28 de março de 2024

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Maternidade x emprego: após chegada dos filhos, mulheres deixam mercado de trabalho 5 vezes mais do que homens

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Pesquisa com 13.161 respondentes também apontou que 21% das mulheres levam mais de três anos para retornarem ao trabalho após a chegada dos filhos

Unir as funções de mãe e profissional não é tarefa fácil e implica em passar o tempo equilibrando (e acumulando) funções. O fato é que para grande parte das mulheres, maternidade e vida profissional, muitas vezes, não cabem no mesmo momento e aí é chegada a hora de se afastar, seja por pouco ou muito tempo.

Embora o mercado de trabalho evolua a cada ano, oferecendo inclusive mecanismos para mulheres exercerem harmonicamente ambos os papéis, muitas ainda passam por dificuldades. Foi o que apontou pesquisa realizada pela Catho com 13.161 respondentes. O levantamento concluiu que 28% das mulheres já abriram mão do emprego após a chegada dos filhos, versus 5% dos homens.

Profissionais que já deixaram o mercado de trabalho para cuidar dos filhos (excluindo licença maternidade)

    Feminino Masculino
  Percentual Percentual
Sim 28% 5%
Não 72% 95%
         

 

Se, com a chegada dos filhos, abrir mão do emprego é uma realidade comum, a retomada ao mercado de trabalho é ainda mais complicada. De acordo com a pesquisa, enquanto a maioria dos homens retomam a carreira em menos de seis meses, o retorno profissional das mulheres é distribuído ao longo dos anos.

Por exemplo, 21% das mulheres levam mais de três anos para retornarem ao trabalho. A mesma situação para os homens acontece em apenas 2% dos casos. “Os dados apontam que os homens quase nunca se afastam do trabalho após a chegada dos filhos. Já as mulheres acabam abrindo mão da vida profissional em prol da maternidade por muito mais tempo, o que dificulta ainda mais a retomada”, explica a gerente de relacionamento com cliente da Catho, Kátia Garcia.

Tempo para retorno ao mercado de trabalho

  Feminino Masculino
  Percentual Percentual
Menos de 6 meses 13% 49%
6 a 12 meses 25% 28%
1 a 2 anos 18% 9%
2 a 3 anos 10% 3%
Mais de 3 anos 21% 2%
Não retornei 13% 9%

 

Mercado de trabalho para mulheres

Segundo pesquisa da Catho sobre a participação da mulher em cargos de gestão, houve melhora na distribuição feminina entre diferentes cargos, mas as desigualdades permanecem. Conforme a tabela abaixo, em 2011, 54,99% das vagas de encarregado eram destinadas às mulheres; em 2017, esse número saltou para R$ 61,57%. Subindo um pouco, nota-se que em 2011, 22,91% dos cargos de presidente eram ocupados por mulheres; em 2017, esse número passou a ser de 25,85%. E quanto mais o cargo evolui, menor é a presença feminina.

 

Evolução da participação da mulher em cargos de gestão entre 2011 e 2017 (Dados Cadastro Catho)

 

CARGO 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Presidência 22,91% 23,85% 24,05% 24,64% 25,43% 24,50% 25,85%
Vice-presidência 19,32% 19,77% 21,01% 25,00% 27,06% 25,20% 27,46%
Diretor 23,40% 23,97% 24,33% 24,49% 28,42% 27,60% 27,95%
Gerente 35,26% 37,07% 38,25% 40,33% 40,37% 40,60% 41,99%
Supervisor 49,09% 48,13% 49,53% 52,41% 51,66% 52,20% 57,92%
Encarregado 54,99% 55,79% 56,37% 57,40% 58,37% 57,09% 61,57%

“Se analisarmos a configuração de cargos por gênero, fica claro que após alcançarem o cargo de gerência, as mulheres crescem na carreira em menor proporção que os homens. Talvez, isso se explique, em partes, porque é nesse período, geralmente, que a maternidade ocorre em paralelo”, finaliza Garcia.

 

Sobre a Catho

A Catho tem como objetivo principal facilitar contratações, funcionando como um canal entre o candidato que busca novas oportunidades e as empresas e consultorias de RH que buscam candidatos. Todos os meses, mais de 10 mil contratações são feitas por meio do site, que hoje tem mais de 190 mil vagas de emprego anunciadas. Atualmente, a Catho oferece produtos direcionados aos profissionais, como Análise e Elaboração de Currículo, Guia de Profissões e Salários, Simulação de Entrevista e Cursos Rápidos, bem como soluções para as empresas, como a Atração dos Melhores e o Recrutamento Perfeito.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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