29 de março de 2024

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Saúde cardiovascular melhora nos paulistas maiores de 30 anos

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Em seu 38º Congresso, a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) apresenta estudo com metodologia inédita, que demonstra melhoria na saúde cardiovascular da população paulista a partir de 30 anos de idade.
O estudo compara dados acumulados de fontes oficiais de mortalidade por doenças cardiovasculares entre os períodos 2003/2005 e 2013/2015. “Objetivo do trabalho, inédito no Brasil, é subsidiar a Socesp na formulação de sugestões de políticas públicas de saúde, a serem encaminhadas às autoridades municipais e estaduais”, explica o médico Ibraim Ibraim Masciarelli Pinto, presidente da entidade.

No primeiro triênio, o coeficiente de mortalidade total por doenças cardiovasculares no Estado de São Paulo foi de 445,51 por 100 mil habitantes, ante 406,86, em 2013/2015. Houve, portanto, redução de 8,68%, maior na população masculina (9,45%) do que na feminina (7,81%).

Dentre as doenças cardiovasculares, as isquêmicas, como infarto e angina, tiveram redução de 8,52% na mortalidade, passando de 153,46 por 100 mil habitantes para 140,39. A redução foi menor entre os homens (7,76%) do que nas mulheres (9,43%).

No tocante aos problemas cerebrovasculares (genericamente conhecidos como derrames), a mortalidade teve uma redução de 16,13%, caindo do coeficiente de 127,78 para 107,17. Queda foi mais significativa na população masculina (17,68%) do que na feminina (14,51%).

A mortalidade decorrente de insuficiência cardíaca passou de 83,57 por 100 mil habitantes em 2003/2005, para 73,80 em 2013/2015, com redução de 11,69% (10,56% entre os homens e 12,71% entre as mulheres).

“A diminuição dos coeficientes de mortalidade por doenças cardiovasculares nos maiores de 30 anos, em ambos os sexos, representa melhora na situação de saúde, se for considerada a rápida transição demográfica brasileira, com o aumento da proporção de habitantes nessa faixa etária”, ressalta Dr. Ibraim Masciarelli Pinto, explicando: “A população de até 29 anos no Brasil passou de 56,8% do total de habitantes, em 2013, para 48,3%, em 2015; no Estado de São Paulo, diminuiu de 53,1% para 44,7%.

Agora, o peso estatístico da população com mais de 30 anos é maior. Assim, a queda de mortalidade nessa faixa etária indica melhoria da saúde cardiovascular. “No entanto, esse resultado, fruto de ações corretas, poderia ser mais expressivo se fossem adotadas medidas mais abrangentes e eficazes de conscientização da sociedade sobre prevenção, o que implica o combate às causas e fatores de risco, como obesidade, tabagismo, consumo inadequado de bebidas alcoólicas, vida sedentária, hábitos alimentares equivocados, hipertensão e diabetes”, pondera o presidente da Socesp.

Dr. Ibraim Masciarelli Pinto lembra, ainda, que, nesses dez anos que separam os dois triênios abordados pelo estudo da entidade, a ciência médica progrediu muito. “Por isso, é preciso avaliar em que grau esses avanços estão chegando à população e como isso também pode contribuir para a redução dos índices de mortalidade”.

 

Números totais

No Brasil, de 2003 a 2015, morreram 14.479.539 milhões de pessoas, sendo 4.114.212, ou 28,41%, devido a doenças cardiovasculares. Dentre estas, as doenças isquêmicas do coração, como infarto e angina, foram responsáveis por 1.263.840 óbitos; as cerebrovasculares, 1.261.306 mortes; e a insuficiência cardíaca, 782.941.

No Estado de São Paulo, no mesmo período, o total de óbitos foi de 3.365.937, sendo 1.012.520, ou 30,08%, por doenças cardiovasculares. Dentre estas, as principais causas de morte foram: doenças isquêmicas, como infarto e angina: 349.337; doenças cérebro-vasculares: 275.588; e insuficiência cardíaca: 187.827.

 

SOCESP – SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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