28 de março de 2024

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O governo federal e o discurso tosco

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Artigo de Cassio Faeddo

Mais que provado que escola não dá “verniz” para ninguém. Uma pessoa pode até estudar em Oxford, Cambridge ou Harvard, mas não é isso que lhe fará uma pessoa mais humana, educada e empática.

Muitos de nós ouvimos dos pais que a educação começa em casa.

Desta forma, para os mais antigos, a orelha esquentava quando a língua ficava fora de controle.

⁃Sua mãe não lhe deu educação, menino? Como sobrava para a mãe era evidente que não ficaria barato.

Desde antes do início do governo sabíamos que o Presidente Jair Bolsonaro não tem no discurso seu ponto forte.

Em que pese sua fala torta e rudimentar foi exatamente essa característica que muito colaborou para sua eleição. Bolsonaro, o sincero.

 

Assim como Lula fala a língua de gente humilde, Bolsonaro tem o mesmo mérito.

Muitas vezes o presidente ofende e exala preconceitos e superficialidades. Mas esse é Bolsonaro. Antes de eleito não estava embrulhado em papel pardo.

 

O que não se esperava é que um ministro que estudou em Chicago fosse tão ruim de comunicação.

É o caso de Paulo Guedes quem em quinze dias conseguiu ofender todos os servidores chamando-os de parasitas, e todas as empregadas domésticas com a notória tese fantasiosa das viagens para a Disney.

 

Que seja preconceituoso e arrogante na vida privada é aceitável. Mas que se sinta no direito de  utilizar um cargo público extremamente importante e eivado de poder para proferir sua visão de mundo é inaceitável.

 

Mais que provado que escola não dá “verniz” para ninguém. Uma pessoa pode até estudar em Oxford, Cambridge ou Harvard, mas não é isso que lhe fará uma pessoa mais humana, educada e empática.

 

Por outro lado,  duas boas medidas sugiram em Brasília nesta semana.

 

Uma delas é o projeto de lei 304/2017, do senador Ciro Nogueira (PP-PI) que foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

 

 

O PL determina que a partir de 1º de janeiro de 2030, a venda de veículos novos movidos a combustíveis fósseis será proibida no Brasil.

 

Outra medida é o Decreto 10.240/20 que regulamenta parte da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, e complementa o Decreto nº 9.177, de 23 de outubro de 2017, para implementação de sistema de logística reversa de produtos eletroeletrônicos e componentes de uso doméstico.

 

São boas medidas ambientais.

 

Porém, Bolsonaro preferiu xingar o Greenpeace e Paulo Guedes falar de improviso sobre as empregadas domésticas.

 

Sobre Cassio Faeddo: Advogado. Mestre em Direitos Fundamentais. MBA em Relações Internacionais – FGV SP

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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