28 de março de 2024

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Um terço dos jovens brasileiros nunca usa camisinha, diz estudo

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Preservativo: 38,2% das mulheres relataram jamais usá-lo, ante 29,6% dos homens (iStockphoto)

Levantamento da Unifesp mostrou ainda que um terço das meninas de 14 a 20 anos já engravidou e que 47% dos jovens consomem álcool

 

Um terço dos jovens brasileiros de 14 a 25 anos nunca usa camisinha em relações sexuais. O índice é maior entre mulheres (38,2%) do que entre homens (29,6). Os dados são do II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), feito por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e divulgado nesta quarta-feira.

Há consequências para a falta de prevenção. Quase um terço das jovens (32%) com idade entre 14 e 20 anos já engravidou ao menos uma vez. O índice de aborto (provocado ou natural) nessa faixa etária foi de 12%, ou seja, mais de uma em dez meninas entre 14 e 20 anos já sofreram aborto.

Principais dados do estudo

Informações fazem parte do II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), feito na Unifesp, e apresentado em 2014


  1. • Os jovens com até 25 anos começam a beber antes dos 15 anos de idade.
  2. • Quase metade dos entrevistados faz uso do álcool e 33% bebem quatro doses ou mais em até duas horas.
  3. • O tabagismo é adotado por 18% dos homens com até 25 anos. A média do começo do vício é de 15 anos
  4. • A maconha é a droga mais utilizada pelos homens. No caso das mulheres, é a cocaína.
  5. • Quase 8% dos entrevistados comercializam a maconha.
  6. • Cerca de 6% dos jovens já se envolveram em alguma briga e não evitam locais por questões de segurança.
  7. • Mais de um terço dos entrevistados nunca ou quase nunca fazem sexo com proteção.
  8. • As jovens são as maiores vítimas da depressão — quase um terço delas apresenta algum sintoma da doença.

A pesquisa Comportamento de Risco Entre Jovens Brasileiros avaliou hábitos de adolescentes e jovens em relação ao consumo de drogas, vida sexual, saúde física e depressão. Foram entrevistados 1 742 pessoas de 14 a 25 anos. Os dados são referentes a 2011.

Álcool — O levantamento constatou que o início do consumo do álcool acontece um pouco antes dos 15 anos, para ambos os sexos. Praticamente metade dos jovens (47%) e 26% dos menores de idade ingerem álcool. Entre eles, é comum o hábito de consumir quatro doses de álcool ou mais para mulheres ou cinco doses ou mais para homens no período de duas horas. Esse comportamento foi declarado por 43% dos jovens com até 17 anos, 55% com até 21 anos e 61% com até 25 anos.

A pesquisa também apontou que 34,9% dos homens com habilitação já dirigiram alcoolizados, contra apenas 3,8% das mulheres. O sexo masculino também se expõe mais ao risco de ser passageiro de um motorista embriagado: 30,1%, ante 23,4% do feminino.

Drogas ilícitas — Entre os rapazes, a maconha é a droga mais usada – 8,3% fumaram em 2011. No caso das meninas, o uso da cocaína é maior do que a maconha (2%, ante 1,4%). Essa estatística, de acordo com a pesquisa, é raramente vista em outros países.

O estudo observou também que os solventes inalantes (aerossóis, cola de sapateiro e acetona, por exemplo), por serem de fácil acesso, ocupam o terceiro lugar entre os psicotrópicos mais usados entre os jovens (quase 3% relatam ter utilizado uma droga dessa categoria). Logo atrás, vêm os estimulantes, consumidos pelo menos uma vez por 2,2% dos entrevistados.

Saúde física e mental — A maioria dos entrevistados é sedentária. Segundo o estudo, 79% não praticam nenhum tipo de “exercício pesado” (categoria, segundo os pesquisadores, na qual se incluem esportes competitivos, corrida ou hábito de frequentar a academia) e 57% sequer praticam exercícios leves.

Sobre a saúde mental, a depressão foi o foco do levantamento. Foi constatado que 21,2% dos jovens têm indicadores da doença, com maior incidência entre as mulheres (28,3%). “Deve-se considerar, no entanto, que esta diferença entre os gêneros é largamente debatida, pois sabe-se que mulheres são mais propensas a relatar seus sintomas e procurar ajuda”, diz a pesquisa.

 

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(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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