Vacina Hepatite A entrará no calendário de rotina das crianças
A Prefeitura por meio da Secretaria de Saúde informa que começará a imunizar a partir da próxima segunda-feira (1º) todas as crianças da faixa etária de 1 ano a 1 ano, 11 meses e 29 dias, contra Hepatite A. Indaiatuba recebeu 1.800 doses da vacina para iniciar o processo de imunização. Os pais ou responsáveis devem levar as crianças à Unidade Básica mais próxima de sua residência com a caderneta de vacinas.
A diretora do departamento de Vigilância em Saúde, Rita de Cássia Jiampaulo Ferraz Vaz, informa que esta vacina passa a ser ministrada no esquema vacina de rotina e não é campanha. “O calendário de vacinação brasileiro é aquele definido pelo Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde e corresponde ao conjunto de vacinas consideradas de interesse prioritário à saúde pública do País. Existem vacinas recomendadas desde o nascimento até a terceira idade e distribuídas gratuitamente nos postos de vacinação da rede pública”.
Para que todas as ações sejam feitas conforme os critérios técnicos de imunizações, a Secretaria de Saúde promoveu na última terça-feira (26), no auditório do Paço Municipal, uma capacitação para enfermeiras e técnicas de enfermagem que trabalham nas salas de vacinas das Unidades de Saúde e pólos de PSF.
A capacitação teve como objetivo passar todas as orientações técnicas de processo de vacinação, forma de aplicação, reações adversas e distribuição de informe técnico; e foi realizada pela responsável pelo setor de imunização da Secretaria de Saúde, Renata Marciano e pela diretora da Vigilância em Saúde Rita.
HEPATITE A
A Hepatite A é uma doença infecciosa aguda causada pelo vírus VHA que é transmitido por via oral-fecal, de uma pessoa infectada para outra saudável, ou através de alimentos (especialmente os frutos do mar, recheios cremosos de doces e alguns vegetais) ou da água contaminada. O vírus pode sobreviver por até quatro horas na pele das mãos e dos dedos. Ele é também extremamente resistente à degradação provocada por mudanças ambientais, o que facilita sua disseminação, e chega a resistir durante anos a temperaturas de até 20ºC negativos. A incidência da hepatite A é maior nos locais em que o saneamento básico é deficiente ou não existe. Uma vez infectada, a pessoa desenvolve imunidade contra VHA por toda a vida.
O diagnóstico da hepatite A é feito por meio da detecção de anticorpos contra o vírus VHA no sangue ou pela presença de seus fragmentos nas fezes.
Os sintomas da Hepatite A pode ser sintomática ou assintomática. Durante o período de incubação, que leva em média de duas a seis semanas, os sintomas não se manifestam, mas a pessoa infectada já é capaz de transmitir o vírus. Apenas uma minoria apresenta os sintomas clássicos da infecção: febre, dores musculares, cansaço, mal-estar, inapetência, náuseas e vômito. Icterícia, fezes amarelo-esbranquiçadas e urina com cor semelhante à da coca-cola são outros sinais possíveis da enfermidade. Muitas vezes, os sintomas são tão vagos que podem ser confundidos com os de uma virose qualquer. O paciente continua levando vida normal e nem percebe que teve hepatite A.
As crianças constituem grupo de risco importante, assim como os adultos que interagem com elas e os profissionais de saúde.
A hepatite A é uma doença de curso benigno, mas potencialmente grave. Embora não sejam frequentes, complicações podem surgir. Uma delas, a hepatite fulminante, é um quadro que se caracteriza pela necrose maciça e morte das células hepáticas nas primeiras seis a oito semanas da infecção.
RECOMENDAÇÕES
Não comer frutos do mar crus ou mal cozidos, as ostras e mariscos são transmissores importantes do vírus da hepatite A. Evitar o consumo de alimentos e bebidas dos quais não conheça a. Procurar beber só água clorada ou fervida, especialmente nas regiões em que o saneamento básico possa ser inadequado ou inexistente. Lavar as mãos cuidadosamente antes das refeições e depois de usar o banheiro. A lavagem criteriosa das mãos é suficiente para impedir o contágio de pessoa para pessoa. Não ingerir bebidas alcoólicas durante a fase aguda da doença e nos três meses seguintes à volta das enzimas hepáticas aos níveis normais. Verificar se os instrumentos usados para fazer as unhas foram devidamente esterilizados ou leve consigo os que vai usar no salão de beleza.