29 de março de 2024

SB24HORAS

Notícias na hora certa!

Festa Junina: produtos típicos subiram, mas ficaram abaixo da inflação

Compartilhe essa notícia!

Customização: economista da IBE-FGV dá dicas para não gastar tanto

 

A festa junina não vai pesar tanto no bolso do consumidor este ano. O preço médio das comidas típicas subiu 2,70%, mas ficou abaixo da inflação dos últimos 12 meses que foi de 4,05%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas.

A batata inglesa (-45,63%), a couve (-7,52%), a mandioca (-5,90%) e a farinha de trigo (-4,47%) ajudaram a puxar a inflação para baixo. Outras iguarias, também usadas para preparar os pratos típicos da época, registraram elevação em seus preços. É o caso do fubá de milho, que aumentou 17,83%, da farinha de mandioca, que ficou 16,81% mais alta, do bolo pronto, 14,13% mais caro, e do milho de pipoca, que saltou 13,14%. 

De acordo com o economista e professor da IBE-FGV, Anderson Pellegrino, como em toda situação de inflação, o ideal é que o consumidor sempre pesquise bastante antes de comprar. “Pode haver diferença de preços, principalmente quando há alta em função de certos eventos ou épocas de ano que aumenta a demanda de certos produtos, por exemplo, os ingredientes para os festejos juninos”, explica.

Além de pesquisar, é importante comparar marcas diferentes e verificar se há oportunidade de preços melhores comprando quantidades maiores. “Hoje em dia, os conhecidos atacarejos oferecem essas condições ao vender produtos em maior quantidade mais baratos”.

Outra dica é customizar ao máximo os preparos para a festa com fabricação própria, desde a confecção de pratos até a produção do figurino. “Fazer os pratos típicos e também as roupas em casa pode representar alívio para o orçamento caso o mercado esteja inflacionado devido à demanda”, finaliza o professor.

Para Pellegrino, trata-se de um fenômeno bem simples, de inflação localizada em alguns produtos, cuja demanda aumenta numa época do ano em função da maior procura por eles. “Em uma época de crise isso costuma ser mais recorrente, já que alguns comerciantes aproveitam para recuperar eventuais resultados ruins”, destaca ele.

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
Compartilhe essa notícia!