18 de abril de 2024

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Diagnóstico é o primeiro passo na luta contra o câncer

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Constantemente nos deparamos com anúncios de mulheres famosas que descobriram o câncer de mama tanto em fase inicial como em fase avançada. O mais recente foi o anúncio de Suzana Gullo Mion, através da página do marido no Instagram, o ator e apresentador Marcos Mion (Leia aqui).

Depois de seis meses, e de ter vencido o câncer, o texto do casal na rede social passa uma mensagem de esperança e luta. Temos a intenção de explicar aos nossos conhecidos o porquê do nosso “sumiço nos últimos seis meses”, mas principalmente alertar e conscientizar o maior número de mulheres possível, pois aprendemos duramente que o câncer é uma realidade que não distingue nada, nem ninguém. E está mais próximo do que a maioria pode querer (…)”.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), somente no Brasil esperam-se aproximadamente 58 mil casos de câncer de mama.

 

Edna de Oliveira é uma das outras milhares de mulheres que enfrentam a realidade de ser surpreendida com o diagnóstico da doença. A empresária descobriu o câncer após um acidente no trabalho em 2005. “Parece que foi o sinal para eu descobrir. Estava na loja e bati numa quina do balcão. Ficou dolorido durante muito tempo, aí fui ao medico e ele já percebeu o nódulo”, conta.

A consulta já trouxe indícios de que o diagnóstico merecia atenção. Após os exames complementares a confirmação: câncer na mama direita. “Fiquei assustada. Os médicos me informaram tudo, qual era a minha situação e eu queria já começar o tratamento para descansar logo a cabeça. Sentir que estava fazendo alguma coisa para melhorar”, relembra.

10629610 1493567220929690 1724988926100151063 nNa foto: Edna de Oliveira e o marido, Floriano JúniorNa família, entre os 13 irmãos, uma delas já tinha passado pela mastectomia (cirurgia de retirada da mama após diagnóstico de um tumor maligno), mas apesar do histórico familiar, Edna não se preocupava com a possibilidade de poder ter também o problema. “Fui descobrindo como era uma doença comum e como o cuidado constante com a saúde era fundamental para evitar que ficasse séria à medida que fui às consultas com o pessoal do Hospital de Base (Brasilia), e nas palestras dos grupos de apoio”.

O Ministério da Saúde (MS) recomenda que mulheres com histórico familiar de câncer de mama ou que apresentem sintomas da doença, realizem a mamografia independentemente da idade, a partir da solicitação médica do exame. Portanto, todas as mulheres que tiverem indicação médica para realização da mamografia têm acesso garantido aos procedimentos disponíveis por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

O tratamento da Edna foi feito pelo Sistema Único de Saúde. Consultas, exames e tratamento, tanto a radioterapia como a quimioterapia e o medicamento que tomou por cinco anos. Depois disso tudo, a certeza da cura tinha chegado.

Porém, em 2015, um novo diagnóstico: “Eu não queria fazer a reconstrução da mama. Não queria passar por mais uma cirurgia, por medo. Mas minha família, meus filhos, sempre ficavam insistindo. Após um ano da reconstrução, numa consulta de rotina, mais um nódulo. Dessa vez, na mama esquerda. Teria que passar novamente por todo o processo. O bom é que eu já sabia que tinha cura”, relembra.

O tratamento dessa vez foi diferente. Fez a cirurgia para a retirada da mama e já a reconstrução no mesmo dia. A rádio veio para complementar o tratamento e uma nova medicação, que ainda toma. Apesar das incertezas que um tratamento pode trazer, Edna se sente forte e com a certeza que a cura é possível.

O apoio da família, a disponibilidade e atenção da equipe, segundo ela, foram indispensáveis nesse processo todo. “A equipe foi ótima. Tanto os médicos como os enfermeiros, não tenho o que reclamar. Fiz todo o acompanhamento com eles durante anos e eles sempre foram muito legais com a gente, muito cuidadosos. A minha família então, não tenho nem como agradecer. Todo mundo estava sempre comigo”, conta.5255adb1-dfd3-48cf-a44a-5089b62b618e

Na foto: Edna (segunda da esquerda para a direita), e família

ORIENTAÇÃO – Mulheres assintomáticas com idade entre 50 e 69 anos devem fazer o rastreamento com mamografia a cada dois anos. Dessa forma, o objetivo do rastreamento é a detecção precoce da doença, com o menor número possível de casos falso-positivos, e a diminuição da mortalidade pela doença. Em 2015, o Brasil realizou 4.121.128 mamografias de rastreamento, das quais 2.492.603 foram realizadas na faixa etária prioritária.

 

Aline Czezacki e Gabi Kopko, para o Blog da Saúde

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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