20 de abril de 2024

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SUS vai oferecer vacina contra o HPV

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A vacina passará a fazer parte do calendário nacional em 2014, quando poderão ser imunizadas meninas de 10 e 11 anos de idade

Human papilloma virus (HPV)Imagem do HPV: Em 2014, vacina contra a infecção passará a fazer parte do calendário nacional de vacinação (SPL/SPL RF/Latinstock)

O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira a inclusão da vacina quadrivalente contra o papilomavírus humano (HPV) no calendário nacional de vacinação. De acordo com a pasta, todas as meninas de 10 e 11 anos já poderão ser imunizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) já em 2014. A meta da pasta é vacinar 80% dessas jovens, o equivalente a 3,3 milhões de meninas.

A infecção pelo HPV pode causar diversos tipos de câncer. O principal deles é o de colo do útero, o segundo tipo de câncer que mais atinge as mulheres – 95% dos casos da doença são provocados pelo vírus. O HPV também está ligado aos cânceres anal e de garganta, por exemplo, além do surgimento de verrugas genitais.

Esta é a primeira vez em que a rede pública disponibiliza uma vacina que protege contra o câncer. A vacina quadrivalente é fabricada pela Merck Sharp & Dohme (MSD) e oferece proteção contra quatro tipos do vírus (6, 11, 16 e 18). Dois desses tipos (16 e 18) são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo do útero. A vacina também protege contra o surgimento de verrugas genitais.

Atualmente, existem no mercado duas vacinas que previnem a infecção. Além da quadrivalente, há a bivalente, que é fabricada pela GlaxoSmithKline (GSK) e protege contra os tipos 16 e 18 do HPV.

 

Estratégia — Cada paciente deve tomar três doses da vacina. O Ministério da Saúde pretende imunizar as meninas nas escolas e nos postos de saúde e, para que sejam vacinadas, é preciso uma autorização de seus pais ou responsáveis. Após a primeira dose, a segunda deve ser aplicada em dois meses e a terceira, em seis meses.

Segundo Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde da pasta, a vacina é uma das medidas para a prevenção do câncer de colo do útero, mas não deve eliminar os outros métodos, como o exame Papanicolau e o uso de preservativo em todas as relações sexuais.

Custo — Para que a vacina passe a fazer parte do calendário nacional de vacinação a partir do ano que vem, o governo deverá investir 360,7 milhões de reais para comprar 12 milhões de doses — cada dose sairá por 30 reais. A pasta também informou que será feita uma transferência de tecnologia da produção da vacina do laboratório MSD para o Instituto Butantan e que, dentro de cinco anos, a vacina poderá ser completamente produzida pelo laboratório brasileiro.

 

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(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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