28 de março de 2024

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Ceia de Natal fica 10,19% mais cara em 2016, indica levantamento da FGV

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Especialista da IBE-FGV aponta inflação acima da meta e oscilação cambial como responsáveis pelo aumento


Nem a ceia de Natal escapou dos índices negativos da economia em 2016. Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE) apontou que os gastos com a ceia natalina irão ficar 10,19% mais caros, em comparação ao ano passado. A inflação dos complementos de mesa para o Natal superou a inflação média registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor da FGV (IPC) no período de dezembro de 2015 a novembro de 2016, que foi de 6,76%.


Entre os itens que apresentaram maior aumento de preço estão: azeite (17,52%), vinho (16,95%) e frutas frescas (16,91%). Outros itens típicos da ceia de Natal também subiram acima da inflação, como: arroz (16,28%), ovos (13,16%) e óleo de soja (13,07%).


De acordo com o professor de economia da IBE-FGV, Anderson Pellegrino, o aumento dos preços não é consequência do aquecimento das vendas no Natal (aumento na procura), pelo contrário, a data será ainda mais desaquecida por conta da recessão que o país está enfrentando.


“A origem do problema está no comportamento dos preços desses itens ao longo do ano de 2016, por conta de uma inflação elevada, acima da meta, puxada principalmente pelos alimentos. A oscilação cambial, bem instável nos primeiros meses do ano, também afetou o preço dos produtos, uma vez que muitos deles são importados”, explica o especialista.


Com o alto índice de desemprego, o poder de compra dos brasileiros está menor neste Natal. Para escapar dos preços altos, a dica do professor é usar a criatividade “Vale inovar nas receitas e apostar nas substituição de ingredientes para os produtos da ceia não pesarem no orçamento doméstico”, diz.

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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