28 de março de 2024

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Testes com mísseis com ogivas nucleares podem desencadear uma catástrofe mundial, analisa especialista

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Professor Ricardo Gennari comenta os possíveis riscos de um grande confronto internacional

 

O Conselho de Relações Internacionais (CRF, sigla em inglês) afirmou que a Coreia do Norte conta com 12 a 20 bombas nucleares.

 

O país asiático prevê um orçamento militar na casa dos US$ 7,5 bilhões (R$ 24,6 bilhões) e um exército com mais de 1 milhão de soldados. Com todo este aparato, a Coreia do Norte tem realizado testes para aferir o poder dos seus mísseis. As estimativas são funéreas, de acordo com informações, um míssil norte-coreano pode atingir uma distância de até 8 mil quilômetros, isto é, potência capaz de alcançar a fronteira estadunidense.

 

Segundo a opinião do professor Ricardo Gennari, especialista em Segurança e Estratégia e CEO da Troia Intelligence, as provocações do líder norte-coreano Kim Jong-Un, podem gerar não apenas um conflito regional, mas um confronto internacional de grandes proporções. “Tal instigação hostil, principalmente aos seus adversários ou inimigos como Coreia do Sul e Japão, podem culminar em um conflito generalizado de proporções inimagináveis, trazendo outros atores como China, Estados Unidos e Rússia”, afirmou Gennari.

 

Moon Jae-in, presidente da Coreia do Sul, afirmou recentemente que a ampliação do poderio militar norte-coreano está avançando mais rápido que o esperado. O Japão também se manifestou comentando que “repetidas provocações como essa são absolutamente inaceitáveis”.

 

China e Rússia têm feito insistentes pedidos, aos dois lados, para que as atividades militares se reduzam na região. E a França já expressou seu repúdio prevendo sanções rígidas as ações norte-coreanas.

 

E a situação pode, de fato, se agravar. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump afirmou, na última quinta-feira (6/07), antes do encontro com o G20, em Hamburgo, na Alemanha, que a Coreia do Norte terá consequências severas. “Eu peço a todas as nações que enfrentem esta ameaça global e demonstrem à Coreia do Norte que há consequências para o seu péssimo comportamento”, disse o líder norte-americano.

 

Ricardo Gennari também questionou a reação da comunidade internacional, caso o ditador Kim resolva promover testes de mísseis com ogivas. “A comunidade internacional continua aguardando o próximo disparo, e reza para que não haja nenhum míssil com ogiva”, concluiu.

 

No entanto, a agência estatal norte-coreana KCNA afirmou que o último lançamento foi realizado com o objetivo de testar o foguete balístico intercontinental, que tem a capacidade de carregar uma ogiva nuclear e atingir qualquer parte do mundo.

 

Enquanto isso, o tão aguardado encontro do G20, realizado na Alemanha, nesta última sexta-feira, deve ser decisivo para que os próximos passos sejam decisivos. Ao mesmo tempo que os Estados Unidos pedem sanções duras à Coreia do Norte, a Rússia deve buscar um plano conjunto de pacificação da península coreana.

 

Sobre Ricardo Gennari

Graduado em Ciências Econômicas pela Faculdade de Ciências Econômica de São Paulo, o professor Ricardo Gennari é especialista em Inteligência Estratégica, Cenários Prospectivos, Contra-Inteligência Empresarial, Segurança, com Pós MBA em Inteligência Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Política e Estratégia pela Universidade de São Paulo (USP). E ainda, Gerência de Sistemas e Serviços de Informação pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo; Logistics and Transportation for the Executive Manager pela School of Business Administration – University of Miami; e Gerência de Sistemas e Serviços de Informação pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo “Lato Sensu”.

É diretor executivo da Tróia Intelligence Consultoria e professor da FIA/FIPE em Pós Graduação em Contra-Inteligência Empresarial; além de coordenador do Seminário na PUC/SP – Estratégia e Inteligência para Grandes Eventos. Tem cursos de Especialização na Brookings Executive Education – Washington D.C. – USA; na Academy of Competitive Intelligence; no Internacional Police Executive – New York; na Escola Superior de Guerra e na Escola de Governo, conveniada à Universidade de São Paulo; no Institute of Terrorism Research and Response de Israel; na Defense Academy of the United Kingdom (Inglaterra); na Academy for Advanced Security & Anti-Terror Training (Israel) e na National Intelligence Academy (Estados Unidos).

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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