29 de março de 2024

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Saúde alerta sobre vacinação contra febre amarela antes das férias

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Doses gratuitas são ofertadas em postos de vacinação e devem ser tomadas dez dias antes de viagens; SP também ampliou a área de recomendação da vacina para todo o território paulista

Com a chegada das férias, a Secretaria de Estado da Saúde reforça o alerta para que os paulistas ainda não imunizados se vacinem contra a febre amarela, previamente a viagens programadas para o período. A vacina deve ser tomada com dez dias de antecedência para garantir proteção efetiva.

Ainda com objetivo de aumentar a proteção da população contra a doença, a Secretaria decidiu ampliar e intensificar a vacinação contra febre amarela em todo o território paulista. A partir desta segunda-feira, 18 de junho, moradores das 645 cidades poderão ser imunizados.

A finalidade é aumentar a cobertura vacinal para garantir a proteção de toda a população contra a doença. Justamente por isso, a Secretaria estendeu a imunização para 190 cidades que até então não estavam no mapa de recomendação da vacina. Nesses locais, inicialmente estarão disponíveis as doses fracionadas da vacina, que é segura e eficaz (confira mais informações abaixo).

Essas novas cidades estão situadas em regiões Grande ABC, Vale do Paraíba, Baixada Santista, entre outras, e incluem os 54 municípios participantes da campanha realizada em janeiro deste ano. Especificamente nesses municípios, foram vacinadas cerca de 5,6 milhões de pessoas, sendo aproximadamente 95% com a dose fracionada da vacina. Ainda é fundamental ampliar a cobertura vacinal nesses locais, que até o momento, atingiu apenas 60,2% da população-alvo.

A pasta também está mobilizando as 455 cidades que já tinham recomendação da vacina para intensificar as ações de imunização, com uso da dose integral da vacina. Nesses locais, a cobertura vacinal é de aproximadamente 80%.

Somente em 2018, já foram vacinadas contra febre amarela 7,5 milhões de pessoas. O número ultrapassa a marca da vacinação no decorrer de 2017, quando 7,4 milhões de doses foram aplicadas, e é também superior à vacinação na década anterior – 7 milhões de pessoas foram imunizadas entre 2006 e 2016.

Todas as regiões estão abastecidas para distribuição de doses nos postos de vacinação. Desde 2017, até o momento, 23 milhões de doses foram espalhadas por todo o território paulista, sendo 55% desse total somente nos cinco primeiros meses deste ano.

 

Indicações da vacina

A partir da campanha, o SUS passou a disponibilizar neste ano a dose fracionada da vacina, conforme diretriz do Ministério da Saúde. O frasco convencionalmente utilizado na rede pública pode ser subdividido em até cinco partes, sendo aplicado assim 0,1 mL da vacina. Estudos evidenciam que a vacina fracionada tem eficácia comprovada de pelo menos oito anos. Estudos em andamento continuarão a avaliar a proteção posterior a esse período. As carteiras de vacinação recebem um selo especial para informar que a dose aplicada foi a fracionada.

Além disso, está mantido o uso da dose padrão para crianças com idade entre nove meses e dois anos incompletos, pessoas que viajarão para países com exigência da vacina e grávidas residentes em áreas de risco.

Devem consultar o médico sobre a necessidade da vacina os portadores de HIV positivo, pacientes com tratamento quimioterápico concluído, transplantados, hemofílicos ou pessoas com doenças do sangue e de doença falciforme.

Não há indicação de imunização para grávidas que morem em locais sem recomendação para vacina, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (como por exemplo Lúpus e Artrite Reumatoide). Em caso de dúvida, é fundamental consultar o médico.

 

Balanços

Embora a proporção de semanal de casos e óbitos humanos apresente queda, nos últimos meses, em comparação ao período de auge da doença – no início deste ano –, os dados de epizootias (morte ou adoecimento de macacos) evidenciam que o vírus continua circulando no território.

De janeiro de 2017, até 15 de junho, houve 561 casos autóctones de febre amarela silvestre confirmados no Estado e 214 deles evoluíram para óbitos. Desse total, 31,5% das infecções por febre amarela foram contraídas em Mairiporã e 10,2% em Atibaia. Essas duas cidades respondem por 42% dos casos de febre amarela silvestre no Estado, e já têm ações de vacinação em curso desde 2017.

Especificamente no último mês – entre 14 de maio e 15 de junho –, foram registrados 36 casos e 19 óbitos, o que indica uma queda de aproximadamente 75% na média mensal de casos novos verificada entre janeiro e março, e de mais de 60% com relação ao número de óbitos.

Para efeito comparativo, o intervalo com maior aumento foi constatado no boletim de 16 de março, quando os boletins indicavam 159 novos casos e 59 óbitos a mais em comparação ao boletim de 14 de fevereiro.

Com relação às epizootias, de julho de 2017, até o momento, foram confirmados 760 casos envolvendo macacos. A região com maior concentração é a Grande São Paulo, com 47% dos casos, seguida por Campinas, com 33%.

Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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