28 de março de 2024

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Nasce o primeiro filho de Kate Middleton e príncipe William

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Bebê nasceu no mesmo hospital em que Lady Diana deu à luz William e Harry

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Pouco mais de dois anos após o casamento com o príncipe William, Kate Middleton deu à luz o primeiro filho do casal nesta segunda-feira, às 16h24 (horário local, 12h24 no horário de Brasília). Ao confirmar a notícia, o Palácio de Buckingham encerrou também o mistério em torno do sexo do bebê, mantido em segredo durante toda a gravidez. O nome da criança, porém, só será revelado nos próximos dias, conforme protocolo da família real britânica. Especula-se que William e Kate optem por um nome bastante tradicional – e que remeta a outros personagens históricos da realeza. A forma de tratamento, no entanto, já está definida. O menino, que nasceu com 3,7 quilos, será tratado como “Sua Alteza Real Príncipe (nome) de Cambridge”. Segundo documento distribuído pelo Palácio de Kensington, mãe e bebê passam bem. William ligou pessoalmente para a rainha Elizabeth II e também para os pais de Kate, que passa esta noite no hospital. O secretário pessoal do príncipe William, Ed Perkins, deixou o hospital com o ofício sobre o nascimento e foi colocado num cavalete de madeira diante do palácio de Buckingham.

 

O hospital escolhido por Kate para o parto, o St. Mary’s, em Paddington, no centro de Londres, é o mesmo em que a princesa Diana, morta em 1997, deu à luz os príncipes William e Harry. Desde o dia 2 de julho pelo menos sessenta fotógrafos estão acampados em frente ao local na tentativa de registrar a primeira imagem de William e Kate com a criança.

Como seu pai, o príncipe Charles, fez no dia de seu nascimento, em 1982, William assistiu ao parto, que durou mais de 10 horas. Até o nascimento de William, há 31 anos, os pais da realeza costumavam ficar do lado de fora da sala de parto.

Em março, um ato falho de Kate chegou a ser considerado uma pista de que a duquesa esperava uma menina. Presenteada por uma admiradora com um urso de pelúcia branco, Kate teria respondido: “Obrigada, vou levar para minha fi…”. Imediatamente, ela se corrigiu: “Para o meu bebê”.

Efeito bebê – Analistas estimam que o frisson em torno do nascimento do bebê real possa injetar na economia inglesa até 240 milhões de libras (380 milhões de dólares), derivados da venda de produtos licenciados, do aumento no fluxo de turistas e do bookmakers, mercado de apostas, que movimenta milhões na Inglaterra com palpites sobre o nome do bebê, a cor dos seus cabelos e até a idade em que ele vai ser fotografado pela primeira vez dentro de um clube noturno. Em entrevista à agência de notícias France-Presse, o especialista Gary Burton revelou que os palpites já ultrapassaram o montante de 750 000 libras (equivalente a 2,5 milhões de reais) na empresa de apostas Coral, a qual dirige.

Os números se justificam tendo em vista que sobre a cabecinha coroada do bebê de William e Kate repousa a responsabilidade da manutenção de uma instituição milenar, a monarquia britânica. Segundo um estudo divulgado em junho do ano passado pela consultoria britânica Brand Finance – especializada em avaliação e gestão de marcas -, o valor comercial da realeza britânica já supera 44,5 bilhões de libras (mais de 139 bilhões de reais). A pesquisa sugere que, se fosse colocada à venda como qualquer outro negócio, a monarquia valeria mais do que as redes de supermercado locais Tesco (33 bilhões de libras) e Marks & Spencer (7,4 bilhões de libras) juntas, por exemplo. O bebê de William torna-se o terceiro na linha de sucessão ao trono, atrás do avô e do pai. Os herdeiros são a forma de perpetuação da monarquia. Logo, ao presentear a rainha Elizabeth II com um bisneto, William e Kate cumprem o papel que se esperava deles: contribuem para garantir a longevidade dos Windsor no trono inglês.

William é hoje uma das mais populares figuras da família real. Ele herdou da mãe, a princesa Diana, a beleza, a simpatia e a naturalidade no trato com os plebeus. Cumpre à risca todos os compromissos oficiais e está sempre sorrindo em público. Ele sabe que é a maior aposta do Palácio de Buckingham para garantir a popularidade da monarquia inglesa junto aos súditos – o futuro do negócio familiar do qual é o herdeiro depende em grande medida de seu sucesso nessa missão. A escolha de Kate, uma plebeia, para caminhar ao seu lado nessa empreitada tem se mostrado cada dia mais acertada.

Ao longo dos oito anos de namoro que antecederam o casamento, ocorrido em abril de 2011, Kate foi submetida a vários testes. No escaneamento feito pela rainha das qualidades da duquesa, as que mais contaram foram a discrição e a compostura. Desde que passou a integrar a família real, Kate segue à risca seu papel – inclusive o de garantir à rainha um bisneto. O charme, o carisma e, acima de tudo, a vocação para servir de exemplo reservam ao casal um lugar cativo em meio aos súditos. Até no teste da fotografia em topless o casal passou. A crise provocada pela divulgação de fotos da duquesa em momentos íntimos com o marido durante uma viagem à França, em 2012, foi enfrentada com profissionalismo e disciplina. Kate mostrou que tem autocontrole para enfrentar situações de emergência.

 

Beatriz Guilhermina Armgard

A rainha da Holanda, Beatriz, seguiu o protocolo da realeza e se vestiu formalmente para apresentar o primogênito Guilherme ao mundo, em 1967. O vestido de corte reto foi adornado com um colar de pérolas e, nos cabelos, uma casquete de penas.

Fora do palácio – Ao contrário de Diana, filha de condes, Kate é a primeira plebeia de verdade a entrar para a realeza. Foi na família da mulher que William finalmente encontrou um ambiente doméstico estruturado: os pais de Kate, Carole e Michael, não moram em palácios, não se traem publicamente e não têm mordomos como maiores confidentes. Ou seja, um bebê da realeza inglesa pela primeira vez vai ser criado também por uma família “comum” – os novos papais, aliás, passarão os primeiros dias após a chegada do bebê na casa da família da duquesa.

 

Tragicamente órfão de mãe aos 15 anos, William chegou a experimentar um modelo de criação menos formal. Ao invés de delegar a educação e os cuidados com os filhos aos empregados, como era praxe nos domínios de Buckingham, Diana fazia questão de levá-los à escola e cumprir trajetos a pé com os dois pelas ruas de Londres, apesar do constante assédio dos paparazzi. Ela e Charles também fizeram muitas viagens de férias com os filhos, algo que raramente acontecia com os antepassados da rainha Elizabeth II, deixados na companhia de babás enquanto os pais se ausentavam. A exemplo do pai, William e Harry recusaram a tradição de receber educação circunscrita aos limites do palácio. William formou-se na Universidade de St. Andrews, na Escócia, onde conheceu Kate. Espera-se que o filho do casal siga pelo mesmo caminho.

Instituição milenar – Um dos motivos que explica a longevidade da monarquia britânica é ter-se afastado das decisões políticas. Essa separação começou a ser moldada no século XIV, quando surgiram as duas Câmaras parlamentares, a dos comuns e a dos lordes. Mas o rei manteve a supremacia até 1689. Naquele ano, durante uma grave crise de sucessão, uma lei definiu o Parlamento como autoridade máxima. O poder político foi gradativamente transferido para as mãos do povo, sem que fosse preciso decapitar o monarca, como fizeram os franceses no século XVIII. Atualmente, o monarca chefia o estado e (sempre) aprova a indicação do primeiro-ministro feita pela Câmara dos Comuns. Desde o fim do século XIX ficou acertado que o monarca tem três direitos – “o direito de ser consultado, o direito de aconselhar e o direito de advertir”.

Há 61 anos no trono, Elizabeth II é alvo da branda, porém crescente, pressão da opinião pública para que abdique do trono devido à idade avançada. Em pesquisa realizada pelo jornal Sunday Times em maio, 53% dos entrevistados responderam sim ao serem perguntados se a rainha deveria permanecer no trono até o fim de sua vida. A porcentagem representa a maioria, porém, é menor do que a registrada no mês de março, quando 64% das pessoas disseram pensar dessa forma.

Abrir mão do reinado tem sido cada vez mais comum em monarquias europeias. Só neste ano,dois monarcas abdicaram: o rei da Bélgica, Alberto II, e a rainha Beatrix na Holanda. Pela linha sucessória na Inglaterra, o príncipe Charles é o próximo a subir ao trono. Há algum tempo, ele já vem representando a mãe em compromissos de peso, como na reunião de cúpula da Commonwealth, a ser realizada em Colombo, no Sri Lanka, no mês de novembro. Será a primeira vez que a rainha vai se ausentar da reunião desde 1971. Segundo fontes ouvidas pela agência de notícias France-Presse, isso é indício de que o Palácio de Buckingham quer poupar Elizabeth de viagens ao exterior. A última viagem da rainha para fora da Inglaterra, para Austrália e Nova Zelândia, ocorreu em novembro de 2011. Em março passado, ela precisou cancelar uma viagem a Roma devido a uma hospitalização de 24 horas, a primeira em mais de dez anos.

 

Fonte: Veja

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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