29 de março de 2024

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Crônica de uma morte anunciada – por Robson Paniago

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O mundo passa por grandes transformações e o Brasil caminha a passos largos para mudanças que no futuro veremos se trarão bons ou maus resultados para as próximas gerações.

Na economia entendemos que o pensamento de FHC e sua famosa teoria da dependência nunca estiveram tão atuais e vivemos numa economia “periférica” bastante dependente das economias ditas “centrais”.

Portanto, uma crise nas economias centrais, não pode ser tratada e nem se tornará uma “marolinha” e sim um tornado de proporções épicas e bastante explosivas.

Nesse sentido administrar um país com um governo central, com uma presença estatal forte e com uma voracidade por aumentar os impostos seria uma política extremamente deficiente para o momento e para a solução dos problemas apresentados.

Unindo a tudo isso temos uma liderança bastante precária e com parcos conhecimentos de gerenciamento, movimentação política desastrada e viés intelectual e moral, para conduzir o navio Brasil com estatura de anão.

Muitos brasileiros, desencantados com tudo isso que se vê, preparam-se para mudar para outros países e tentar uma solução além mar. Pois o mar aqui não está para peixe e tem muito tubarão comendo outros numa autofagia de busca de espaços e de sobrevivência nunca vistos.

Vamos ter que entrar em estado de choque para encontrarmos novos ares e condutores do navio Brasil e para que possamos sobreviver precisaremos de muita criatividade, sangue, suor e lágrimas.

E aqueles milhões de brasileiros que não votaram nessa estrutura que ai está acreditando que poderiam governar o país utilizando do populismo exacerbado de bolsas famílias e que tais que tentam tirar pessoas da zona de pobreza, mas que não oferecem continuidade nesse caminho.

Mais do que nunca vemos que falta planejamento, direção, foco e conhecimento para dar um norte e um rumo consistente ao país.

Juntando tudo isso com nossa herança lusitana patrimonialista e com um estado inchado, paquidérmico e muito burocrático é o caminho mais próximo do precipício.

Tudo isso leva a crônica de uma morte anunciada e precisamos repensar o modelo político, trabalhista, tributários e tantos outros se quisermos sobreviver e nos tornarmos uma economia central.

 

Robson Paniago é doutor em Ciências Empresariais pela Universidad Del Museo Social Argentino, mestre em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, especialista em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing – SP e Graduado em Administração pela Universidade São Marcos – SP. Atualmente é professor da IBE-FGV.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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