Informe-se sobre os cuidados com a saúde a serem tomados durante o “novo normal”.
A pandemia do novo coronavírus trouxe muitos hábitos relativos a cuidados com a saúde que, anteriormente, não eram comuns aos brasileiros. Um exemplo notável é o uso de máscaras para conter o avanço do número de infectados.
Este item de proteção pessoal que era estranho à rotina dos cidadãos tornou-se essencial dado o cenário atípico. O mesmo pode ser dito das outras medidas de higiene, como a atenção especial à lavagem das mãos, tomadas para que se possa chegar à desejada “nova normalidade”.
Cabe destacar que as condutas visando a saúde não devem ser abandonadas no período pós-pandêmico. Ao contrário, algumas delas devem ser redobradas.
Atenção aos cuidados com a saúde não deve acabar ao término da pandemia
Embora ainda não se saiba quando a pandemia terminará, profissionais da saúde acreditam que muitas medidas tomadas atualmente irão e devem continuar.
A psiquiatra Jaqueline Bifano, em artigo do Jornal Estado de Minas, indica que numerosas condutas apresentadas durante o isolamento podem continuar e fazer parte da vida dos brasileiros. O que ela entende ser positivo para a população.
Dentre as ações, a médica ressalta o aumento dos cuidados dedicados à higiene, saúde mental e física.
Higienização de objetos, rotinas alimentares mais saudáveis, maior controle e responsabilidade em termos de consumo e compras, atividades focadas ao alcance de um estado mental mais sereno e tranquilo são algumas das atitudes pontuadas pela médica.
Hábitos de higiene
O pneumologista Rogério de Souza, em artigo do jornal A Tarde, destaca a importância da conscientização sobre formas de evitar a transmissão do vírus.
Para o médico, a pandemia fez com que a população tivesse mais consciência de que a transmissão de infecções respiratórias está ligada ao contato com outros e com superfícies.
Assim, os cuidados com a saúde, como lavagem das mãos e fuga das aglomerações, para não contaminar pessoas quando se está com alguma infecção respiratória são hábitos adquiridos durante a pandemia que devem ser mantidos.
É importante ter ciência de que essas medidas não podem ser simplesmente descontinuadas, conforme argumenta o Dr. Anthony Fauci.
O médico diz que a mudança do estado de pandemia para o de “normalidade” não é como um interruptor de lâmpada, que possui ligar e desligar. Mas sim de um processo gradual de flexibilização de certas restrições para tentar fazer a sociedade voltar um pouco ao normal.
Atenção redobrada à saúde mental
A psiquiatra Alessandra Pereira fala sobre um assunto que parece consenso entre os profissionais da saúde mental: após a pandemia, os casos de transtornos psicológicos devem aumentar.
O período da pandemia e a adaptação à nova normalidade podem desencadear crescimento nos casos de ansiedade, depressão e Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), por exemplo.
Em sua fala, presente em artigo da A Crítica, Alessandra enumera cuidados com a saúde para garantir a manutenção da saúde mental. Confira:
- Adquirir hábitos como a lavagem frequente das mãos;
- Distanciamento físico;
- Dieta balanceada;
- Exercícios físicos para fortalecer o sistema imunológico;
- Busca de atividades prazerosas;
- Interagir com pessoas queridas e contar sobre questões que trazem preocupação;
A médica aponta a necessidade de deixar o preconceito de lado e procurar ajuda psicológica ou psiquiátrica quando preciso.
Buscar alternativas para manter o plano de saúde
A pandemia evidenciou a importância, mas também as limitações do Sistema Único de Saúde (SUS). As medidas de caráter emergencial para aumento de número de leitos e de respiradores têm sido questões amplamente discutidas e que geraram preocupação em todo o país.
Claudio Claudino da Silva Filho, doutor em Enfermagem pela UFSC, comenta que o SUS tem sérios problemas de financiamento. O médico afirma que os respiradores e as unidades de tratamento intensivas (UTIs), que viraram questões de extrema necessidade, precisavam estar presentes no SUS mesmo sem o cenário de pandemia.
Diante desse contexto, buscar formas alternativas de manter ou até adquirir um plano de saúde é uma atitude que pode ser vista como um dos cuidados com a saúde para o pós-pandemia.
Em entrevista ao Jornal do Comércio, a professora especialista em ciência do consumo, Laurileide Barbosa, dá sugestões de como manter o plano de saúde, tendo em vista a crise. As recomendações envolvem formas de reduzir a mensalidade paga. Listamos algumas delas:
- Ter um plano de saúde com coparticipação, que garante uma mensalidade menor e você paga somente quando for realmente utilizá-lo (porém avalie o uso porque se for algo frequente, pode não compensar);
- Tornar o plano com abrangência nacional em um de abrangência local;
- Substituir o internamento em apartamento pelo em enfermaria;
- Procurar planos que oferecem cobertura apenas para emergências e realizar consultas em clínicas com preços populares;
Adquirir planos com essas características torna o preço mais acessível. Por isso, as dicas também são relevantes para aqueles que não possuem um plano, mas que desejam incluir esse investimento da lista de cuidados com a saúde para o tão esperado “novo normal”.
Por Jeniffer Elaina, do PlanodeSaude.net