29 de março de 2024

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PROS desiste de Integração Nacional e pede apoio do PT para candidaturas

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O recado foi passado em almoço com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Os dirigentes do PROS querem que PT apoie candidatos do partido no AM, TO e PB

Em conversa com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, dirigentes do PROS desistiram de ter sob o comando da legenda o Ministério da Integração Nacional, alvo de cobiça também do PMDB. Em troca, no almoço, que aconteceu em um restaurante de Brasília, as lideranças do mais recente partido aliado do Planalto cobraram de Mercadante apoio para candidaturas em três estados onde a legenda pretende lançar candidato ao governo.

O PROS quer que o PT apoie no Amazonas, a candidatura do atual vice-governador José Melo; no Tocantins, a candidatura do senador Ataídes Oliveira, e na Paraíba, a candidatura do deputado federal Major Fábio. “Para que a gente precisa de ministério neste ano? O que queremos é fazer nossos governadores”, assumiu o deputado Givaldo Carimbão (PB), um dos presentes ao encontro.

A dispensa do cargo foi apresentada pelas lideranças do PROS como um apoio para que governo possa lançar mão da pasta para tentar apaziguar a aliança com o PMDB, o entanto, a postura dos dirigentes do partido não tem o aval do governador do Ceará, Cid Gomes, e de seu irmão Ciro que, por decisão de Dilma Rousseff, mantém o controle da pasta.

Há cerca de um mês, as lideranças do PROS enviaram recados à presidente Dilma Rousseff de que se contentariam na reforma com a manutenção do ministro Francisco José Teixeira, que assumiu a pasta após a saída de Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE). Teixeira se filiou ao partido.

A atitude do PROS também é uma saída honrosa para a legenda após os convites que teriam sido feitos pela presidente Dilma Rousseff ao senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) para assumir a pasta. Os sucessivos convites de Dilma tem como objetivo fazer com que Eunício desista de disputar o governo do Ceará, deixando o caminho livre para o candidato que será indicado pelos irmãos Cid e Ciro Gomes.

Diante do pedido de apoio, durante o almoço, Mercadante chegou a telefonar para o presidente do PT, Rui Falcão, para marcar uma conversa sobre as alianças. Ainda não há dia definido, mas o encontro com o presidente do PT deverá ocorrer na próxima semana.

Para o PT, os apoios pedidos pelo PROS também podem esbarrar em dificuldades, já que se referem a estados em que a aliança prioritária nacional entre PT e PMDB para reeleição de Dilma tem chance de vingar.

No Tocantins, O PMDB quer apoio para a candidatura de Marcelo Miranda ao governo. Na Paraíba, o candidato do PMDB é Veneziano Vital do Rêgo. Caso o PT deixe de apoiar o PMDB no estado, abrirá espaço para uma aliança do partido com o PSDB do senador Cássio Cunha Lima, que já costurou conversas com o irmão de Veneziano, o senador Vital do Rêgo. Já no Amazonas, Dilma tem o compromisso de apoiar a candidatura de seu líder no Senado, Eduardo Braga.

O PROS pretende ainda lançar a candidatura do deputado Miro Teixeira ao governo do Rio de Janeiro. Neste caso, já está decidido que Miro fará o palanque do atual governador de Pernambuco, Eduardo Campos, para a Presidência da República.

No encontro, Mercadante chegou a sugerir que Miro fosse candidato ao Senado já que somente no campo governista já se desenham cinco candidaturas ao Palácio Guanabara – além de Miro, são candidatos o senador Lindbergh Farias (PT), o atual vice-governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), o ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), e o deputado Anthony Garotinho (PR). A reunião de Rui Falcão com o PMDB para definir alianças está marcada para quinta-feira (13).

 

IG

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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