Planejar uma viagem para o continente europeu pode ser a chave para transformar sonho em realidade
Viajar para a Europa, convenhamos, não é um investimento barato. Com as moedas estrangeiras em alta, mediante recessão econômica enfrentada pelo Brasil, e a adoção do euro como moeda oficial de diversos países da União Europeia, o sonho de conhecer o Velho Continente parece estar distante de diversos brasileiros.
Será que é possível fazer uma eurotrip com economia? Para surpresa de muitos, a resposta é sim. A marcada concepção de ser um destino que implica grandes despesas já faz com que muitos se assustem e não cheguem nem a procurar mais informações sobre o roteiro.
Na programação ainda é possível incluir diversas cidades célebres e históricas. Caso planeje, por exemplo, uma ida a Kiev ou a Londres, poderá pagar R$ 0,50 em uma passagem de metrô na capital ucraniana e R$ 25 na capital britânica.
Vale pontuar que para economizar nas passagens de sua viagem pela Europa, três dicas podem ser fundamentais:
- Procure passagens com antecedência (o ideal é até 6 meses antes, pelo menos);
- Compare os preços das linhas aéreas e agências de viagem em sites e aplicativos de confiança;
- Monitore as tarifas, ficando atento ao melhor momento.
Viajando barato pela Europa
Embora a tendência seja pensar na Europa como um imenso continente exorbitante, diferentes realidades sociais e econômicas são traçadas ao redor da região, o que justifica a dessemelhança de preços entre um país e outro.
Brevemente, pode-se considerar toda a sua porção oriental como a mais barata, já que os países dessa região têm moedas mais fracas que o euro. Já os países da parcela ocidental podem ser mais caros, sobretudo aqueles que não adotaram o euro (a Inglaterra utiliza a libra esterlina, cerca de cinco vezes mais cara que o real), e sim moedas ainda mais valorizadas.
Assim, escolher países fora das zonas do Euro e da Libra, optando por destinos menos disputados e planejando excessivamente a viagem, é possível conhecer o continente por um preço mais acessível.
5 cidades mais baratas da Europa
Kiev – Ucrânia
A desvalorização da moeda local, a hyvnia, está diretamente vinculada à instabilidade política causada pela disputa entre Ucrânia e Rússia pela conquista da Crimeia. Se para os nacionais de lá a discussão é polêmica, para os turistas pode-se dizer que é uma das principais razões pela qual é possível encontrar preços incrivelmente baixos no país.
Largas avenidas, edifícios imponentes e belos parques são programas gratuitos, e mesmo as atrações pagas, como museus, igrejas e mosteiros, são bastante em conta.
Sófia – Bulgária
Um país fora da rota dos famosos europeus. A capital, Sófia, tem seus arquitetônicos encantos, como a Catedral Aleksander Nevsky. Edificada em estilo ortodoxo no início do século XX, é o principal cartão-postal da cidade.
Museus, ruas pitorescas e parques são outros programas possíveis para a região. Fique atento às rotas que levam às praias do Mar Negro, como Varna e Sunny Beach, onde areias brancas e finas contrastam com o azulado mar.
Cracóvia – Polônia
Uma das cidades mais charmosas da Polônia e também de toda a Europa Oriental. Capital entre 1040 e 1596, tem o conjunto arquitetônico mais exuberante do país, e a Rynek Glówny, a praça medieval, construída em 1297, é o maior exemplo.
Importante ressaltar que o Campo de Concentração de Auschwitz está a apenas 75 km de distância da cidade. Oskar Schindler, responsável por salvar centenas de judeus durante a Segunda Guerra Mundial, e Karol Wojtyla, o Papa João Paulo II, viveram parte da vida na cidade.
Belgrado – Sérvia
Ao visitar a Sérvia, é importante deixar de lado as referências e contextos separatistas que culminaram na dissolução da Iugoslávia (a maioria das ações bélicas partiu da Sérvia), para se surpreender com a simpatia da população e com a vigorosa vida cultural da capital.
Não bastasse ser um dos destinos mais baratos, os melhores programas a se fazer na capital sérvia são inteiramente gratuitos: percorrer as principais ruas, tirando um descanso para um café em deliciosos bares ou restaurantes; visitar o forte, concebido e reconstruído diversas vezes desde o Império Romano, situado em um belíssimo parque no encontro entre os rios Danúbio e Sava; e passear pela Ada Ciganlija, uma área verde junto à uma bela praia de água doce.
Bucareste – Romênia
Cidade extremamente interessante para adoradores da História; dentre os países do Leste Europeu, nenhum outro sofreu com as amarras do comunismo como a Romênia.
O legado desse passado é visivelmente percebido na arquitetura. Lá se encontra o Palácio do Parlamento, uma construção grande o suficiente para ser considerada o maior prédio administrativo do mundo. Já a atração mais turística do país fica por conta do Castelo do Drácula, próximo à cidade de Brasov.
Viagem acessível
Se a finalidade é viajar a baixo custo, procure ir durante a baixa temporada (historicamente, março é o melhor mês para visitar a Europa). A acomodação pode ser suprimida pelos hostels, que costumam ter uma diária em torno de £10 (ou seja, menos de R$ 50) em qualquer grande cidade.
Alguns toques batidos, mas que vale a pena citar: use transportes públicos (baratos, de qualidade e que percorrem grandes trajetos), opte por passeios gratuitos, fuja dos holofotes turísticos, faça sua própria comida e, principalmente, planeje tudo com exímia atenção, sempre projetando a viagem de acordo com suas limitações.
Tomando as devidas precauções, o itinerário europeu deixa de ser um sonho para se tornar uma viagem inesquecível.