28 de março de 2024

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Construção civil acumula saldo de 3.194 contratações no ano na Região Metropolitana de Campinas

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Em julho, setor abriu 929 empregos formais;

Campinas foi a cidade com maior número vagas

A construção civil segue trajetória de recuperação consistente na Região Metropolitana de Campinas (RCM). O setor acumula um saldo de 3.194 vagas abertas nos 19 municípios que integram a RMC no período de janeiro a julho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em julho, as construtoras e incorporadoras admitiram 929 trabalhadores com carteira formal, o sétimo resultado positivo no ano de 2019.

 

O saldo de contratações no ano está positivo em 14 dos 19 municípios da RMC. Campinas é a cidade com maior saldo: 1.387, seguida por Indaiatuba, 1.286 e Itatiba, 209. Em quatro cidades o número de demissões continua superior às admissões: Hortolândia (132), Cosmópolis (32), Jaguariúna (16) e Santo Antônio de Posse (07). E, Artur Nogueira o saldo de janeiro a julho está zerado.

 

JULHO

Com saldo de 929 postos abertos, julho foi o mês do ano com maior número de admissões no setor da construção civil na RMC, segundo o Caged. O número superou abril, quando foram geradas 890 vagas. Onze dos 19 municípios encerraram o mês passado com o número de admissões superior às demissões. Nos outros municípios as demissões superaram as admissões.

 

A recuperação dos empregos formais em junho foi puxada por Campinas (380 vagas), Paulínia (363) e Indaiatuba (153). A cidade com o pior saldo foi Valinhos: 31 vagas fechadas

 

Para Francisco de Oliveira Lima Filho, Presidente da Associação das Empresas do Setor Imobiliário e da Habitação de Campinas e Região (Habicamp), desde o inicio do ano o setor da construção civil, mais precisamente o voltado para a habitação, vem dando sinais de aquecimento, com a retomada de lançamentos e geração de empregos.

 

“Este resultado positivo pode ser atribuído a dois fatores básicos: resultado da confiança do consumidor, com a volta às compras, e dos empresários, com destravamento de investimentos em lançamentos imobiliários. Na região de Campinas, esta combinação fez com que a construção civil puxasse o número de contratações de empregos por sete meses consecutivos”, afirma.

Francisco de Oliveira Lima Filho, Presidente da Associação das Empresas do Setor Imobiliário e da Habitação de Campinas e Região (Habicamp)

A retomada da economia até então, mesmo que em ritmo menor aos registrados nos anos pré-crise, já era vista como positiva. No entanto em menos de dois meses, dois novos fatos vieram trazer um pouco mais de esperança para este setor que responde por cerca de 9% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e forte gerador de empregos, onde cada emprego direto resulta em outros quatro indiretos.

 

O avanço da Reforma da Previdência, agora no Senado Federal, com estimativa de aprovação nos dois próximos meses, já começa a refletir no ânimo e na confiança dos empresários. Investimentos estão sendo anunciados para ampliação e instalação de plantas industriais. Isso acaba gerando empregos e renda para o trabalhador voltar a consumir.

 

O segundo estímulo, este mais concreto, está diretamente ligado ao setor da construção, grande indutor de empregos e renda. Estamos falando da nova linha de crédito imobiliário anunciada pela Caixa Econômica Federal (CEF), de R$ 10 bilhões, que terá como referência o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o índice oficial de inflação do país.

 

A nova linha de financiamento deve estar disponível para as pessoas interessadas em adquirir um imóvel a partir desta segunda-feira (26), com prazo máximo de financiamento de 360 meses, com quota limite de 80% do valor do imóvel. Ela vai valer para compra de imóveis residenciais novos e usados, com taxas de juros a partir de 2,95% mais o IPCA. Esta taxa, importante frisar, pode reduzir em 50% a prestação das parcelas.

 

Além de girar a economia, esta medida também deve contribuir muito para a geração de milhares de empregos em canteiros de obras, nos fornecedores de materiais e prestadores de serviços, como engenheiros e arquitetos.

 

LICENCIAMENTOS

Oliveira Lima destaca, ainda a recuperação setor imobiliário. Um total de 177.150 mil metros quadrados foram liberados pela Prefeitura de Campinas para construção de empreendimentos imobiliários na cidade no primeiro semestre de 2019.

 

O número consta de oficio divulgado pelo Departamento de Licenciamento Ambiental, ligado à Secretaria Municipal do Verde, meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, atendendo pedido da Habicamp.

 

O volume de Licenças Ambientais liberadas no período de janeiro a junho corresponde a cerca de 1,7 mil moradias habitacionais, levando em conta a metragem média de 100 m² por unidades.

 

 

DADOS DO CAGEd DE JULHO

 

Cidade JULHO No ano de 2019
CIDADE ADM DEM SAL ADM DEM SALDO
Americana 136 84 52 1.083 998 85
Artur Nogueira 21 18 03 98 98 00
Campinas 1.080 700 380 6.540 5.153 1.387
Cosmópolis 23 56 – 33 311 343 – 32
Eng. Coelho 04 02 02 07 06 01
Holambra 08 18 – 10 71 59 12
Hortolândia 57 147 – 90 439 578 – 139
Indaiatuba 480 327 153 2.917 1.631 1.286
Itatiba 184 70 114 725 516 209
Jaguariúna 21 17 04 120 136 – 16
Monte Mor 59 21 38 338 235 103
Morumgaba 06 00 06 21 08 13
Nova Odessa 26 28 – 02 171 137 34
Paulinia 582 219 363 2.348 2.263 85
Santa Bárbara 54 42 12 562 519 43
Santo A. Posse 04 14 – 10 97 104 – 07
Sumaré 155 172 – 17 1.138 1.072 66
Valinhos 45 76 – 31 453 400 53
Vinhedo 20 26 – 06 211 200 11
Saldo 2.965 2.36 929 17.650 14.456 3.194

 

Comunicação Estratégica Campinas

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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