28 de março de 2024

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Com cinco decisões na história, Palmeiras leva vantagem sobre o Corinthians

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Rivais centenários, Corinthians e Palmeiras colecionam histórias de encontros épicos nas mais conceituadas competições como Taça Libertadores da América e Campeonato Brasileiro, por exemplo. É no Campeonato Paulista, porém, que a maioria dos confrontos entre as equipes aconteceu, alçando o ‘dérbi paulista’ a um dos principais clássicos do Brasil e do Mundo.

Num universo de mais de 200 jogos pelo campeonato estadual, destacam-se as cinco vezes em que as equipes estiveram frente a frente na disputa pela taça da competição em final direta, como ocorre nesta temporada. Em decisões, o alviverde leva vantagem, já que venceu em 1936, 1993 e 1995, enquanto os alvinegros levaram a melhor em 1995 e 1999.

No confronto geral, são 206 jogos com 76 vitórias do Corinthians, 69 do Palmeiras e 61 empates. Apesar da vantagem, o time do Parque São Jorge marcou menos gols: 280 contra 296 do Palmeiras.

1936: Final pioneira
Na primeira final de campeonato paulista que não aconteceu para desempatar a competição, Corinthians e Palmeiras decidiram, já em 1937, o título estadual de 1936. Campeão do primeiro turno, o Corinthians enfrentava o Palestra Itália, campeão do segundo e dono da melhor campanha nas duas fases.

No primeiro jogo, vitória palestrina no Parque Antactica com gol marcado por Frederico aos 31 minutos do segundo tempo. Após empate sem gols no Parque São Jorge na segunda partida, o Palestra Itália voltou a vencer no segundo jogo, por 2×1, também no Parque Antarctica, com gols de Luizinho, logo no primeiro minuto, e Moacyr, aos 10 da primeira etapa. Inutilmente Filó descontou aos 16 minutos do segundo tempo.

1974: Frustrando a fiel
Depois de 38 anos, os rivais se reencontravam em uma decisão de Paulistão com o Corinthians ávido por uma conquista que não vinha desde o título do IV Centenário em 1954, após bater o rival alviverde, mas com a disputa em pontos corridos. Contrariando a expectativa da imensa maioria que queria ver os alvinegros campeões, o Palmeiras ficou com a taça. Sobrou para Rivelino.

O primeiro jogo, no estádio do Pacaembu, começou eletrizante. Edu abriu o placar para o Palmeiras aos 54 segundos, enquanto Lance empatou para o Corinthians logo depois, ainda aos três minutos.

Para a segunda partida a imensa maioria no Morumbi vestia preto e branco e esperava pela tão desejada conquista corintiana. O Palmeiras, por sua vez, também tinha suas aspirações. O taça tomou rumo do Parque Antarctica quando aos 26 minutos Jair Gonçalvez cruzou e Leivinha escorou de cabeça para Ronaldo marcar do gol da vitória. Craque do time corintiano, Rivelino foi considerado o responsável por mais uma revés e foi jogar no Fluminense no ano seguinte.

1993: Fim da fila verde
Sem conquistar uma taça desde 1976, o Palmeiras era quem vivia jejum de títulos e tinha diante do principal rival mais uma chance de voltar a comemorar, já que no ano anterior havia sido derrotado pelo São Paulo. Diante da verdadeira seleção montada pelo alviverde, o time do Parque São Jorge mostrou-se um adversário duro, renhido, algo insuficiente, porém.

No Morumbi, no primeiro jogo, a festa foi alvinegra. Logo no início da partida, aos 12 minutos, o atacante Viola saltou para alcançar uma bola que tinha a linha de fundo como destino. Com o pé esquerdo o atacante marcou o gol improvável e comemorou imitando um porco, símbolo da torcida palmeirense. O ato apimentou ainda mais o jogo da volta.

Com uma verdadeira seleção em campo, o Palmeiras demorou para marcar, mas quando fez, deslanchou. Zinho, aos 36 minutos do primeiro tempo, Evair aos 29 e Edílson aos 38 minutos do segundo tempo fizeram 3×0 no placar. Pelo regulamento o jogo seguiu para a prorrogação onde Evair, aos 10 minutos do primeiro tempo, fez o gol do título palmeirense.

1995: Festa no interior
Após um Paulistão de pontos corridos em 1994, os rivais voltavam a se encontrar numa decisão estadual, com os dois jogos marcados para o estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto. Bicampeão paulista e brasileiro, o Palmeiras tinha o seu favoritismo atenuado pelo título corintiano da Copa do Brasil, um mês antes.

Marcelinho Carioca abriu o placar da primeira partida somente aos 15 minutos do segundo tempo, mas viu o castigo chegar no último lance, quando Nilson girou dentro da área para empatar. Após o jogo, uma confusão entre jogadores do Corinthians e a Polícia Militar levou a delegação corintiana até uma delegacia.

No jogo da volta, já aos 11 minutos do segundo tempo, Roberto Carlos tocou para Rivaldo que achou Nilson na área. O centroavante marcou novamente para abrir o placar da decisão. Porém, cinco minutos mais tarde, Marcelinho Carioca usou de sua especialidade para empatar em cobrança de falta magistral. Já na prorrogação, aos 13 minutos do segundo tempo, Elivélton acertou lindo chute de fora da área para dar o título ao Corinthians.

1999: A final que não acabou
Vivendo o auge da rivalidade entre as equipes, especialmente pelos duelos na Taça Libertadores da América, Corinthians e Palmeiras efervesceram na decisão do título paulista de 1999. No fim, a triste imagem de uma pancadaria generalizada entre os jogadores que encerrou antes do tempo a partida decisiva com o Corinthians já com a taça garantida.

Na final da Libertadores após passar pelo Corinthians nas quartas, o Palmeiras tinha a primeira decisão do Paulista pela frente e, com time alternativo, não foi párea para a forte equipe corintiana que venceu por 3×0. Edílson aos 8, Marcelinho aos 45 e Dinei aos 50 minutos do segundo tempo abriram larga vantagem para ficar com a taça.

Campeão continental quatro dias antes da decisão estadual, o Palmeiras sonhava com o título, mas se resguardou com provocações ao rival diante da notória dificuldade de reverter o placar do primeiro jogo. Marcelinho ainda fez o primeiro, com 35 etapa inicial, mas Evair aos 36 e aos 40 minutos virou o placar. Edílson empatou aos 29 do segundo tempo e, pouco depois, fez as famosas embaixadinhas que ocasionou em briga generalizada entre os jogadores.

Por Raoni David / FPF

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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