de sachês. A CreaSolv® Process foi adaptada de um método utilizado para separar retardantes de chamas bromados dos polímeros em resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos. Durante o processo, o plástico é recuperado do sachê para, depois, ser usado para fabricar novos sachês para produtos Unilever – criando uma abordagem de economia circular completa.

 

Os sachês são embalagens extremamente eficientes, já que utilizam pouca matéria prima – gerando, assim, menos resíduo -, e ocupam menos espaço no transporte em relação às embalagens tradicionais. Soma-se a isso o fato de tornarem os produtos acessíveis do ponto de vista econômico, permitindo que consumidores de baixa renda consumam produtos que, de outra maneira, seriam inacessíveis.  Mas sem uma solução de reciclagem viável, os resíduos de sachê acabam como lixo comum ou em aterros. Como parte de seu Plano de Sustentabilidade, a Unilever o compromisso de encontrar uma alternativa ao simples descarte desse tipo de embalagem.

 

“Bilhões de sachês são utilizados uma única vez e descartados no mundo inteiro, acabando em aterros sanitários, em rios ou oceanos. No início deste ano, anunciamos o compromisso de ajudar a resolver a questão por meio de novas tecnologias de reciclagem. Pretendemos fazer com que essa tecnologia seja de fonte aberta e esperamos ganhar escala na tecnologia com parceiros na indústria, para que outras empresas – incluindo nossos concorrentes – possam usá-la”, comenta David Blanchard, chefe de Pesquisa & Desenvolvimento da Unilever.

“O argumento econômico a favor dessa tecnologia é muito claro. Sabemos que, globalmente, perdem-se US$80-120 bilhões por ano porque os plásticos não são reciclados adequadamente. Encontrar uma solução representa uma oportunidade enorme. Acreditamos que nosso compromisso de tornar 100% de nossas embalagens recicláveis, reutilizáveis ou compostáveis apoiará o crescimento do nosso negócio no longo prazo”, completa Blanchard.

A Unilever irá inaugurar uma planta piloto na Indonésia ainda esse ano para testar a viabilidade comercial de longo prazo da tecnologia CreaSolv® Process. A Indonésia, é um país crítico para o combate aos resíduos, já que gera 64 milhões de toneladas por ano, das quais 1,3 milhão tem como destino o oceano.1

Para abordar a questão de resíduos de sachês em toda a indústria, a Unilever está buscando criar uma mudança sistêmica sustentável por meio da estruturação da coleta para encaminhar os sachês para reciclagem. Atualmente, a Unilever está trabalhando com bancos de resíduos locais, governos e varejistas e buscará empoderar catadores de lixo, integrando-os à economia convencional, proporcionado renda no longo prazo e gerando o crescimento mais abrangente da economia.

A Unilever já tinha se comprometida a reduzir o peso de suas embalagens em um terço até 2020 e a aumentar a utilização de plástico reciclado em suas embalagens em ao menos 25% até 2025.

“Com esta planta piloto inovadora, pela primeira vez poderemos realizar a reciclagem de polímeros de alto valor de sachês de múltiplas camadas pós-consumo. Nosso objetivo é comprovar a viabilidade econômica e os benefícios ambientais de CreaSolv® Process. Nossos cálculos indicam que poderemos recuperar 6 quilogramas de polímeros puros com a mesma energia necessária para produzir 1 quilograma de polímero virgem”, afirma Dr. Andreas Mäurer, Chefe de Reciclagem de Plásticos da Fraunhofer IVV.

DADOS SOBRE EMBALAGENS FLEXÍVEIS: 

  • O consumo global de embalagens flexíveis de produtos de consumo deve totalizar 27.4 milhões de toneladas em 2017;
  • As vendas totais de embalagens flexíveis (consumo e industrial) são estimadas em US$229 bilhões, com previsão de crescimento para US$282,6 bilhões até 2022;
  • O ‘The Future of Flexible Packaging to 2022’, projeta um crescimento anual para esse mercado de 4,1% entre 2017-2022, atingindo 33,5 milhões de toneladas.

COMPROMISSOS UNILEVER PARA A ECONOMIA CIRCULAR DE EMBALAGENS PLÁSTICAS 

  • Atingir a marca de 100% das embalagens de plástico reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis até 2025;
  • Reduzir um terço o peso das embalagens até 2020 (tendo como ano-base 2010);
  • Aumentar em ao menos 25% a utilização de plástico reciclado nas embalagens até 2025 (tendo como ano-base 2015);
  • Assegurar, até 2025, que além de tecnicamente possível reutilizar ou reciclar suas embalagens de plástico existam exemplos comprovados da viabilidade comercial da reciclagem dos materiais para reprocessadores de plásticos;
  • Renovar a associação com a Ellen MacArthur Foundation por mais três anos;
  • Endossar e apoiar a iniciativa New Plastics Economy (Economia Nova de Plásticos) publicando, até 2020, a “palheta” completa de materiais plásticos utilizados em suas embalagens para ajudar a criar um protocolo de plásticos para a indústria;
  • Investir em provas, a serem compartilhadas com a indústria, para uma solução técnica para a reciclagem de sachês com múltiplas camadas, em particular para regiões litorâneas, que correm mais risco da infiltração dos plásticos no oceano.

INICIATIVAS UNILEVER BRASIL PARA A GESTÃO RESPONSÁVEL DE RESÍDUOS 

  • A companhia foi pioneira ao criar, em parceria com o Grupo Pão de Açúcar, o 1º programa de reciclagem envolvendo indústria e varejo no Brasil, em 2001;
  • Em 2014, atingiu a marca de Aterro Zero para todas as fábricas instaladas no País e centros de distribuição exclusivos da empresa;
  • Diminuição de 99,45% nos resíduos das fábricas (de 2008 a 2015)

 

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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