29 de março de 2024

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Fundação Romi, de Santa Bárbara d´Oeste, celebra 57 anos de atividades

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  • Só no ano passado, mais de 37 mil pessoas foram beneficiadas pelos projetos e programas da entidade nas áreas de educação e cultura

 

  • Instituição comemora mais de cinco décadas de história com constante evolução na busca pela transformação social

 

Ser uma entidade viva e dinâmica são características que acompanham a Fundação Romi desde a sua instituição, em 29 de junho de 1957, por Américo Emílio Romi e Olímpia Gelli Romi, em Santa Bárbara d´Oeste. Ao completar 57 anos de atividades, a entidade se orgulha de sempre buscar inovar suas ações e oferecer à comunidade e ao país as melhores soluções de acordo com sua missão, que é o desenvolvimento social a partir da educação e da cultura.

 

Só no ano passado, a Fundação Romi beneficiou diretamente 37.732 pessoas com seus projetos e programas. Atualmente, as atividades da instituição abrangem as escolas de educação regular em tempo integral Núcleo de Educação Integrada (NEI), para alunos do 6ª ao 9º ano, Centro de Vivências do Desenvolvimento Infantil (Cedin), para crianças de quatro e cinco anos, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Santa Bárbara d´Oeste, além do Centro de Documentação Histórica (CEDOC), com atividades de Educação Patrimonial, espaço expositivo permanente e acervo com documentos da história do município. A Fundação Romi também é responsável pela Estação Cultural, resultado da revitalização da antiga estação ferroviária da cidade, que oferece programação cultural de qualidade e gratuita para toda a comunidade.  Com isso, a instituição emprega, ao todo, 95 profissionais.

 

“Seguimos a inspiração e os passos do instituidor da Fundação Romi, um homem à frente do seu tempo, preocupado mais com os seres humanos do que com resultados. Por isso, oferecemos um modelo de educação transformador, preservamos a história, a memória, além de estimular a arte e a cultura em nossas iniciativas”, destaca a superintendente da Fundação Romi, Márcia Ameriot.

 

A evolução dos projetos de educação

 

Neste ano de 2014, a Fundação Romi tomou um passo importante que, com certeza, mudará sua história. Os projetos de educação integrada NEI e CEDIN, que antes atendiam alunos da rede pública de Santa Bárbara d´Oeste em contra turno, passaram a ser escolas de educação regular em tempo integral. Uma transformação que, segundo a superintendente, faz parte da evolução natural das atividades desenvolvidas na instituição.

 

“A educação integral que acreditamos não é somente um número maior de horas do aluno na escola. Significa integralidade real – ou seja, formação do todo desse aluno – atitudes, comportamentos, mundo afetivo, além, obviamente, do currículo propriamente dito. Aqui ele é motivado a buscar o conhecimento trabalhando por desafios e em equipe, como o fará pelo resto da vida, no mundo fora dos muros da escola. O conhecimento é construído”, explica.

 

Vale ressaltar também que o corpo de professores do NEI e do CEDIN, composto por 47 profissionais multidisciplinares, cria o próprio material, não há o uso de apostilas. De acordo com Márcia, essa prática motiva e desafia os docentes, além de produzir um conteúdo rico e personalizado. “Cada professor cria seu material de apoio e pensa em conjunto com seus pares, nos desafios e na interdisciplinaridade do conteúdo a ser apreendido pelo aluno”.

 

Diante dos bons resultados do primeiro ano do NEI como escola, a equipe pedagógica está em processo de organizar o conhecimento acumulado e a pedagogia desenvolvida para poder compartilha-la com outras instituições. “Posso dizer que o maior legado da Fundação Romi seja, talvez, cuidar da gestão dessa metodologia inovadora e participativa e, uma vez provada cientificamente, possamos replicá-la e disseminá-la fora dos muros da instituição para que, assim, muitas pessoas experimentem a maravilha que é viver o que se vive aqui”, afirma Ameriot.

 

A procura por esse ensino diferenciado tem sido grande e, por conta disso, as inscrições para o processo seletivo devem começar mais cedo neste ano, em setembro.

 

A Fundação Romi está localizada na Avenida Monte Castelo, 1095, no Jardim Primavera, em Santa Bárbara d´Oeste. Para mais informações, ligue 3499-1555. Acesse também o site: fundacaoromi.org.br.

 

A história

 

Mais de cinco décadas se passaram desde a assinatura da Escritura Pública de instituição da Fundação Romi, por Américo Emílio Romi e Olímpia Gelli Romi, nas dependências da Indústrias Romi Matriz, no pavilhão de montagem do Romi-Isetta, em 29 de junho de 1957.

 

Desde então, após anos dedicados à Assistência à Saúde e à formação profissional, em convênio com o SENAI-SP, no período de 1958 a 1984, algumas diretrizes foram modificadas e a Fundação Romi passou a ser uma entidade inteiramente voltada ao desenvolvimento social da comunidade barbarense tendo como instrumentos a Educação e a Cultura.

 

Até 1998, a Fundação Romi tinha como uma de suas atividades principais a Assistência à Saúde. Com a criação da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), que veio junto com a regulamentação dos planos de saúde, a instituição, que já vinha com estudos de viabilidade e sustentabilidade do sistema de saúde próprio, decidiu conjuntamente com a Romi a descontinuar a atividade.

 

A partir de 1999, a Fundação Romi passa a atuar exclusivamente nas áreas de educação e cultura, dando continuidade ao Programa de Educação Integrada, que já vinha sendo executado desde 1993, ocupando um espaço que era do ITEI – Instituto Técnico de Eletrônica Industrial, fruto de um convênio com o Estado de 1975 a 1992, para a formação técnica. Na área de cultura continuou a investir na preservação do patrimônio histórico com a manutenção das atividades do Arquivo Histórico.

 

Nesse período, também foi firmado um convênio com o SENAI/Romi/Vitae/ CEFET-PR para a criação do CTPA (Centro Técnico e Pedagógico de Apoio à Formação de Formadores), que foi mantido na Fundação Romi, administrado pelo SENAI, entre 1994 e 2008.

 

Outro importante passo foi a assinatura, em 05 de abril de 2005, do Termo de Cessão de Uso da RFFSA pela Fundação Romi, documento que passou para a instituição o direito de fazer uso da antiga estação ferroviária de Santa Bárbara d’Oeste para fins culturais. Foi assim que surgiu então, em 14 de dezembro de 2007, a Estação Cultural. Espaço que recebe diversas manifestações culturais, aberto ao público.

 

O rico acervo histórico da cidade de Santa Bárbara d’Oeste, arquivado pela instituição desde 1964, com documentos que datam de 1890 até os dias de hoje, ganhou, em 7 de dezembro de 2009, o Centro de Documentação Histórica (CEDOC), em um espaço de 2,5 mil m², e uma Exposição Permanente sobre a história da cidade. Desde 2004, a equipe começou a organizar o processo de diagnóstico, catalogação, higienização, digitalização, informatização e acondicionamento do acervo.

 

Em 2008, com o fim do convênio com o SENAI, começam os estudos para a adaptação do prédio. Em 2009, inicia-se a reforma para abrigar o CEDOC. E, finalmente, em 07 de dezembro de 2009, ocorre a sua inauguração oficial. Além de ser aberto ao público, o espaço também oferece projetos de Educação Patrimonial para estudantes, professores e terceira idade.

 

O Programa de Educação Integrada, que já atendia há 17 anos estudantes do Ensino Fundamental (7ª e 8ª séries), voltou seu olhar para a Educação Infantil e inaugurou, em maio de 2010, o Centro de Vivências do Desenvolvimento Infantil (CEDIN), um espaço sócio educacional, executado em parceria com a Secretaria de Educação de Santa Bárbara d’Oeste.

 

Saiba mais:

 

CEDOC

Referência em toda a região, o Centro de Documentação Histórica (CEDOC) possui um acervo de mais de 250 mil documentos que registram a história da cidade e, melhor, tudo disponível para consulta gratuitamente pela internet (fundacaoromi.org.br). Os documentos, armazenados desde 1964, estão disponíveis no espaço físico da instituição e datam de 1890 até os dias de hoje.

 

Além do acervo, o CEDOC abriga uma exposição permanente da história de Santa Bárbara com fotos, vídeos, textos, documentos e objetos. Só no ano passado, 11.108 alunos de escolas estaduais, municipais e particulares de Santa Bárbara e região participaram das atividades de Educação Patrimonial no CEDOC e na Estação Cultural, cujo objetivo é possibilitar a aproximação dos estudantes da história do município e da ferrovia, através de oficinas e atividades interativas.

 

NEI

Criado há 21 anos, o NEI é um projeto pioneiro de Educação Integrada, no qual os alunos realizam atividades voltadas para o desenvolvimento de competências e habilidades. Desde 1993, já participaram da iniciativa mais de 4 mil alunos. Com uma metodologia participativa, o trabalho é desenvolvido em grupos, nos quais os participantes resolvem desafios criados pelos orientadores do programa em diferentes áreas do conhecimento.

 

Cedin

Os alunos são vistos como protagonistas na construção do conhecimento, capaz de expressar seus desejos, vontades, conflitos e sua sede em descobrir e interpretar o mundo. Resultado de um sonho dos educadores da instituição, o CEDIN foi criado em 2010 com a proposta de melhorar a qualidade de ensino e prevenir a vulnerabilidade social de crianças de quatro e cinco anos.

O Cedin conta com a parceria da Secretaria Municipal de Educação de Santa Bárbara, que é responsável pela escolha dos alunos e, também, participa com parte da equipe pedagógica, educadores, estagiários, transporte e alimentação das crianças.

 

Estação Cultural

A Estação Cultural de Santa Bárbara d´Oeste tornou-se referência em toda a região por oferecer opções de qualidade gratuitas e para todos os públicos nos doze meses do ano. Desde sua inauguração, em 2007, mais de 150 mil pessoas já visitaram e participaram dos seu projetos, eventos e exposições.

 

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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