28 de março de 2024

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Filhos precisam de formação para assumir empresas familiares

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Foto:  Advogada Juliana Assolari

Dado recente divulgado pelo Family Firm Institute, órgão de pesquisas norte-americana, revela que as empresas familiares são responsáveis por 90% do setor privado do Brasil. A pesquisa coloca o País a frente dos Estados Unidos, China, Finlândia, Espanha e Suécia. Esse dado aponta para a importância da perpetuação do negócio familiar para o bom andamento da economia brasileira.

 

Para evitar problemas jurídicos, a advogada Juliana Assolari, do Lassori Advogados, especialista em assessoria a empresas familiares, recomenda que os membros da família sejam preparados para serem sucessores. Os demais funcionários também precisam ser informados sobre esse processo natural dentro do negócio familiar. “Toda a equipe deve ser atualizada sobre os planos da empresa e as metas para o futuro com relação a sucessão. Essa comunicação precisa ser clara, honesta e aberta para não gerar insegurança e especulações”, afirma.

 

De acordo com a advogada, o familiar que assumir a administração da empresa no futubro deve participar de cursos e workshops voltados para a sucessão. “É fundamental não confudir decisões familiares e as metas de negócios. Por isso, a preparação de quem irá suceder deve fazer parte do planejamento estratégico da empresa”, recomenda.

 

Essa formação do futuro gestor preserva as empresas familiares de erros que podem acarretar em implicações jurídicas negativas. “É o caso da promiscuidade na gestão. Ela se configura quando os bens e serviços da empresa são usados para finalidades familiares. Não é recomendável, por exemplo, aproveitar um contrato para que um prestador de serviços atue tanto na empresa quanto na casa dos familiares”, aconselha a especialista.

 

Para evitar transtornos decorrentes dos desconhecimentos das implicações legais que envolvem as empresas familiares é recomendado que os empresários procurem uma assessoria jurídica para, juntos, formatarem um planejamento com vistas ao bom andamento dos processos do negócio, como a sucessão.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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