28 de março de 2024

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Levantamento de infestação do Aedes aegypti passa a ser obrigatório

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Atenção, gestores! A partir de agora, 100% dos municípios do país terão de informar a situação de infestação do Aedes. Municípios com mais de 2 mil imóveis deverão realizar o Levantamento Rádio do Índice de Infestação para Aedes aegypti (LIRAa). Municípios com número de imóveis inferior à 2 mil, deverão fazer o Levantamento de índice Amostral (LIA). A ferramenta é importante aliada no combate ao mosquito, pois ajuda a levantar dados significativos em pouco tempo, e tomar medidas eficazes e pontuais para resolver o problema.

O coordenador da Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC), Rodrigo Lins Frutuoso, explica que este é um importante passo na luta contra dengue, zika e chikungunya. “Existindo a obrigatoriedade, em nível local, estadual e federal, a gente consegue ter uma leitura, e consegue auxiliar melhor o gestor municipal naquilo que é possível para combater o Aedes”.

Os municípios que não realizarem o levantamento, não receberão a segunda parcela do Piso Variável de Vigilância em saúde, recurso extra utilizado apenas para ações de combate ao Aedes. Ao longo do ano, os municípios deverão realizar ao menos um levantamento até o dia 30 de junho e encaminhar as informações para o nível estadual, que faz o repasse dos índices para o Ministério da Saúde.

 

Já no segundo semestre, entre os meses de outubro e novembro, acontece o LIRAa nacional. A data antecede a estação chuvosa em boa parte das regiões do Brasil, e é possível ter um panorama das regiões com estado crítico com antecedência. “Assim temos um tempo maior para acionar as nossas ações de controle”, explica Frutuoso.

A adesão obrigatória é uma proposta do ministro da Saúde Ricardo Barros, e foi acordada entre estados e municípios durante a reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), realizada nesta semana.

O Programa
O Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), surgiu em 2003. Inicialmente, a ideia era fazer o levantamento apenas no período que antecede o verão, época com maior chance de proliferação do mosquito. Entretanto, foi identificada a necessidade de prevenção o ano todo, já que mesmo em épocas em que a proporção do Aedes é menor, como nos períodos de seca e frio, o mosquito se reproduz.

O programa ainda permite descobrir os índices de infestação do mosquito no município em um prazo de uma semana, além de identificar quais os bairros mais críticos e os principais focos na área. Quem realiza a visita nas casas são os Agentes de Combate às Endemias (ACE).

Depois que o levantamento está pronto, os dados são divulgados para a população, que pode atuar de maneira integrada com as políticas do município, propondo alternativas para acabar com os focos do mosquito, e cuidando da residência.

 

 

Blog da Saúde
(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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