28 de março de 2024

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Diabetes em pets: dicas para controlar a doença

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Diagnóstico precoce e início do tratamento são etapas importantes para controlar a diabetes em pets e evitar complicações

Existem diversas patologias que podem afetar tanto pessoas quanto animais e esse é o caso da diabetes, doença grave e que pode causar uma série de danos à saúde quando não tratada corretamente.

A diabetes mellitus é caracterizada pela deficiência parcial ou total de insulina produzida pelo pâncreas, hormônio responsável por regular o metabolismo da glicose no organismo e, por sua vez, os níveis de açúcar no sangue.

Para maior qualidade de vida dos pets é fundamental que os tutores saibam como identificar a doença e controlá-la. Confira a seguir!

Diabetes em cães

As causas da diabetes ainda não são conhecidas, mas estimasse que são vários os fatores que podem influenciar o surgimento dessa patologia. Entre eles podem ser destacados:

  • questões genéticas;
  • obesidade;
  • infecções no pâncreas;
  • processos inflamatórios;
  • má alimentação, principalmente quando há predisposição genética;
  • mal uso de medicamentos.

A diabetes também pode estar presente desde o nascimento do animal, exigindo o acompanhamento veterinário constante. Entre os cuidados dos tutores nesses casos inclui-se a administração dos remédios prescritos e uma boa alimentação.

O tipo mais comum da doença em cães é o Diabetes Mellitus insulinodependente (Tipo 1), no qual há redução ou ausência total da produção de insulina pelo organismo, exigindo a aplicação desse hormônio.

Nos cães, a ocorrência desse tipo de diabetes afeta um a cada 500 animais em idades entre 4 e 14 anos. No entanto, ela é mais comum entre os 7 e 10 anos e, em geral, as fêmeas apresentam o problema com mais frequência. Algumas raças têm uma maior predisposição ao surgimento da patologia, são elas:

  • Poodle;
  • Schnauzer;
  • Beagle;
  • Spitz;
  • Lhasa Apso;
  • Labrador;
  • Golden Retriever;
  • Pastor Alemão;
  • Cocker Spaniel;
  • Rottweiler;
  • Pastor de Shetland;
  • Daschund;
  • Yorkshire.

Essa insuficiência metabólica pode afetar animais de outras raças e também os felinos, sendo importante que os tutores atentem-se aos sinais para realizar um diagnóstico precoce e iniciar o tratamento.

Quais os sintomas da diabetes em cães?

O sintoma mais clássico da diabetes é que o animal apresenta mais sede e urina com maior frequência. Além disso, apesar de ter um apetite normal e comer regularmente, o animal apresenta perda de peso. Outros, por sua vez, podem tornar-se obesos.

Uma condição muito associada a diabetes e que pode ser o primeiro indício que o cão não está bem é a catarata ou mesmo a cegueira. Ela pode ser identificada se o animal apresentar olhos opacos ou perda de visão.

A diabetes em cães e gatos também pode apresentar outras doenças associadas que prejudicam o tratamento, entre elas a doença de Cushing (hiperadrenocorticismo), infecções do trato urinário, o hipotiroidismo, a pancreatite aguda e o câncer.

Cães com diabetes também podem desenvolver uma complicação chamada cetoacidose, que é quando os níveis de glicose no sangue ficam elevados e ocorre o acúmulo das partículas de gordura. Entre os sintomas destacam-se a letargia, fraqueza e vômito.

Dessa forma, qualquer alteração física ou comportamental do pet exige que os donos procurem um veterinário imediatamente. Caso o diabetes seja diagnosticado, o profissional passará as recomendações necessárias para cuidar do animal.

Como o diabetes é tratado em cães?

O diabetes pode exigir diferentes condutas de acordo com a gravidade da ocorrência, doenças associadas e tipo. Alguns cuidados com o animal são:

Exercício

A atividade física ajuda a controlar a necessidade de insulina do cão, de forma que um animal sedentário precisará de mais hormônio que aquele que faz exercícios diariamente. Caso faça atividades, é importante manter a mesma rotina, evitando flutuações.

Dieta

A dieta é um aspecto fundamental para o cão que sofre de diabetes. A disponibilidade e horário das refeições devem ser os mesmos todos os dias. Em geral, é indicado que o pet alimente-se duas vezes antes de receber a insulina.

O veterinário pode ajudar na definição da ração mais indicada e se os petiscos podem ou não ser mantidos na dieta.

Insulina

Os tipos de insulina variam enormemente no que se refere às características, origem, duração do efeito, concentração e frequência da aplicação. Assim, o veterinário deverá passar todas as instruções referentes ao hormônio, como manipular corretamente, medir e aplicar.

Nem todos os pets diabéticos precisam de insulina, portanto, se essa conduta não foi prescrita ao animal não é necessário preocupar-se.

Monitoramento caseiro

Um dispositivo simples é usado para realizar a medição caseira dos níveis de açúcar no sangue do pet, indicando quando a aplicação da insulina é necessária.

O dono também deverá observar os hábitos do animal no que se refere à alimentação, consumo de água e frequência urinária. Conforme ajuste a dosagem de insulina, esses níveis devem ficar mais próximos do normal, sendo importante o acompanhamento do veterinário.

A diabetes é uma condição série e que exige uma série de cuidados com o animal para que ele mantenha uma elevada qualidade de vida e não tenha complicações resultantes da falta de cuidados ou do não diagnóstico da doença.

Ao identificar os sintomas comuns da diabetes em pets é importante que o tutor encaminhe o animal rapidamente para um veterinário 24h. Essa conduta é ainda mais importante se o pet apresentar sintomas associados, como vômito, letargia ou outros.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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