23 de abril de 2024

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Emprego: com mercado em standby, estar atualizado é o diferencial

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Por Rita Ritz

Decisões inesperadas do governo, crise hídrica e elétrica, aumento do dólar, queda das principais ações e baixa produção empresarial são alguns dos fatores que causaram demissões em série e continuam abalando o cotidiano dos trabalhadores brasileiros. Com receio de investir, o segmento produtivo está paralisado. Em standby, o mercado está aguardando as novas decisões do governo e já começou a se readequar para enfrentar a grave situação no ano de 2015.

 

Mesmo com as várias demissões no setor produtivo e a falta de confiança para novas ações e estratégias, algumas vagas de emprego continuam abertas. As oportunidades são direcionadas para profissionais que possuem boa qualificação e capacitação.

 

“Este é um momento difícil para recuperar espaço no mercado de trabalho e às vezes, uma saída bastante interessante pode ser abrir um negócio próprio, empreender passando a atuar como pessoa jurídica. Mas, neste caso, é preciso muito planejamento, reflexão, fazer contas e buscar informações qualificadas antes de tomar a decisão”, alerta a professora da IBE-FGV especialista em Desenvolvimento Organizacional e mestre em Qualidade, Rita Ritz.

 

O diferencial

 

Estar atualizado é o grande diferencial neste grave momento. Segundo Rita Ritz, as oportunidades de emprego vão continuar diminuindo e os trabalhadores melhor preparados poderão ter boas oportunidades mesmo com a escassez de ofertas.

 

Ter um bom curso técnico acaba sendo um diferencial frente aqueles que fizeram apenas um nível médio. O curso técnico profissionalizante faz com que o trabalhador termine o curso inserido dentro do contexto organizacional. Para algumas posições hierárquicas mais altas, um MBA já é essencial e pré-requisito, ou seja, ter uma graduação já se tornou exigência básica.

 

Outro fator fundamental é estar atualizado com as tecnologias e redes sociais. Além disso, cuidar do networking é de grande importância, pois uma boa indicação faz muita diferença em qualquer processo seletivo. “Buscar formas de se atualizar na atividade que desenvolve, seja fazendo um curso formal ou buscando informações usando recursos da internet, cursos EAD, cursos de curto prazo visando atualização de maneira rápida”, ressalta a professora.

 

Sobre o segundo ou terceiro idioma, a professora ressalta que a exigência depende do segmento e do nível do cargo pretendido. “No nível de gestão, isto é importante. Em algumas situações é o grande diferencial. No segmento tecnológico, desenvolvimento de software, por exemplo, conhecer inglês é condição essencial e não é mais um diferencial. No nível operacional, no segmento produtivo, normalmente a competência não é um requisito nem de ingresso nem de acesso. É preciso que o profissional tenha pleno conhecimento do segmento no qual atua para avaliar a necessidade desta competência, o nível de exigência do conhecimento e, se for o caso, tomar a inciativa de incorporar este conhecimento na sua bagagem”, conclui a professora da IBE-FGV.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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