29 de março de 2024

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Comissão de Saúde questiona secretário sobre mudanças na distribuição de medicamentos em Limeira

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Gerson Hansen Martins pediu 90 dias de prazo para avaliar as medidas

 

A reestruturação das farmácias nos Centros de Saúde da Família (CSFs) foi pauta da reunião extraordinária da Comissão de Saúde, realizada na noite desta quarta-feira, 22, no Plenário da Câmara. Convocado para apresentar a iniciativa da Prefeitura, o secretário da Saúde, Gerson Hansen Martins, afirmou que o projeto será mantido e pediu o prazo de 90 dias para reavaliar as mudanças. Ele também se colocou à disposição da comissão para, dentro desse prazo, voltar a debater o tema.

“Hoje está decidido, pelas condições que nós temos, que serão 17 polos. Teria que abrir um novo processo de licitação para ampliar os pontos de distribuição”, afirmou.

O secretário ressaltou que os Centros de Saúde da Família (CSFs) não serão fechados, e que apenas serão reestruturadas as unidades de dispensação, as conhecidas farmácias. “O mais importante é a racionalização e não a economia”, frisou Hansen.

Entre os motivos alegados pelo secretário para a mudança, estão a inexistência de controle adequado da distribuição; a carência de profissionais habilitados nos CSFs para a entrega de medicamentos; e a dificuldade de acessibilidade em alguns locais.

Participaram da reunião todos os integrantes da Comissão Permanente de Saúde, Lazer, Esporte e Turismo: Dr. Rafael Camargo (PMDB), Lu Bogo (PR), Marco Xavier (PSB), Dr. Marcelo Rossi (PSD) e Dra. Mayra Costa (PPS). A reunião contou ainda com a presença do vice-prefeito, Dr. Julio Pereira dos Santos (DEM).

Também contribuíram com os trabalhos, interpelando o secretário, os vereadores Clayton Silva (PSC), Erika Tank (PR), Estevão Nogueira (PRB), Helder do Taxi (PMDB), Jorge de Freitas (PEN), Lemão da Jeová Rafá (PSC), Mir do Lanche (PR) e Waguinho da Santa Luzia (PPS).

 

Mudanças

As mudanças fazem parte do GEMM – Gestão Estratégica de Materiais e Medicamentos – novo sistema de gerenciamento de entrega de materiais, medicamentos, insumos e outros produtos para a população. Segundo informações da Prefeitura, o objetivo principal é reorganizar e garantir a qualidade nos processos de compra, armazenamento e entrega dos remédios.

A implantação do GEMM será realizada pela Secretaria de Saúde e pela equipe técnica do departamento de Tecnologia da Informação da Prefeitura. O novo sistema será implantado em 17 polos de distribuição que possuem instalações físicas apropriadas para o estoque e a entrega dos materiais e medicamentos.

Segundo informou o secretário, o sistema foi adquirido na gestão de Paulo Hadich (PSB) por cerca de R$ 69 mil e já é utilizado pela Prefeitura de Campinas.

 

 

Questionamentos

O presidente da comissão Dr. Rafael Camargo (PMDB) questionou que, quando Gerson Martins foi secretário da pasta em gestão anterior, havia 27 unidades de distribuição de remédios e, agora, ele próprio promove o fechamento das farmácias. “Quando estive na Prefeitura tentei informatizar, mas enfrentamos uma resistência muito grande”, respondeu o secretário. Ele ainda acrescentou que houve uma “aceitação muito grande” dos funcionários ao novo sistema.

A dificuldade de deslocamento da população, em especial da zona rural, até os pontos de distribuição de remédio também foi indagada pelos vereadores Marco Xavier, Lu Bogo e Dr. Rafael. “Não acha que fica pesado demais para o bolso da população?”, questionou Camargo. Para os medicamentos de uso contínuo, o secretário informou que haverá a entrega na própria casa dos pacientes.

Ele também justificou que há uma estatística que mostra que os moradores da zona rural retiram mais medicamentos no Centro do que em seus próprios bairros. “Essa mudança vai complicar muito a vida de quem mora na área rural”, criticou a vereadora Lu Bogo.

Em sua manifestação, o vereador Marcelo Rossi elogiou e parabenizou a iniciativa da Secretaria da Saúde. “Na minha visão, é uma medida necessária. Está clara a necessidade de se fazer mudanças”, disse. Ele ainda ressaltou que todos os centros de saúde terão os remédios básicos e de urgência. “Não vai faltar medicamento para os pacientes cadastrados”.

Por outro lado, o vereador Marco Xavier deixou clara sua posição contrária à medida e pediu que sejam instalados novos polos de distribuição após a avaliação de 90 dias. “Esse é o ponto principal, as outras questões são secundárias”, afirmou.

 

Texto e fotos: Alexandre Brandão/Câmara de Limeira

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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