28 de março de 2024

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Moradores pedem desapropriação de área da Lagoa do Santa Rosa em Piracicaba

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Barjas encaminhou o pedido à Procuradoria-geral; moradores querem ter acesso à lagoa

 

O prefeito Barjas Negri recebeu abaixo-assinado dos moradores dos bairros Santa Rosa, Santa Rosa-Ypês e Palmeiras. No ofício, assinado por Moisés Medeiros, presidente da associação dos moradores, eles fazem duas reivindicações: 1ª – a desapropriação da chamada Área de Preservação Permanente (APP) ao redor da lagoa; 2ª – a implantação de um acesso ao local, como no passado.

Os moradores querem defender um direito que julgam ter obtido há 30 anos, quando na compra dos terrenos a incorporadora se comprometeu a construir um clube ao redor da lagoa para o uso comum. O prefeito Barjas Negri encaminhou o pedido, por meio do abaixo-assinado, à Procuradoria-geral, para um parecer jurídico.

Segundo relatos de Medeiros ao prefeito Barjas Negri, a lagoa do Santa Rosa existe há mais de um século e seus eucaliptos também têm a mesma idade. “A história da lagoa se mistura à do bairro, que surgiu a partir da Fazenda Santa Rosa”, explica ele, acrescentando que “nesse local, havia uma escola, onde estudavam os filhos dos funcionários que podiam usar a lagoa para recreação”.

Para recuperar essa história é que os moradores resolveram elaborar um grande abaixo-assinado, envolvendo os três bairros (Santa Rosa, Santa Rosa-Ypês e Palmeiras), obtendo mais de 450 nomes, pedindo, num primeiro momento, a desapropriação da área. Lembram alguns moradores que, quando a fazenda foi loteada, foi reservada uma grande área onde estavam instalados quiosques, dois campos de futebol e a portaria de acesso.

Por muito tempo, este local era visitado por famílias piracicabanas e turistas para churrascos e piqueniques. Mesmo sabendo que existe um processo na Justiça Comum, que questiona a venda do local, a segunda reivindicação dos moradores ao prefeito é ter acesso ao local, fechado desde 2007/2008. “A sua beleza natural pode ser importante para as aulas práticas dos alunos da Esalq/USP e para o fomento ao turismo”, explicou Medeiros.

A área, como relatado pelos moradores, tem cerca de 350 mil/m2 e, na cláusula do contrato de compra/venda dos terrenos, da Imobiliária Monte Alegre, havia a garantia de que os compradores dos três loteamentos teriam o direito a um clube – o Santa Rosa Country Club –, a ser construído ao redor da lagoa, para o uso comum dos moradores, quando todos os terrenos fossem comercializados.

O que os moradores lamentam é que, após 30 anos, a promessa de instalação do clube não foi cumprida. Medeiros destacou que a associação tem um projeto, que não é ousado, e a desapropriação garantiria a proteção da área a sua transformação num novo parque municipal, que traria lazer aos moradores daqueles bairros e supriria a carência de áreas verdes daquela região.

 

LAZER NOS BAIRROS – O prefeito Barjas Negri assumiu o compromisso com os moradores, por meio de Medeiros, de encaminhar o pedido para análise jurídica da Procuradoria-geral. Barjas disse que, nos seus dois primeiros mandatos, foram consolidados grandes parques regionais, como o da Paulista, Piracicamirim, Santa Teresinha, Jaraguá entre outros, e foram instalados mais de 120 centros e áreas de lazer.

A intenção, como revelou o prefeito aos moradores, foi levar lazer e entretenimento aos bairros, transformando áreas antes totalmente degradadas em centros ou áreas de lazer, alguns com campinho de futebol, brinquedos, bebedouros, bancos, boa jardinagem e iluminação pública.

Nesta nova gestão, Barjas adiantou que a fusão das secretarias de Saúde e Esportes vai além da economia de recursos públicos. “Queremos que estas duas Pastas, trabalhando juntas, possam ampliar as opções de lazer nos bairros, levando esporte e também saúde para todas as idades”.

Sobre os pedidos, o procurador Milton Sérgio Bissoli já informou o prefeito que há um processo em tramitação na Justiça. Por isso, ele irá até o Fórum para obter mais informações e transmiti-las aos moradores.

 

Fotos: Justino Lucente/CCS

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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