29 de março de 2024

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Unicef alerta: quase um milhão de crianças em desnutrição aguda grave na África

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Após dois anos de seca, quase um milhão de crianças em países do Leste do continente africano – África Oriental e Austral – sofre de “desnutrição aguda grave”. O alerta foi feito hoje (17) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef.

As crianças das regiões leste e sul do continente enfrentam uma situação de falta de alimentos e de água, agravada pelo aumento dos preços, que força as famílias a pularem refeições e venderem os bens que têm para adquirir alimentos.

A “desnutrição aguda grave” é definida como fome extrema e é a principal causa de morte de crianças até 5 anos no mundo, segundo o Unicef.

Angola é um dos países que desperta a preocupação da ONU. O país tem cerca de 1,4 milhão de pessoas afetadas por condições meteorológicas extremas e cerca de 800 mil que necessitam de ajuda alimentar, a maioria nas províncias mais áridas, ao Sul do país.

A agência da ONU apelou hoje para aportes financeiros a fundos humanitários de emergência em sete países, sendo os principais de $ 78 milhões de euros para a Etiópia; $ 23,3 milhões de euros para a Angola; e $ 13,4 milhões de euros para a Somália.

“O fenômeno meteorológico El Niño vai diminuir, mas o custo para as crianças – muitas das quais já lutavam para sobreviver – será sentido durante anos”, disse a diretora regional da Unicef, Leila Gharagozloo-Pakkala, citada pela agência France Presse.

“Os governos respondem com os recursos disponíveis, mas esta é uma situação sem precedente. A sobrevivência das crianças depende de ações a serem tomadas hoje”, acrescentou.

Lesoto, Zimbabue e a maior parte da África do Sul declararam emergência por causa da seca.

Na Etiópia, o número de pessoas que precisam de ajuda alimentar deve aumentar este ano de 10 milhões para 18 milhões, e no Malaui a situação é a mais grave dos últimos nove anos: 2,8 milhões de pessoas, o equivalente a mais de 15% da população, estão em risco de desnutrição aguda grave.

“As estatísticas são impressionantes”, disse Megan Gilgan, consultora do Unicef. “A situação deve agravar-se ao longo deste ano e em 2017”.

O Programa Alimentar Mundial (PAM) já tinha alertado em janeiro que 14 milhões de pessoas podem ficar sem comida suficiente este ano nestas regiões da África.

 

 

Agência Brasil

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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