28 de março de 2024

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‘Fruta do milagre’ transforma gosto azedo em doce

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De casca lisa e avermelhada, tamanho pequeno e ação intensa. A fruta do milagre é realmente um prodígio. O principal motivo é a ação da miraculina, uma glicoproteína presente no fruto, capaz de transformar o sabor de uma fruta de polpa ácida como um limão, em algo adocicado e sem nenhuma acidez.

A Fruta-do-Milagre (Synsepalum dulcificum) é nativa da África Ocidental e pertence à família das sapotáceas (Sapotáceas é o nome de uma família botânica da Ordem Ericales composta por cerca de 110 espécies de árvores e arbustos de regiões tropicais). Segundo Luis Bacher, produtor e permissionário da Ceasa-Campinas, ela é um arbusto de porte reduzido que atinge em média 1 metro de altura além de conter em sua polpa a glicoproteína miraculina.

Esta substância, ao entrar em contato com as papilas gustativas da língua, inibe a capacidade de saborear a acidez e o amargo dos alimentos. “As frutas ácidas e amargas tornam-se extremamente agradáveis ao paladar. Essa fruta, que ainda é novidade aqui no Brasil, é utilizada há séculos pelos africanos para adoçar seus alimentos e atualmente já é bem conhecida nos Estados Unidos e Europa onde são comercializados vários produtos confeccionados à base de sua polpa”, explica Luis.

Além da ação no paladar, o conjunto das folhas, frutos e o porte reduzido garantem uma excelente opção para decoração. “É uma planta de vida longa, que fica mais bonita com o tempo porque encorpa, o fruto fica vermelho. É ideal para compor decoração de casas com vasos ou compor pomar”, ensina o produtor.

A fruta pode ser cultivada em locais a pleno sol e meia-sombra e em áreas de pouco espaço onde frutificará várias vezes durante o ano. “Ela inicia a produção em torno de 3 a 4 anos após a semeadura. Gosta de solo bem drenado, sem encharcamento; preferindo solos ácidos, ph entre 3,5 – 4,8”, esclarece.

Curiosidade

Essa frutífera já é conhecida nos meios botânicos desde o século XVIII, quando o explorador francês Chevalier des Marchais pesquisou essa espécie e outras nativas da África Ocidental. A frutinha lhe chamou a atenção pelo fato dos nativos a mastigarem antes de consumirem os alimentos.

Fonte: Ceasa

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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