18 de abril de 2024

SB24HORAS

Notícias na hora certa!

Entrevista com Luca Moreira: um dos jornalistas mais jovens do Brasil

Compartilhe essa notícia!

O jornalista Luca Moreira é considerado um dos mais jovens jornalistas do Brasil na atualidade. Com cerca de 300 entrevistas exclusivas no portfólio, tanto nacionais como internacionais, ele começou sua carreira aos 16 anos na comunicação, e hoje, seis anos depois do começo, ele é dono do seu próprio portal que soma cerca de 196 mil acessos em dois anos de existência. Vindo de uma família de designer gráficos por parte de pai e tendo na família materna outros talentos na área artística, Luca apostou inicialmente por seguir se especializando nesse meio. Já sendo visto como integrante da profissão por outros profissionais, Moreira está seguindo a formação na Universidade Estácio de Sá.

A sua trajetória na comunicação começou ainda cedo. Poderia contar um pouco do seu início?

Pois é… eu ainda estava no segundo ano do ensino médio quando fui chamado para o meu primeiro estágio numa companhia de teatro do Rio de Janeiro, onde no final como não estava na faculdade ainda, fiquei como aprendiz administrando a parte de mídias sociais da companhia. Fiquei lá durante uns cinco meses, até que precisei sair por causa de estudo. Lembro que fiquei um pouco desanimado na época, então decidi dar continuidade a uma página que tinha no Facebook, e juntamente com isso, eu ajudava a minha prima a divulgar o trabalho de atriz dela. Como não fazia nenhuma ideia ainda da parte técnica de jornalismo, eu geralmente me inscrevia em listas de outras agências para receber os seus e-mails, e simplesmente só copiava e trocava as informações das mensagens para enviar a alguns sites que encontrava no Google. Um dia, um dos portais que era o “Giro na TV”, de uma amigo meu chamado Esdras Ribeiro, aceitou fazer uma pequena entrevista com ela sobre a sua participação em “Malhação – Pro Dia Nascer Feliz”, ai aconteceu que no meio das nossas conversas, descobri que ele também tinha a minha idade aproximadamente, e eu vendo a oportunidade de encontrar algo ali, por pura curiosidade, acabei me tornando parceiro dele e postando alguns artigos. Esdras como já era mais expert no assunto de blogs e sites, me mandou o contato, isso lá em dezembro de 2016, de um ator da Record, o Pedro Carvalho, que na época estava atuando na novela “Escrava Mãe”. Dali pra frente eu fui conversando com ele alguns dias, cheguei a mandar as perguntas, que por sinal ele também foi dublador de um filme que eu gosto muito que foi “As Crônicas de Nárnia”, só que infelizmente essa minha primeira tentativa foi um não e eu acabei perdendo o contato com ele. Mesmo levando esse primeiro não, a gente sempre tem que manter a persistência, ainda mais nessa área de mídia artística, então vi nas fotos que eu estava divulgando da minha prima, uma fotografia dela com a atriz Malu Falangola, que já havia passado pela Globo antes em “Totalmente Demais” de 2010. Pesquisei um pouco sobre ela e acabei me interessando, até que sai em busca de qualquer informação de contato dela, até que eu consegui achar o próprio telefone pessoal dela, e com a maior vergonha do mundo, decidi mandar um WhatsApp me apresentando, e para a minha surpresa naquele momento, ela foi super gentil comigo e eu acabei passando as minhas férias de natal toda pensando no que perguntar a ela. E assim, em 30 de março de 2017, o dia em que ela conseguiu me responder, saiu minha primeira entrevista.

Você já se imaginou fazendo outra coisa fora da mídia?

Quando a gente é adolescente ou criança nós temos aquela história de querer ser um monte de coisas, e comigo não foi tão diferente assim. A minha família por parte de pai é toda de designers gráficos, então eu por influência já cheguei a me interessar nisso, tendo feito até alguns cartões de visita para a minha família e tudo mais. Quando sai do ensino médio na Escola Técnica Estadual Henrique Lage onde fazia curso técnico de engenharia naval (tudo por oportunidade), percebi que muitos colegas meus ficavam em dúvida da faculdade, mas este não foi o meu caso. Desde que aconteceu de eu ser convidado para estagiar, eu acabei entrando de cabeça no meio da comunicação e até hoje eu não me vejo fazendo outra coisa a não ser isso que me deixa feliz.

Há 2 anos atrás, o seu próprio site foi lançado na internet. Como foi esse processo?

O site ele teve início quando faltava ainda um ano para eu entrar na faculdade. Eu já havia passado como colaborador em vários sites trabalhando com outros editores, e posso dizer que foi até uma boa experiência de aprendizado para o futuro, para que eu pudesse saber manusear bem a plataforma. Um dia eu lembrei que eu desde 2012 já tinha o meu domínio registrado e ele estava vazio, apenas com o e-mail ativo. Decidi que era a hora de eu me aventurar e começar a escrever as entrevistas para o meu próprio projeto, nessa época eu já deveria estar na entrevista número 32. Eu tive e tenho ajuda de um tio meu até hoje para cuidar da parte de hospedagem, porém todo o designer foi projetado por mim, já que eu já tinha um pouco de conhecimento de designer gráfico, eu fui assistindo alguns vídeos de tutoriais no YouTube e assim a página foi crescendo e tomando vida. Depois que entrei na faculdade, ela passou a ter uma segunda função além de me divertir, que foi a de se tornar um local onde eu poderia pegar minha experiência teórica e aplicá-la na prática.

Apesar de estar na faculdade ainda, você teve a oportunidade de ver um pouco do lado prático também. Quais as diferenças que pode notar entre os dois lados?

Há bastante diferença. Acredito que apesar de o espaço teórico nos ensinar bastante, até mesmo a parte que vai muito além da visão superficial que temos olhando a nossa atividade em ação no cotidiano, a teoria nos mostra o que há no aprofundamento daquela situação, nos levando a valorizar mais a profissão que temos. Agora, na “vida real”, que é a prática, a gente consegue ter um pouco mais de prazer em fazer aquilo que aprendemos, porém encontramos muitas dificuldades, pois a faculdade nos molda certinho, mas no mundo real, que é assim que eu gosto de denominar, as coisas passam a ser já mais viciadas e picantes por assim dizer, resultando algumas vezes o questionamento se o que tínhamos visto até aquele momento era o certo. O cuidado no mundo ao sair para a prática é essencial, porém os seus valores, que é a sua educação, também deverão ser mantidos na linha de frente. O bom é tentar arrumar um equilíbrio entre os dois lados.

Em 2017 foi dado início à sua carreira internacional. Essa fase te trouxe novos desafios?

Na verdade não foram os desafios em si e sim a dificuldade de chegar até ela, pois tem uma coisa que eu percebi é que os Estados Unidos tem um mercado muito grande de relações públicas, porém o  acesso a eles é mais difícil, ao contrário do Brasil. No total eu já fiz três entrevistas internacionais e a primeira foi muito legal porque foi com uma cantora que eu já acompanhava a um bom tempo chamada Megan Nicole, e ainda desse contato saíram algumas outras oportunidades com novas equipes. O inglês, eu admito que ainda é uma barreira que existe para mim, então muitas vezes eu usei ajuda de alguns amigos para confirmar se a minha tradução das perguntas e das mensagens estavam corretas. Eu ainda quero muito e está nos meus planos estudar e conhecer algumas línguas, até mesmo para poder fazer mais viagens.

Você já entrevistou mais de 300 pessoas. Quais foram as que mais te deram trabalho?

É meio difícil essa pergunta (risos). Sabe quando te pedem para escolher um melhor filho ou entregar o melhor amigo? Então, eu admito que as duas entrevistas que mais me deram trabalho em relação de tempo foram a da Maitê Padilha e a da Larissa Manoela, que demandaram maior tempo de produção.

O que espera alcançar com o seu trabalho e quais são seus objetivos?

Como eu comecei um pouco cedo na carreira, sempre ouvi muitas pessoas me criticando e dizendo que eu era muito jovem para estar trabalhando em tal coisa ou para estar pensando em tal situação, mas se você parar para pensar, a sua cabeça é um dos poucos lugares onde ao mesmo tempo que colocamos filtros de pensamentos nela, nós também podemos tira-lo, ou seja só você pode controlar as ideias e os projetos que você quer. A questão da possibilidade, nós podemos ver isso pelo lado físico e pelo lado pessoal, o lado físico realmente tem alguns projetos que não podemos realizar, devido a questões financeiras ou estruturais, porém há coisas pelo lado pessoal que você assim como qualquer outro ser humano pode fazer. Existe uma frase que eu gosto de falar para todo mundo e que sempre resume bem a ideologia que eu quero passar tanto com o meu trabalho como na minha vida que é: “A sua idade não limita o tamanho do sucesso”, os dados que vêm escrito na sua identidade são apenas isso, dados e números, agora o seu potencial não existe medida para ele.

Antes do jornalismo, o seu curso começou como publicidade, o que o fez mudar de ideia?

Sim, eu comecei o primeiro período como estudante de publicidade e propaganda e durante a transição do primeiro para o segundo eu mudei. Nessa primeira fase da faculdade eu realmente fiquei meio indeciso quanto aos meus cursos, mais vou dizer que não me arrependo nem um pouco. Eu lembro que tinha alguns amigos que viviam pegando no meu pé pois já falavam que durante as primeiras aulas quando era tudo misturado eu sempre falava bem nas coisas que tinham relação com o jornalismo. Tem uma pessoa também que eu preciso agradecer nessa oportunidade e que até é ela a quem eu agradeço por muitas coisas que aconteceram desde novembro de 2017 quando eu comecei a conviver com ela que é a Roberta Nuñez, a qual conheci numa entrevista com sua filha que é modelo, e me ajudou muito nessa decisão também.

Devido à carga de trabalho que possui, como faz para conciliar o trabalho junto com o estudo e a vida pessoal?

Por mais difícil que se possa acreditar, até para minha própria surpresa, dá tempo de fazer tudo! Eu faço a minha faculdade na parte da manhã, a tarde eu me concentro no trabalho do dia e a noite costumo revisar os meus resumos, pois se tem uma coisa que eu faço bem é organizar meus materiais de estudo e trabalho, tudo muito amarradinho e planejado. Para cada matéria eu possuo um resumo completíssimo de tudo que é falado nas minhas aulas e em relação ao trabalho, costumo planejar muito minha programação em planilhas e pelo próprio sistema interno que montei em meu site.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
Compartilhe essa notícia!