28 de março de 2024

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Sindicato dos Empregados do Comércio anuncia reflorestamento de área verde

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Mais de 2 mil mudas devem ser respostas na região

 

O Sindicato dos Empregados do Comércio de Capivari e Região anunciou nesta semana, o reflorestamento de uma área verde às margens do Rio Capivari. A Divulgação foi feita pelo presidente da entidade, Márcio Moreira, após uma grande repercussão sobre o desmatamento que estaria sendo realizado em uma área verde, próximo ao ginásio de esportes Ronaldo Zaidan Pelegrini – o Ronaldão.

 

A área de 18.150 metros quadrados foi cedida ao Sindicato em dezembro de 2015, por meio de uma lei aprovada pela Câmara de Vereadores da cidade. De acordo com o parágrafo 1° da lei 4.987/2016, que altera a lei 4.822/2015, a Prefeitura de Capivari fica autorizada a conceder, de forma gratuita e sem ônus, o direito de uso real da área verde, localizada às margens da sede do Sindicato, por dez anos, prorrogáveis por período igual.

 

Já o segundo parágrafo da lei de concessão afirma que, para o Sindicato adquirir o direito de uso do imóvel, a entidade deve tomar uma séria de medidas, entre elas, o reflorestamento com espécies nativas, investimentos em paisagismo, conservação do ecossistema, manutenção de toda extensão da área verde e o isolamento do local. Caso não cumpra todas as exigências, a concessão pode ser até revogada.

 

De acordo com o engenheiro agrônomo e especialista em gestão ambiental responsável pelo projeto de reflorestamento, Carlos Alberto Schincariol, o terreno continua sendo da Prefeitura de Capivari. Ele explica que toda a documentação protocolada junto aos órgãos competentes, foram solicitados em nome do executivo municipal, com a ressalva do direito de uso pelo Sindicato. Carlos afirma ainda, que o projeto tem autorização necessária para ser executado, como Polícia Ambiental e Secretária do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.

 

Desmatamento

 

O caso ganhou repercussão até na internet após alguns moradores verem a área sendo limpa, com retirada de árvores. Diversos internautas questionaram a legalidade da ação. Schincariol afirma que esse processo faz parte do reflorestamento determinado pelo SARE – Sistema Informatizado de Apoio à Restauração Ecológica, do Governo do Estado, que recomenda a eliminação de espécies exóticas e o plantio de mudas nativas para que o projeto possa dar andamento.

 

O engenheiro explica, que a área está tomada por uma espécie de árvore conhecida como Leucena – considerada uma “praga”, que não pertente à flora brasileira e impede que outras espécies nativas se reproduzam. O projeto estima que 2.162 mudas sejam necessárias para fazer o reflorestamento adequado do local. Entre as espécies que serão repostas estão os Ipês, Jacarandás, Perobas, Uvaia, Genipapo e Palmeira-jerivá.

 

Márcio Moreira reforça que o local é uma área de preservação que está às margens do Rio Capivari, e que o local não pode ser usado para exploração imobiliária, nem para outro tipo de investimento. Ele garante que o projeto faz parte do trabalho social do Sindicato, e que a população vai notar uma grande diferença quando o reflorestamento terminar.

 

Nós vamos cuidar de toda área verde com muita responsabilidade. Diversos crimes já acontecem nessa região por conta da situação em que estava. À noite, o tráfico e o uso de drogas tomavam conta desse pedaço aqui perto da sede do Sindicato, Vamos dar uma nova cara para este local”, conta.

 

 

Paisagismo

 

A arquiteta responsável pelo paisagismo da área verde, Denise Tognin, afirma que o projeto visa criar harmonia e integração entre cidade e meio ambiente. Ela ressalta que o reflorestamento vai ser importante para redução do assoreamento do Rio Capivari, além de as novas espécies que serão plantadas na região vão oferecer abrigo e alimento para os animais, preservando o clico da natureza.

 

 

Prefeitura

 

Em nota, a Prefeitura de Capivari confirmou que a lei prevê uma concessão do direito real do uso da área, e que as ações têm as autorizações necessárias para que possam ser realizadas. 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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