16 de abril de 2024

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Saiba o que é mito e o que é verdade sobre hanseníase

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Conhecida antigamente como “lepra”, a hanseníase é uma doença que acomete 1,51 pessoa a cada 10 mil habitantes no Brasil, segundo dados de 2012. É causada pelo bacilo Mycobacterium leprae e afeta os nervos e a pele. Apenas no ano passado, foram registrados 33 mil novos casos da doença. Entretanto, em relação aos últimos 10 anos, houve uma queda de 65% na taxa de prevalência. A redução foi resultado de ações de combate à doença, intensificadas nos últimos anos.

O Ministério da Saúde lançou campanha direcionada à população e aos profissionais de saúde, que será veiculada por meio de cartazes, rádio, outdoors e redes sociais, entre outros. Além disso, serão desenvolvidas ações de combate à doença em todas as capitais com mais de 100 mil habitantes nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além da Baixada Fluminense, das regiões metropolitanas de São Paulo e Belo Horizonte e do norte de Minas Gerais.

Para esclarecer um pouco mais as dúvidas sobre o assunto, o dermatologista do Hospital Conceição, Paulo Andrade, mostra o que é mito e o que é verdade sobre a hanseníase.

A hanseníase é uma das doenças mais antigas do mundo? Verdade.
Existem relatos da doença de alguns séculos antes de Cristo. É conhecida como uma das doenças “bíblicas”.

A hanseníase é uma doença contagiosa? Verdade.
Sim. É doença contagiosa, porém de baixa infectividade. Tanto é que novos casos de hanseníase surgem, na maioria das vezes, em pessoas que têm contato direto com um doente, convivendo com ele diariamente. Essa é a regra. Existem casos novos em que a pessoa teve contato com o doente durante um período curto. A transmissão se dá pelas vias respiratórias de pacientes infectantes (secreção nasal, tosse, espirros, gotículas de saliva). Saliente-se que a maioria das pessoas tem defesas naturais contra a doença e, em adquirindo a hanseníase, terão formas não contagiantes e limitadas.

Hanseníase tem cura? Verdade.
Sim. Os pacientes tratados adequadamente, com a medicação que é fornecida pela rede pública, obtém cura da doença em alguns meses, dependendo da forma clínica da hanseníase.

A doença pode levar a óbito? Mito.
Não. Com o conhecimento aperfeiçoado sobre a doença ao longo dos anos e o advento das medicações contra as manifestações da hanseníase, todos os pacientes evoluem bem. No passado, somente com outras complicações clínicas é que aconteciam óbitos dos pacientes.

As manchas na pele são o principal sintoma da doença? Meia verdade.
Os principais sintomas da doença estão relacionados à pele e nervos periféricos. Manchas de tonalidade clara, brancas ou levemente avermelhadas, acompanhadas de diminuição da sensibilidade local (como se fosse uma “anestesia” localizada), do número de pelos e da sudorese nessas áreas são as principais manifestações da doença. Ainda pode haver espessamento dos nervos periféricos, diagnosticados no exame dermatológico do paciente.

Pessoas que possuem hanseníase e já estão em tratamento não transmitem a doença. Verdade.
Quanto ao tratamento e à transmissão da hanseníase, pode-se dizer que já no início da medicação, os pacientes não transmitem mais a doença ( 1-2 meses). Deve-se dizer também que, tal como em outras doenças contagiosas, os pacientes devem dirigir-se aos serviços especializados e seguir a orientação médica e de toda equipe de saúde para que se obtenha os melhores resultados de tratamento e controle da doença.

Fonte: Larissa Domingues / Comunicação Interna / Agência Saúde

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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